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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 7 de maio de 2024

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Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°81859
De: Manoel Hygino Data: Quinta 29/9/2016 09:30:03
Cidade: Belo Horizonte

O padecimento do Velho Chico

Manoel Hygino - Hoje em Dia

Com a morte entre pedras do protagonista de uma novela global, há alguns dias, o São Francisco voltou à primeira página dos jornais, extensa via fluvial que sempre esteve entre os conhecimentos elementares até das crianças brasileiras, que aprendiam sobre suas nascentes em São Roque de Minas, terra de queijo bom e de gente trabalhadora e hospitaleira.
No domingo que passou, dois diários belo-horizontinos – entre eles o que o leitor tem à mão – dedicaram-lhe amplas reportagens. Uma, advertindo para o estado de definhamento das pequenas correntes que afluem ao São Francisco e para as que já secaram; outra contendo a história da navegação que começa em Pirapora, com as águas ganhando força a caminho do Nordeste.
As viagens pelo São Francisco foram por muitas décadas o sonho de gerações brasileiras, desejosas de conhecer a rica paisagem e as amáveis e simplórias populações ribeirinhas, a pesca abundante, os frutos nativos. Navios, ali chamados vapores, como o Benjamim Guimarães, Engenheiro Halfeld, Antônio Nascimento e outros, transportaram muitos milhares de pessoas entre Minas e os estados do Nordeste, inclusive na romaria de agosto até Bom Jesus da Lapa, na Bahia.
Tudo tem seu tempo, porém. As águas escassearam, foram corrompidas pelas indústrias e pela falta de proteção e de cuidados indispensáveis, causando dor e indignação aos brasileiros. Mais recentemente se percebeu também que as águas do Atlântico invadiam o São Francisco, deixando a população ribeirinha desprovida de peixe e água doce.
A notícia aprofunda a tristeza: o rio está sendo invadido pelo mar. Por força da estiagem dos últimos anos, a vazão, após a barragem do Xingó, reduziu-se desde o início de 2013, cem anos após o Benjamim Guimarães sair do Mississipi para vir para o Brasil. Sem vigor, o rio é tomado pela água do oceano, num fenômeno conhecido como “cunha salina”, provocando alterações no ecossistema e afetando o cotidiano das comunidades das margens.
As transformações saltam aos olhos: Crustáceos marinhos aparecem em Penedo, Alagoas, a cerca de quarenta quilômetros da foz. A situação se tornou mais grave em Piababuçu, a duas léguas do mar. Todos os dias, a captação de água a população é interrompida durante a maré alta.
Não só isso causa preocupação pelo aumento do sal na água, o número de pessoas com hipertensão cresce. O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco diz que a atenção para o problema é prioritário. Mas o Brasil tem muitas prioridades.
E a transposição do rio santo? Como ficou ou está, depois de bilhões investidos na obra portentosa? Preferimos as da Copa, ainda inconclusas e exigindo cuidados e muito dinheiro. O velho Ben Gurion, primeiro-ministro de Israel, ensinava que governar é fixar prioridades. Não aprendemos. Continuamos encalhados no processo de desenvolvimento, como as velhas embarcações presas às areias acumuladas no leito do Chico, que não geme, nem chora, mas padece as populações ribeirinhas.

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Mensagem N°81858
De: Edes Barbosa Data: Quinta 29/9/2016 07:47:58
Cidade: M. Claros

MEU VELHO CHICO

Conheço o Rio São Francisco desde a minha adolescência; lembro-me quando cheguei pela primeira vez à sua margem direita, exatamente oposta à foz do Rio Pandeiros. Era no final de uma tarde morna sob um deslumbrante pôr-do-sol colorindo o céu e toda a superfície das águas. Eu, meu pai e um irmão, pretendíamos realizar nossa primeira pesca esportiva distante do já cansado pequeno Rio Verde. Seria nossa grande aventura. Ficamos parados e perplexos diante daquele majestoso cenário. O nosso barco de alumínio com motor de popa, antes supostamente grande, tornou-se minúsculo diante daquele doce mar. As lendas de “caboclos d’água” nos afloraram à pele. Sentimos medo de encarar o rio. Decidimos acampar ali mesmo. Enquanto isto, um velho ribeirinho aproximou-se da sua canoa, retirou do bornal uma garrafa de cachaça, encheu uma pequena cuia, esborrifou algumas gotas à direita, depois à esquerda e ingeriu o restante. Tomou o remo e deu início a travessia do rio. Com a proa derivada cerca de trinta graus à esquerda ele atravessou o rio em linha reta chegando exatamente ao ponto oposto à sua partida. Sem nenhum conhecimento de matemática, aquele matuto calculou a força vetorial da correnteza do rio. Logo depois, um jovem magro de pele escura, coletou com as mãos um pouco da água do rio, molhou a testa, bebeu o resto, fez o sinal da cruz, se atirou nas águas e atravessou a correnteza. Ainda sob o lusco fusco vi seu perfil caminhando na praia do outro lado da margem.
Pela manhã recebemos a visita de alguns barranqueiros que se aproximavam timidamente impulsionados pela curiosidade naquele novo acampamento. Depois de uma prosa aparentemente despretensiosa coletamos informações importantes sobre o Velho Chico: suas corredeiras, seus bancos de areia, seus redemoinhos e seus mistérios. Ouvimos estórias de “Mãe D’água”, ataques de sucuris e piranhas. Descobrimos porque eles “ofereciam aos santos” dois minúsculos goles de cachaça. (A expressão “oferecer ao santo” é um hábito dos adeptos da umbanda acreditando agradar aos espíritos supostamente encostados nos cantos das casas ou no mato.) Na crença dos barranqueiros havia dúvida se o nome dado ao rio se referia à São Francisco de Assis ou de Paula. Neste caso, melhor agradar aos dois santos - curioso é que, segundo a história, nenhum dos santos ingeria bebida alcoólica. Entre verdades e mentiras a melhor opção era respeitar o Velho Chico. Contratamos um guia para nos acompanhar na nossa primeira navegação. Ficamos deslumbrados e logo descobrimos todos os seus segredos, suas manhas e suas entranhas. Tornamo-nos amigos quando entendemos o seu jeito de ser; ele nos oferecia suas águas para o banho refrescante, seus peixes que nos alimentavam e os arvoredos à sua margem para o descanso e em troca, ele exige apenas respeito.
Durante décadas convivi com esse imenso rio e no decorrer de todo esse tempo assisti à sua degradação causada pelos homens, ditos civilizados, das grandes cidades. Enquanto via aquele belo cenário se transformando e como cinéfilo apaixonado pela natureza, criei um roteiro para produção do meu primeiro filme de curta metragem que recebeu o título “Apenas o Crepúsculo” inteiramente rodado na superfície das suas águas. Mesmo como simples amador providenciei todos os meios de segurança para o elenco e toda equipe de filmagem. Antes de cada cena e mesmo nos momentos de lazer eram avisados dos riscos que nos rondavam. Adverti a todos que o Velho Chico é como um ente vivo; é como uma serpente ferida pelos homens que se dizem civilizados. Acima de tudo ele é vingativo; ele devora seus inimigos, até mesmo aqueles que se acham poderosos. Felizmente todas as cenas foram realizadas sem o menor incidente, talvez porque, além do respeito ao Chico produzíamos uma denúncia da sua destruição infelizmente não compreendida ou certamente não alcançada pela mídia.
Hoje, assistimos ao vivo e em cores à sua morte tal como alertamos. Às vezes retorno às suas margens, não mais para pescar, pois seus peixes foram extintos pela pesca predatória; não mais para nadar, pois suas águas foram contaminadas pelos dejetos dos grandes centros urbanos; não mais para descansar, pois seus arvoredos foram destruídos. Retorno para relembrar os bons tempos através de um diálogo que nem todos conseguem ouvir. Penso que encarno o personagem Zé Orocó, do romance “Rosinha, Minha Canoa” de José Mauro de Vasconcelos. Parece incrível, mas ouço a voz do Meu Velho Chico surgindo dos burburinhos nas pequenas corredeiras no silêncio da noite. Ele pede socorro e avisa: “Se eu morrer, muitos morrerão comigo”.
Edes. 25/09/2016.

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Mensagem N°81857
De: Estado de Minas Data: Quarta 28/9/2016 18:17:58
Cidade: BH

28/09/2016 17:30 - TRE cancela chapa de Ruy Muniz à Prefeitura de Montes Claros - Afastado da Prefeitura, o candidato que tenta a reeleição, avisou que manterá a campanha enquanto recorre ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) - A corte do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) manteve na tarde desta quarta-feira (28), por unanimidade, o indeferimento da chapa do prefeito afastado de Montes Claros, Ruy Muniz (PSB), que concorre à reeleição. O advogado de defesa, José Sad Júnior, já anunciou que vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que o candidato se mantém em campanha.
Em 15 de setembro, Muniz teve prisão preventiva decretada devido à suspeita de desvios de recursos na compra de combustíveis pela Empresa Municipal de Serviços, Obras e Urbanização (Esurb). Chegou a ficar foragido e não foi preso porque a lei eleitoral impede a prisão de candidatos no prazo de 15 dias antes da eleição.
A chapa foi cancelada em 16 de setembro pelo juiz Antônio de Souza Rosa, da 317ª Zona Eleitoral de Montes Claros, depois que o médico e ex-secretário municipal de Saúde Danilo Macedo (PMDB) renunciou à candidatura a vice-prefeito na chapa. O juiz sustentou que a renúncia ocorreu com o prazo inferior a 20 dias da eleição, não sendo mais possível a substituição do candidato a vice, conforme as mudanças na legislação eleitoral.
A defesa de Ruy Muniz entrou com recurso no TRE-MG e, no dia 19, conseguiu liminar favorável para manter a propaganda e a campanha do candidato enquanto sua situação estiver sub judice. No dia seguinte, os advogados obtiveram um salvo-conduto para que ele permaneça em liberdade até 48 horas após a eleição, seguindo as regras da Lei Eleitoral.
No dia 21, ele reapareceu e voltou a fazer campanha e pedir votos. Ao reaparecer para fazer campanha, Ruy Muniz negou a acusação de desvios de recursos da Esurb, que alega ser fruto de “armação” dos seus adversários, argumento que vem repetindo nos debates durante a campanha eleitoral. Estão presos sob suspeita de participação no esquema os ex-presidentes da Esurb Leonardo Andrade e Cristiano Júnior.
Um filho de Muniz, Ruy Gabriel Muniz, também teve prisão preventiva decretada e é considerado foragido.
Caso a caso
Foi indicado como novo candidato a vice o engenheiro Jason Neto. No recurso apresentado ao TRE-MG, a defesa de Muniz sustentou que a regra para a substituição prevista na Lei Eleitoral não pode ser absoluta, devendo ser examinada caso a caso.
"Ademais, um ato unilateral do vice não poderia prejudicar a candidatura do prefeito e da coligação, que se encontram aptos a participar das eleições", alegou a defesa. No entanto, o argumento, não foi aceito. Conforme a assessoria do tribunal, o relator do recurso apresentado pela defesa do prefeito afastado, juiz Carlos Roberto de Carvalho, afirma em sua decisão que “a única exceção legal para se permitir a substituição do candidato fora do prazo é no caso de falecimento, não se podendo estender os efeitos dessa exceção para a hipótese de renúncia”.
E conclui: “Considerando que a chapa é única e verificada a impossibilidade de se concorrer sem vice, deve ser mantido o indeferimento da chapa”. Em nota divulgada na tarde desta quarta-feira, José Sad Junior afirma que o recurso no TSE “é suficiente para manter sua candidatura à reeleição, inclusive no que diz respeito à presença na urna eletrônica”.
Na nota, o advogado diz que “é inadmissível que a renúncia do candidato a vice-prefeito prejudique a candidatura regularmente registrada, impossibilitando a legítima opção dos eleitores de Montes Claros. Ruy Muniz confia que as instâncias superiores vão reformar a decisão e reconhecer a possibilidade de substituição”.
Vídeo e urna
Nesta quarta-feira, adversários de Ruy Muniz divulgaram nas redes sociais que, com a decisão do TRE-MG, ele está fora do páreo e que os votos dados a ele poderão ser anulados. Muniz contra-atacou também com um video nas redes sociais, em que desmente os concorrentes e tenta mobilizar militantes de sua campanha.
Na gravação, diz que o seu advogado encaminhou recurso ao TSE e que sua candidatura continua valendo. Pede aos aliados para se mobilizarem nas caminhadas e reuniões “para ganhar as eleições”.
Na terça-feira, o juiz Antônio Rosa distribuiu comunicado informando que, com a situação sub judice, o nome de Ruy Muniz vai aparecer na urna eletrônica tendo como vice o nome de Danilo Macedo, mas com os votos sendo computados para a chapa Ruy/Jason Neto, por não ter mais tempo para a troca de nomes no equipamento.

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Mensagem N°81856
De: Luiz Ortiga Data: Terça 27/9/2016 18:11:37
Cidade: BRASÍLIA/DF

As primeiras chuvas já compareceram em Brasília, de maneira bastante tímida mas compareceram.Chegaram e foram embora, mas deixaram a sua marca: as primeiras chuvas, três dias depois, deixam o gramado da cidade verde. Um dos milagres da natureza que nos encantam todos os anos. O interessante é que não adianta regar, tem que ser água de chuva com seu nitrogênio. De agora para a frente teremos esse verde até o final da primavera vindoura, para nossa alegria. Como a natureza é perfeita.

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Mensagem N°81855
De: avilmar Data: Terça 27/9/2016 08:14:55
Cidade: Francisco Sa/MG

Titulo da notícia: Choveu 15mm nas últimas 24h em M. Claros; previsão é de 12mm hoje e 8 amanhã
Choveu copiosamente ontem por volta das 23:30hs muitos raios, trovões e ventos forte em Francisco Sa-MG

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Mensagem N°81854
De: Luiz Ortiga Data: Segunda 26/9/2016 22:16:14
Cidade: BRASÍLIA/DF

Há dias em que mesmo sem ter nada que dizer, no momento mais crucial da saudade de Montes Claros, a gente se contem. Não é só saudade pura e simples, vem junto a meninice na rua Padre Teixeira, as missas na Igreja Matriz, a Primeira Comunhão na Capela do Palácio Episcopal (na época). As escolas primárias que andei e só fui terminar em BH. Os tempos áureos do Colégio Diocesano. Incomparável. Durante o vestibular, perguntas que sabia responder e aprendidas no velho Colégio, com aqueles professores que estão no céu. Nem acreditava que eu havia aprendido aquilo lá. Saudades da rua D.Pedro II. Aquelas brincadeiras perto da Catedral que raramente era aberta aos fiéis. Matinês do São Luis e Cel.Ribeiro. Os seriados aos domingos que não chegavam nunca: A deusa de Joba, Batman, Dick Tracy e tantos outros que compõem a minha saudade e da rapaziada. A ida para BH estudar o Científico. Hoje, aposentado, dominado pela saudade infinita de uma terra abençoada que encerra minha mãe e irmãos. Deus proteja Montes claros e seu povo que meu pai dizia ser a melhor gente do mundo. Montes claros do meu coração, senti vontade de não calar. Amém.

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Mensagem N°81853
De: Ucho Ribeiro Data: Segunda 26/9/2016 09:23:41
Cidade: Montes Claros/MG

SEXÓLOGA DE ARAQUE

Eu devia ter uns 10 anos, Pat e Fred eram dois e um ano mais velhos, e os outros quatro irmãos menores, Marquim, Mônica, Paulim e Márcia, vinham numa escadinha com degraus de um ano e três meses de diferença. Éramos sete. A oitava cria, Bertha, a rapa do tacho, só viria ao mundo dois anos depois, em 67.

A casa era um alvoroço, correria e estripulia o dia inteiro. Meninos por todos os lados, os de casa e mais a molecada vizinha. Quando a aprontação estava demais, mamãe perdia a paciência, dava um basta, a garotada saía de fininho, ela então nos colocava de castigo ou nos dava uma sova. Na verdade sovinha, pois a dúzia de bolos nas mãos era aplicada com uma indolor sandália de borracha.

De vez em quando, para amainar os agitos, ela nos levava para a sala e lia algum livro. Era a maneira de ficarmos sossegados. Lembro-me das poesias de Manoel Bandeira, algumas sensuais. Eu achava estranho mamãe ler aquelas coisas indecentes:
Teu corpo claro e perfeito
Teu corpo de maravilha
Quero possuí-lo no leito
Estreito da redondilha...

Aquela leitura sugestiva e caliente despertava a libido dos machinhos, direcionando-os para o banheiro. Ali, a contumaz demora fazia com que mamãe batesse à porta pedindo pressa. Muitas vezes pedia pra gente tomar banho de porta aberta, com o que Marão não concordava e dizia:
- Maria, deixe os meninos tomarem banho sossegados. E com a porta fechada, se assim quiserem.
- Desse jeito não dá, Mário, eles ficam horas debaixo do chuveiro e ainda saem sem tomar banho direito.
- Maria, largue os meninos, são os hormônios da puberdade. Se apertar o braço de um deles, hormônios espirram igual sumo da casca de laranja. É da idade. Relaxe.
- Mário, só você conversando com seus filhos. Você, como médico, podia muito bem dar uma aula de iniciação sexual pra eles. Ontem, Mônica me perguntou como os bebês entram na barriga da mãe... Semana passada, Paulim veio com o calção arriado me questionar:
- Olha, mamãe, meu pipi tá duro! Tem um osso aqui dentro?

Por seu turno, Marão se esquivava, tirava o corpo fora, alegava que não tinha tempo, nem jeito, e que mamãe mesmo reunisse a tchurma e desse uma aula. Pois bem, lá foi a coitada da Maria Jacy comprar livros, enciclopédia, tomar revistas emprestadas, ler tudo sobre o assunto, estudar, pesquisar e quando sentiu-se preparada, chamou a ninhada para uma conversa séria, legal e democrática.

A data foi marcada com antecedência e a hora para depois do jantar. No dia aprazado, a molecada se empoleirou nos sofás e se esparramou pelo chão da biblioteca, barriga pra baixo, mão segurando o queixo, olhos brilhando e a cabeça a mil.

Mamãe sentou-se bem à frente da gente, num sofá vermelho, cercada de sabedoria por todos os lados, mais a Barsa, livros, revistas e começou a aula que preparara com todo o zelo e tensão. Mesmo com certo gaguejo, explicou tudo, tudinho, ci-en-ti-fi-ca-men-te: sementinhas pra lá, óvulos pra cá, muito amor do papai e da mamãe, patati-patatá. Histórias de papai do céu e cegonhas bicudas não entraram na conversa.

Deu para perceber que mamãe terminou a explanação suada, mas aliviada por ter cumprido a missão. A batalha, porém, estava apenas começando. Ao perguntar aos queridos anjinhos se haviam compreendido tudo, se queriam fazer alguma pergunta, Linka foi logo confessando:
- Eu compreendi tudo, só não entendi aquele negócio que para ter filho tem que por um "tênis" na vagina.
Mamãe quase caiu para trás:
- Valha-me, Deus, como é que é?
Fred, desde a infância didático e irônico, explicou:
- É o seguinte, Paulim, quando coloca um Kichute, nasce menino; quando coloca um conga, nasce menina, entendeu?

Dona Jacy, então, deu uma nova explicação científica para Paulim.
Aos cochichos, Mônica, que estava ao meu lado, comentou com Pat:
- Nossa, quer dizer que papai já fez isso com mamãe sete vezes? Ave Maria!

A professora Jacy pediu silêncio e, em seguida, Márcia quis saber pra que servia modess. Mamãe foi ao quarto dela, apanhou um absorvente, vestiu-o por cima da roupa, explicou, explicou tudo bonitinho, ci-en-ti-fi-ca-men-te. Ao terminar, eu sussurrei pra Fred:
- Não lhe falei,Fred, que Bertinho estava nos ensinando errado? Ele não sabe nada.
Mamãe, apavorada, interferiu:
- Como é que é? O que Bertinho lhes ensinou?
Eu respondi, baixinho:
- Bertinho nos falou que as mulheres usam modess quando fazem indecência com os homens.
- Que é isso, menino, surpreendeu-se mamãe. E reviu o tópico “menstruação”.

Para encerrar, com mamãe já exausta, balangandã, Quincas levantou o dedo para fazer sua pergunta.
- Fala, Marquim, o que você quer saber?
O filósofo mirim abriu o bico pela primeira vez na reunião:
- Mamãe, nós só “queria” saber o que que é “rapariga”...

Nocaute. A professora arriou no sofá vermelho. Rateou, rateou, tentou explicar, gaguejou, os livros e a enciclopédia não ajudavam em nada, e Dona Jacy jogou a toalha:
- Meus filhos, por hoje já está bom demais, a pergunta de Marquim fica pra próxima aula.
Estamos esperando até hoje a segunda aula. Viu, sexóloga de araque?

Obs: Escrevi esta crônica em homenagem aos 87 anos do meu umbigo, que aniversaria hoje, 23/09/2016. À bênção e parabéns minha mãe.

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Mensagem N°81852
De: Píndaro Data: Domingo 25/9/2016 09:50:11
Cidade: M. Claros

Custa crer, mas é real. M. Claros vive micro "invernada" desde a tarde de ontem, quando o calor foi substituído por cortina de chuvas, esplêndidas pancadas de chuva, embora desigual. Depois, quando se imaginou que tudo não passaria de chuva de verão, eis que os pingos insistem - e de um a um a chuva vai estacionando, ficando. Pingou alguma coisa durante a madrugada, pingou durante o amanhecer. Pinga agora. Há um cobertor de nuvens, "ó dias de risonha primavera", sobre toda a serraria, e o asfalto está molhado, com poças d`água.
Voltamos aos tempos antigos, quando era possível chover ainda em setembro, antes mesmo do Dia de São Miguel, a 29, a chuva de brotos?
Chove, pouco, mas chove; e a esperança cai sobre nós e o nosso (grande) amor, o que não diz respeito aos homens, aqui com o significado dos dois gêneros, pois o assunto, pobre, vai se enrolando.
Chove, e é suficiente.
Ouço o repique sobre os telhados, e também o repiquete nos céus, em forma de algum trovão desgarrado, como o que ontem anunciou a nuvem que nos reconciliou com a chuva, ou ela conosco. A chuva nas regiões áridas tem este poder. Ela nos re-acorda. (Consultem os espirituais, e eles dirão o que é recordar).

Recorro ao serviço meteorológico, às vezes desacreditado, embora a tecnologia não o seja, e corra em nosso auxílio. Está lá: 75% de chances de chover mais 10mm hoje,em M. Claros, 60% de chances de chover mais 14mm, amanhã.
Investigo além: chuva na beirada de 4 de Outubro, dia de um nome muito nosso, Geovani Francesco Bernardoni, que os cânones chamam muito simplesmente de Francisco, o pobre de Assis.
Assim, seguimos; cheios de esperanças.
Joaozito, certa vez, disse: "Minha senhora dona, um menino nasceu e o mundo tornou a começar". Digamos todos: Uma chuva caiu e o sertão tornou a recomeçar. Vivamos este nosso primeiro dia. Alvíssaras.

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Mensagem N°81851
De: Eurípedes Data: Sábado 24/9/2016 16:53:16
Cidade: M. Claros

Sáb 24/09/16 - 13h - Sem que a chuva caia e com o céu azul, meteorologia insiste: ”pancadas de chuva à tarde e à noite” em M. Claros
Pois choveu nos Montes Claros. Choveu nas montanhas de cá. Tive notícia da chuva por volta das 15h20m, e estava do outro lado da cidade. Ligaram para dizer que um chuva, abundante chuva, caia do lado oeste, oposto ao meu. Voltando à cidade, vi que a chuva caminhava do sertão para o mar, de oeste a leste, e era possível ver o asfalto molhado. Não foi em toda parte que a chuva caiu forte, mas choveu de maneira geral pela cidade longamente ressequida. Chuva refrescante, capaz de lavar a copa das árvores e de aguar as plantas. Aqui, sempre faremos festa por qualquer tanto de chuva.

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Mensagem N°81850
De: Estado de Minas Data: Sábado 24/9/2016 12:15:14
Cidade: Belo Horizonte

Corpo de investigador morto dentro de delegacia é enterrado em Montes Claros – João Henrique do Vale - O corpo do investigador Cleomar Ataíde Vieira, de 47 anos, que foi assassinado dentro da delegacia de Pirapora, na Região Norte de Minas Gerais, foi enterrado na manhã deste sábado em Montes Claros. Policiais civis fizeram um cortejo com várias viaturas no trajeto entre as duas cidades até chegar no Cemitério Bonfim, onde aconteceu o sepultamento. A homenagem contou até com o helicóptero da corporação. Nessa sexta-feira, oito suspeitos do crime foram presos. O assassinato de Cleomar aconteceu na madruga de sexta-feira. Segundo a Polícia Civil, um dos suspeitos do crime entrou na delegacia, pouco antes do assassinato, e ficou conversando com Cleomar. O homem conhecia a vítima e seria o mandante do ataque. Enquanto distraía o investigador, outros dois suspeitos encapuzados pularam o muro lateral. A intenção, de acordo com as apurações, era de roubar armas e drogas armazenadas no local. No momento em que foi surpreendido pela invasão, Cleomar, que estava armado, reagiu e lutou com os assaltantes. Durante a briga, foi baleado por um dos criminosos. Em seguida, o grupo fugiu em alta velocidade em um carro. O primeiro a ser preso foi o homem que entrou e ficou conversando com o policial. Em conversa com os agentes, revelou que o restante do grupo estaria em um sítio, em Ibiaí. Uma grande operação, que contou com aproximadamente 100 policiais civis, foi montada para prender a quadrilha. Ao chegar no local indicado, que fica em meio a uma mata fechada de difícil acesso, os policiais encontraram cinco integrantes do grupo e um dos carros usados na fuga. Durante a abordagem, os policiais foram informados de que outros dois suspeitos estariam em um carro azul próximo ao terreno. O veículo foi localizado e o casal que o ocupava foi preso. Os oito presos foram encaminhados para a Delegacia Regional de Polícia Civil em Pirapora, onde serão autuados em flagrante.

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Mensagem N°81849
De: Corpo de Bombeiros Data: Sábado 24/9/2016 09:50:29
Cidade: Montes Claros

Duas guarnições de resgate do Corpo de Bombeiros deslocaram-se até o bairro Monte Alegre em Montes Claros/MG a fim de atender vítima de agressão física com uso de arma de fogo. No local tratava-se de duas vítimas, sendo ambas do sexo masculino,uma em óbito caída no lavatório do barzinho, e a outra sentada na entrada do barzinho com um disparo na região do tórax, consciente e orientado, com discreto sangramento. Diante da situação,bem como apoio de uma Unidade de Suporte Avançado foram prestados os primeiros socorros, sendo a vítima conduzida até o hospital Santa Casa de Montes Claros para providências decorrentes. A Polícia Militar estava no local para registro da ocorrência.

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Mensagem N°81848
De: Marcelo Eduardo Freitas Data: Sexta 23/9/2016 21:26:49
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

ESCOLA, FAMÍLIA E A RESPONSABILIDADE NA CRIAÇÃO DOS FILHOS

* Marcelo Eduardo Freitas

A nossa moderna sociedade, aos poucos, gradativamente, tem transferido à escola a responsabilidade na formação, educação e cuidado com crianças e jovens. Já não se cuida mais de propiciar “tão somente” instrução! A escola, assim, passou a ser um espaço de substituição à convivência familiar harmônica e formadora, cada mais reduzida em quantidade e qualidade.
Pelas estradas da vida, ouvi, certa feita, o relato de uma mãe, a respeito de reunião que tivera com o marido (e pai dos filhos comuns!), já tarde da noite, a fim de tratar daquilo que seria um problema de um dos filhos do casal: - “O menino não obedece!”, disse a mãe. Depois de alguns breves minutos de conversa, sem qualquer conclusão sobre o problema, o pai disse: - “Fique tranquila, falta apenas uma semana de férias. Com a volta às aulas, quem sabe a escola dá um jeito nesse moleque...”.
A breve narrativa apresentada acima, com devaneios sobre a forma com que se tem buscado a solução na criação dos filhos, nos permite fazer a seguinte indagação: a quem cabe a responsabilidade pela educação dos filhos? Aos pais ou à escola?
A primeira abordagem que aqui pretendemos adotar, parte de uma premissa socioeconômica das famílias brasileiras. Pesquisas recentes evidenciam a existência de dois tipos de família: (1) o grupo de classe média e alta, que coloca os filhos em escola particular (12%); (2) o restante da população nacional, que usa a escola pública (88%).
No primeiro grupo, em geral, os pais sentem-se tranquilos e confortáveis, já que seus filhos estão numa boa escola, na qual dizem confiar. Há uma crença no sentido de que o futuro dos herdeiros está praticamente garantido e em boas mãos. Já no segundo grupo, surpreendentemente, a maioria dos responsáveis também se diz contente e satisfeito com a educação oferecida pela escola pública. Mas quais são as razões?
Segundo pesquisa do Inep, essa satisfação pode ser encontrada no fato de que quase 60% dos pais do ensino público não completaram nem o ensino fundamental. Além disso, 75% nunca ou raramente lê jornais ou revistas. Deste modo, quando estes pais comparam a escola da sua época com a do seu filho, tendem a associar as relativas melhorias materiais que o filho recebe atualmente com uma educação de boa qualidade, o que, de um modo geral (há exceções, admito!), nem de longe, condiz com a verdade e se trata de um fato lamentável. Basta ver o acesso às melhores universidades, aos bens de consumo, à saúde, à segurança, etc. Os melhores cálices são consumidos pelos ocupantes do primeiro grupo!
Um outro aspecto, não menos relevante, é o aspecto social ou familiar. Os pais têm terceirizado praticamente toda a criação e educação dos filhos. A família perdeu seu núcleo pai-mãe-filho, tornando-se um amontoado de pessoas vivendo, não raras vezes, sob o mesmo teto ou até em tetos diferentes, tentando educar o filho com suas visões estanques de mundo, para assim encaminhá-los à escola.
A escola, destarte, acaba sendo a responsável por carregar “o piano”, um peso que não deveria ser dela, ao ficar com a parte que cabe aos pais na formação do caráter, do afeto, do acolhimento, da personalidade. Nestes casos, a responsabilidade é, a toda evidência, dos pais. E não há ninguém que possa preencher este espaço. A educação deve vir de casa! Aos professores compete o reforço ao ensino, instruindo os alunos sobre direitos e deveres perante à escola e à família. Não sem razão, o educador Içami Tiba leciona que “os pais eram exigentes, os filhos obedeciam. Houve uma mudança e esses pais que hoje tem mais irmãos do que filhos, por amor, deram o que não tiveram: liberdade e prazer. Além disso, foram pais e mães capacitados para trabalhar e não para serem pais. Educacionalmente está errado. Se a criança só faz o que quer, ela não faz o dever”.
O referencial família está sendo, solene e passivamente, sobreposto por outros, embora relevantes no processo de engrandecimento humano, secundários na formação e informação cognitiva, moral, sexual, religiosa ou cívica de seres em constituição. Cuido, aqui, do grupo de colegas, amigos, redes sociais, entre tantas outras formas de apartar imberbes do agrupamento familiar.
Em conclusão: na relação entre pais e escolas, deve-se ter o máximo de cuidado a fim de que haja coerência entre a educação que se desenvolve no colégio e o que os pais ensinam em casa. Não sem razão, assim, o escritor e militar italiano Edmundo De Amicis afirmava que “a educação de um povo pode ser julgada, antes de mais nada, pelo comportamento que ele mostra na rua. Onde encontrares falta de educação nas ruas, encontrarás o mesmo nas casas”. Nossos lares têm sido recanto para falta de educação e distanciamento. Reflexo inexorável do que observamos nas esquinas da vida. É tempo de reconstruir o templo destruído. O barco está afundando em águas profundas. Como se vive em sociedade, não adianta pular primeiro. Ou salvamos o todo ou também naufragaremos juntos!

(*) Delegado de Polícia Federal e Professor da Academia Nacional de Polícia

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Mensagem N°81847
De: Cléo Freitas Data: Sexta 23/9/2016 10:42:36
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

SOBRE A REFORMA DO ENSINO MÉDIO
Que o ensino no Brasil deveria passar por reforma, isso era fato.
Se algo não vai bem...devemos achar a raiz do problema, a mudança deve começar nas series iniciais, que aliás, não vão tão bem assim...
Mas... é pra falar do ensino médio.
Tempo integral : VIVA!Tá certo! vai tirar os meninos das ruas, das redes sociais, dos jogos eletrônicos, da televisão, afinal e concorrência desleal com o professor cuspe e giz e com as salas de aulas apertadas não ventiladas e cheias. Para que o tempo integral funcione é necessário investir em qualidade de tempo e espaço, caso contrário será uma tortura.
Oferecer um currículo diferenciado valorizando as principais áreas do conhecimento: BINGO!Acertou de novo!mas ai vem com a história de que o profissional para atuar como educador ´não é necessário ter formação acadêmica especifica? Basta ter NOTÓRIO CONHECIMENTO, como assim? quer melhorar a educação e já começa desvalorizando os profissionais principais? desmerecendo a formação superior? e quem vai decidir quem tem notório saber?
Disciplinas Obrigatórias: Melhorar o tempo e o ensino principalmente de Português e Matemática: PALMAS!!! è isso ai!. Mas, e as demais? Como assim eliminar : Educação Física, Artes, Filosofia e Sociologia?
Sinceramente eu achei que iria começar a reforma por ai , mas de outra maneira através do incentivo reforma de quadras construções de ginásios poliesportivo, capacitação para os professores para que os mesmos trabalhassem a formação esportiva do aluno de modo efetivo, imaginei..que se o ensino teria carga horária aumentada as áreas de educação física, artes e humanas seriam amplamente beneficiadas.hoje o tempo é curto. imaginei grandes campeonatos , grandes eventos artísticos culturais promovidos pelo estado em que as escolas seriam protagonistas.

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Mensagem N°81846
De: Polícia Militar Data: Sexta 23/9/2016 09:40:28
Cidade: Montes Claros

(...) Policiais Militares compareceram ontem 22, por volta das 16h08min, na Av. Perimetral II, bairro Nova América, nesta cidade, onde, segundo informações indivíduos que transitavam em um veículo Gol, cor prata, teriam efetuado disparos de arma de fogo contra a vítima A. A. O., 18 anos, que estava caída ao solo e não mais apresentava sinais vitais. No local ninguém soube informar nada sobre o crime. Perícia compareceu ao local confirmou o óbito, realizou os trabalhos de praxe, informou que esta apresentava 02 (duas) perfurações na cabeça, provavelmente causados por disparos de arma de fogo, localizou, no bolso de sua bermuda, 01 (uma) bucha de substância semelhante a maconha, a qual foi apreendida, e liberou o corpo ao serviço funerário para remoção ao IML. A genitora da vítima acompanhou a ocorrência.

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Mensagem N°81845
De: Mauro Data: Sexta 23/9/2016 08:21:16
Cidade: M. Claros

Qui 22/09/16 - 7h - Depois da chuva de ontem, o dia veio ensolarado, mas a previsão é de mais 22mm, "com chuva a qualquer hora"
Para quem mora fora e não viu o céu azul. Ele perdurou, ontem, pelo dia todo. Não caiu gota de chuva. Deus seja louvado. Para hoje, e para mais 2 ou 3 dias, até segunda-feira, segue a esperança de alguma chuva em M. Claros. Na faixa dos 60%. Acontece que, neste nível de expectação, a chuva da meteorologia costuma não vir. Mas, às vezes, a chuva ignora a meteorologia. E vem. Dia 29, Dia de S. Miguel, é o dia do tira-temia. Se chove, as águas se insinuam boas - cremos, muitos de nós.

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Mensagem N°81844
De: Alberto Sena Data: Quinta 22/9/2016 15:23:38
Cidade: Grão Mogol

Gabeira, repórter por excelência

Alberto Sena

A primeira vez que encontrei Fernando Gabeira foi em 1989, quando ele se candidatou a presidente da República, e fomos “abraçar” o Morro da Pedreira, na serra do Cipó, a 100 quilômetros de Belo Horizonte. O morro, todo feito de mármore, estava sendo devastado. Havia mais de cem pessoas. Eu, como editor de Meio Ambiente de jornal, fui cobrir o evento. O morro foi salvo da destruição.
Ao final do abraço no Morro da Pedreira travei conhecimento com Gabeira, mineiro de Juiz de Fora. Ele precisava de uma carona até ao aeroporto da Pampulha e fomos conversando, entre uma cochilada e outra dele devido ao cansaço causado pela campanha política.
Poucas semanas depois nos encontramos de novo em um congresso de Jornalismo, em Brasília, onde ele falou para centenas de jornalistas do Brasil inteiro e lembrou ao público, em certo momento, um texto com o qual a Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) me deu um prêmio de reportagem com a matéria intitulada, “O roubo do Rio Verde revolta a Jaíba”.
Tanto tempo depois, nos reencontramos aqui, em Grão Mogol, onde ele veio fazer uma reportagem para a GloboNews a respeito do Presépio Natural Mãos de Deus. Para Grão Mogol, que será divulgada, além do presépio, a vinda de Gabeira tem significado marcante porque ele é um nome nacional e internacional.
Impressionante é a vitalidade dele. Tendo como auxiliar Maurício Lucindo de Souza, Gabeira monta o tripé da câmera de filmar ou saca da câmera fotográfica para fazer uma tomada. Parece um jovem repórter em início de carreira tamanha mobilidade.
Ele começou a gravar sobre o presépio na casa do feitor da obra, o empresário Lúcio Bemquerer, que, em cadeira de rodas se recupera de uma cirurgia na medula. Uma das tomadas foi dentro de casa e outra fora, diante da bela paisagem da Serra do Espinhaço.
Gabeira quis saber da história do presépio desde o início. Os circunstantes tiveram que guardar silêncio total para não empanar a entrevista porque os aparelhos são de alta sensibilidade.
Selecionei alguns momentos do fazimento da entrevista como também dos intervalos, quando acontecia de Gabeira até ajoelhar na sala para apanhar uma lente na sacola (Vejam as fotos).
Marcante nele, sem falar da competência, da independência profissional, da história trazida na sua mochila de vida, é a simplicidade dele, sob todos os aspectos – na fala clara, calma e objetiva; na maneira de vestir, no modo racional de trabalhar.
Que ele possa voltar a Grão Mogol outras vezes, com mais vagar, pois a região possui atrativos que uma pessoa com o olhar crítico dele, trabalhando em um canal de televisão de tamanha visibilidade poderá mostrar ao mundo as maravilhas do nosso sertão.

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Mensagem N°81843
De: Francisco Data: Quinta 22/9/2016 11:34:39
Cidade: M. Claros

Mesmo para pessoas com experiência e conhecimento especializado, está difícil acompanhar o notíciário político/judicial/policial que antecede as eleições municipais.
Veja o caso do ex-prefeito de Januária, que novamente é candidato ao mesmo cargo. Ele foi preso por ordem de juiz em Januária, fugiu no deslocamento para M. Claros, foi recapturado ontem em BH, foi trazido para Montes Claros e já solto horas depois de chegar. E também por ordem judicial. Não há confirmação ou nota oficial a respeito, até agora. O que se sabe, precariamente, é que (...). O ex-prefeito teria exibido salvo conduto que lhe garante estar em liberdade até 48 horas após o fechamento das urnas, dia 2 de outubro. Até os especialistas estão perplexos. (...)

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Mensagem N°81842
De: Manoel Hygino Data: Quinta 22/9/2016 08:08:17
Cidade: Belo Horizonte

Vozes da primavera

Manoel Hygino - Hoje em Dia

As chuvas estão chegando. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico, elas viriam acima da média histórica de setembro nos subsistemas Sudeste e Sul do Brasil, embora abaixo dos valores registrados no Norte e Nordeste. Quer dizer que, na região que concentra boa parte das grandes hidrelétricas do país, o Sudeste, a perspectiva era boa. De todo modo, a Agência Nacional de Águas recomendava que se poupasse água do São Francisco no reservatório de Sobradinho, para permitir a elevação do volume acumulado.
Enquanto a população brasileira, em grande parte, esturricava com altas temperaturas do final do inverno, um protagonista de uma novela global perdia a vida, preso às pedras, no fundo do rio da unidade nacional, como gloriosamente saudávamos a grande corrente nascida na Serra da Canastra, em Minas. A atriz Camila Pitanga comentou que Domingos Montagner, o Santo, salvou-a da morte, mas pereceu. O fato trágico evocaria, talvez, o cantor baiano Dorival Caymmi, para quem é “doce morrer no mar”...
Apelando à imaginação, poder-se-ia até pensar que o ator descobriu a terceira margem do rio, a adivinhada por Guimarães Rosa no conto de “primeiras estórias”. A terceira margem seria a inferior, a que geralmente não se vê, em água profunda, quando se nada ou se navega. É o leito, a terceira margem, “aquilo que não havia” porque não se via, mas que aparece com a nova dimensão de uma corrente fluvial. De todo modo, o artista encontrou junto às pedras do São Francisco seu leito fatal, no limite de Sergipe e Alagoas.
Enquanto a primavera não chegava, as altas temperaturas insistiam em castigar. Mas a Organização Meteorológica Mundial advertia que 2016 estava em via de transformar-se no ano mais quente registrado na história, com a coluna de mercúrio dos termômetros subindo como nunca antes. “Fomos testemunhas de um prolongado período de extraordinário calor e tudo indica que isso se transformará na nova rotina”, comentou o secretário da Organização.
Baseado em dados da Nasa e do Centro Europeu para as Previsões a Médio Prazo, o porta-voz acrescentou que se observaram os níveis mais altos de concentração de dióxido de carbono, quebrando recordes. “A temporada excepcionalmente longa de aquecimento global continuou em agosto, que foi a mais quente tanto na superfície terrestre quanto nos oceanos.”
Aqui e ali, em terras de Minas, algumas pancadas de chuvas... além das desfechadas pelas torcidas de futebol, organizadas ou desorganizadas, mas sempre agressivas até à morte. Foi assim entre cruzeirenses e atleticanos e entre palmeirenses e corintianos, na semana precedente.
Mas não se nega: as flores começam a mostrar-se. Ipês já colorem ruas das cidades, causando admiração e esperança, porque o belo sempre inspira alegria aos olhos e ao espírito. Sequiosos, os reservatórios das hidrelétricas e os abastecedores de água potável às populações citadinas aguardam e confiam.
Em tempo de tanto materialismo e objetivos escusos, sintamos a mudança do tempo e, como disse Alberto da Costa e Silva, “as folhas nascem, as folhas tombam longe, em longínquos jardins”.

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Mensagem N°81841
De: José Ponciano Neto Data: Quarta 21/9/2016 16:30:56
Cidade: Montes Claros/MG  País: Brasil

Sexo sem manual.

A maior descoberta no fim da infância para o inicio da puberdade é, sem uma sobra de dúvida: - Os prazeres do sexo.
Vêm as curiosidades; aquele “rabo de olho nas partes sensuais das debutantes; os flertes; na região púbica os primeiros penugens e as “galas” ( sêmen aguado).
Há pouco tempo o Ucho Ribeiro (este grande cronista) descreveu sua caminhada pelas ruas dos bordéis juntos a Catedral - após as aulas do São José.
Nestas ruas, como: a Padre Augusto, Grão Mogol e o Beco Morrinhos (hoje Rua Basílio de Paula) eram as ruas dos sonhos das crianças assanhadas. Era o momento do REM (Rapid Eyes Moviment, ou Movimento Rápido dos Olhos).
Além destas ruas, existia outra, que, quando eu passava por lá, faltava deslocar as retinas; a Rua Corrêa Machado, onde ficava o prostíbulo mais famoso de Montes Claros – Zé Côco – não era um “risca faca” como comentavam, mas, tinha umas briguinhas de ciúmes entre o gigolô e o amante do dia.
Estas ruas; acessos à minha casa após as aulas, eram mais longínquos, mas... o magneto era mais poderoso.
Sempre caminhando devagar, literalmente ressabiado, olhando de um lado para o outro tentando mudar o ângulo das fotos que minha retina clicava quase dez vezes por segundo, este “menino” ponderava nas atenções de forma que, o Sr Dico Zuba (couro Zuba) e os Avelar (Casa das madeiras) não percebessem a sua intenção; tinham lojas nas imediações e ambos eram amigos da família e poderiam fuxicar aos ouvidos do meu avô “Seu” Ponciano e/ou do Padre Jorge Ponciano.
Nas casas da Rua Padre Augusto com a Grão Mogol, onde hoje existem uma Auto Escola e um trailer de sanduíches, era comum - como escreveu o Ucho- mulheres debruçadas na janela com os sensuais “air bag duplo”, ou sentadas em uma cadeira com as lindas pernas cruzadas aparecendo o inicio das nádegas ( prá não dizer bu..da)
As mais conhecidas das “lindas” mulheres eram: - Lucinda; Ângela (Anginha) e a Flor de Maio, esta ultima, era que mais me chamava atenção, pois, sempre que eu passava, coincidentemente, ela mudava a posição das pernas cruzadas - os cliques das retinas eram concomitantes com ritmo cardíaco. Viche!
Eu com onze, doze e treze anos – inicio da puberdade - cursando a admissão ( curso obrigatório para ingressar no ginásio); primeiro e segundo ano ginasial no São José, após os cliques, o que me restava era correr para casa e sem “o manual do sexo”, praticar sexo manual, aquilo chegava doer as virilhas. Vocês entendem, coisas só de menino...- Ou não?
Tinha Dona Terezinha com seu Hotel (?) Mancheste na Rua Grão Mogol e Dona Miana na Rua Padre Augusto, suas casas eram “rendez-vous” mais sofisticados e reservados, as “damas” ficavam lá dentro e serviam os homens mais abastados e casados sem que a circunvizinhança observassem.
Voltando ao assunto. Com tempo vieram as espinhas, a mudança da voz, emagrecimento e os olhos profundos. Sinais que serviam para meus tios e vizinhos me achincalharem e eu fingindo de desentendido.
Um belo dia, eu lixando as peças fabricadas na ferraria, lá estava o Sr. Flamariom Wanderley - que todos os dias ia à oficina do meu avô.
Sentado, fumando seu cachimbo com as salivas pingando na camisa, olhou bem prá o adolescente “poncianinho” e diz: Menino! Menino! “Pare de passar perto de Zé Côco e pela R. Padre Augusto, se não você vai voar de tanta magreza.
Vindo do “Seu “Wanderley; logo aquele que sacramentou o meu batismo cristão; se eu era magro, quase desapareci; a pele “afro Brasil” ficou mais branca do nuvem de outono.
Meu avô por perto, muito recatado que era, sem olhar prá mim, soltou um belo sorriso maroto, dizendo: “Ô Wanderley é porque ele está mudando de voz! - Uma hora fala grosso, outra fala fino” e tá crescendo.
Entretanto, diante do revelado, só aos 17 anos, lá em cima da Serra do MELO, uns duzentos metros da cachoeirinha aconteceu minha iniciação na busca do prazer e reprodução.
Confesso. A garota era linda e era um pouco abismada comigo, mas, na hora “H” eu cheguei a pensar na musa “Flor de Maio” da Rua Padre Augusto. Foi mais de que ótimo.
- Por onde andam as Deusas do Sexo e sensualidade? Será que ainda estão entre nós? Tudo estar registrado prá sempre.
- Pena que os adolescentes de hoje têm outros afazeres.

(*) José Ponciano Neto é membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros


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Mensagem N°81840
De: Geraldo Data: Quarta 21/9/2016 17:05:17
Cidade: M. Claros

Foi notável, por quase toda a área urbana. Por volta das 3 e meia da tarde, quando o calor era de 37 graus, uma nuvem se formou e passou a chover sobre Montes Claros, aliviando a umidade do ar das últimas tardes e o calor que, em alguns momentos, beirou os 39 graus. A velha "alegria nos ninhos" logo se encarregou de transmitir a notícia, com a passarinhada alvoroçada, gritante, feliz. Não é impossível chover em M. Claros no mês de setembro. Mas a tradição ensina esperar pelo Dia de S. Miguel, a 29. O fato é que a chuva veio, ainda que pouca, e trouxe alegria, e alívio. Consulto a meteorologia: e ela diz que pode chover 22mm amanhã, e promete que a temperatura recuará dos 37,38 graus das últimas tardes para um comportado 28 graus. Que seja assim. E que a "alegria dos ninhos", tão nossa amiga e conhecida, se espalhe, levando e trazendo a boa nova. Nunca foi tão útil ouvir os passarinhos. (Por volta das 17h20, nova chuva. Esta, com algum granizo)

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Mensagem N°81839
De: Roberto Marques Data: Quarta 21/9/2016 15:54:36
Cidade: Moc/MG  País: Brasil

Alvíssaras! Chove aqui no bairro Alice maia. Pena que está ventando muito, configurando numa chuvinha passageira, conforme a vontade de Deus, bem vinda e que antecede a primavera.

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Mensagem N°81838
De: O Tempo Data: Quarta 21/9/2016 13:09:53
Cidade: Belo Horizonte

Prefeito que fugiu de carro da PF é pego em Belo Horizonte - Felipe Castanheira - O ex-prefeito de Januária, na região Norte de Minas, e candidato a prefeito nas eleições municipais Maurílio Arruda foi recapturado na manhã desta quarta-feira (21), em uma casa, no bairro São Bento, em Belo Horizonte. O ex-prefeito ganhou destaque após fugir de um carro da Polícia Federal em movimento, em 12 de setembro, ao ser levado para prestar depoimentos em Montes Claros. A fuga, que foi registrada por uma câmera de segurança, terminou com ele usando uma moto para deixar os policiais para trás. Maurílio é acusado de participar de um esquema de desvio de dinheiro público, com a fraude de processos licitatórios para direcionar a contratação de obras para uma empresa que integrava o sistema montado por políticos e empresários. O mandato emitido pelo juiz Marco Antônio de Oliveira Roberto, determina que mesmo em período eleitoral seja realizada a recaptura.

***

Hoje em Dia -Foragido, ex-prefeito de Januária é preso em BH enquanto tentava habeas corpus - A Polícia Federal (PF) recapturou na manhã desta quarta-feira (21) Maurílio Arruda (PTC), ex-prefeito e atual candidato à prefeitura de Januária, no Norte de Minas. Ele estava foragido desde o dia 12 e foi encontrado em Belo Horizonte, onde buscava um habeas corpus no Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
Segundo a Polícia Federal, a prisão do candidato, mesmo em período eleitoral (quando é permitido apenas prisões em flagrante), aconteceu por se tratar e recaptura. "A PF esclarece que se cuida de recaptura, expressamente autorizada pelo Poder Judiciário da Comarca de Januária".
O político será transferido para Montes Claros, também no Norte de Minas, e encaminhado ao presídio de Francisco Sá, onde ficará custodiado em cela separada dos demais presos, à disposição da Justiça.

***

EBC - Agência Brasil - Ex-prefeito de Januária que estava foragido é recapturado após fugir da PF - A Polícia Federal (PF) recapturou na manhã de hoje (21) o ex-prefeito de Januária (MG), Maurílio Arruda (PTC). Ele era considerado foragido. Maurílio havia sido preso no dia 12 de setembro, mas escapou no mesmo dia quando era transferido para penitenciária em Montes Claros (MG). No trajeto, ele conseguiu sair do veículo e foi resgatado por um motociclista.
O ex-prefeito do município do norte de Minas Gerais foi encontrado em Belo Horizonte, em uma casa no bairro São Bento. Ele aguardava uma decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) sobre seu pedido de habeas corpus. A defesa acusava a PF de sequestro, alegando que ele não poderia ser transferido para Montes Claros e, por isso, ele fugiu. No entanto, segundo a corporação, não havia essa restrição na decisão judicial.
Prefeito de Januária entre 2009 e 2012, Maurílio Arruda é candidato a reocupar o cargo nas eleições deste ano. Ele teve a prisão temporária decretada após investigações da Operação Sertão Veredas, deflagrada em 2013, indicarem sua participação em desvios de verba pública, envolvendo contratos de obras que não foram executadas. Os processos licitatórios eram direcionados para a empreiteira Af Construtora, que não realizava os serviços ou os fazia parcialmente.
As fraudes teriam ocorrido em seis licitações, cinco delas destinadas a obras de pavimentação e drenagem de ruas de Januária. A outra seria para construção de um parque ecológico. Somados, os custos das obras eram superiores a R$ 4 milhões. O esquema foi revelado pelo proprietário da empreiteira envolvida por meio de acordo de delação premiada, fechado em 2014. Maurílio Arruda também já havia sido preso em outras duas ocasiões: em 2013, por suspeitas de fraudes no Programa Projovem Trabalhador e, em 2014, por supostos desvios de verbas do Fundo Nacional de Educação Básica (Fundeb).
Legislação eleitoral
O advogado do ex-prefeito, Antônio Veloso, criticou a prisão com base no Código Eleitoral. Segundo o Artigo 236 da Lei Federal 4.737/1965, é proibida a prisão de candidatos até 15 dias antes da eleição. As únicas exceções são em caso de flagrante ou por sentença judicial transitada em julgado. O primeiro turno ocorre no dia 2 de outubro, daqui 11 dias. "O juiz que autorizou a prisão passou por cima da lei, mas acreditamos que iremos obter o habeas corpus até amanhã", disse.
A PF rebate a alegação e diz não se tratar de prisão, mas sim de recaptura de preso foragido expressamente autorizada pelo Poder Judiciário. “Ao empreender fuga, ele não perdeu a condição jurídica de preso, não está em liberdade”, informa a corporação.

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Mensagem N°81837
De: Manoel Hygino Data: Quarta 21/9/2016 08:55:17
Cidade: Belo Horizonte

A filha de Florival e Anésia

Manoel Hygino - Jornal Hoje em Dia

Espinosa é cidade do Norte de Minas, na região limítrofe com a Bahia, distante 700 quilômetros de Belo Horizonte e a cerca de 600 metros de altitude. Cerâmica, laticínios, confecções, lojas e supermercados alimentam a sua economia. O ciclo do algodão se exauriu, com as lavouras destruídas pelo bicudo – o inseto, é claro.
À beira da sua principal avenida, está a sepultura da finada Amélia, assassinada pelo amante. Para lá se fazem romarias, queimam-se velas junto a uma capelinha erguida por um devoto, que considerava a defunta uma alma milagrosa.
Dali é a família de Carmen Lúcia Antunes Rocha, presidente do STF, que não aprova “presidenta”, flexão inventada por Rousseff. Sucederá a Ricardo Lewandowski, que presidiu as reuniões do Senado no histórico impeachment, que não considerou a perda por Dilma dos direitos políticos por oito anos.
A ministra, nascida em Montes Claros, pegou uma penca de abacaxis, a começar pelo reajuste dos salários dos membros do STF, contra o qual se posicionam todos os cidadãos, de cujos bolsos, já furados, se colhe a receita para cobrir o bolo. Eliane Cantanhede observa que a presidente da mais alta Corte de Justiça do país é “tida e havida como austera, poderia dizer, por exemplo, que não é de aumentar salários já altos, e pagos por toda a sociedade brasileira, enquanto 12 milhões de desempregados estão na rua da amargura.
Reajustados os proventos dos ministros, os demais virão em cascata e os contribuintes ficam sob o impacto do volume de suas águas, sujeitos a toda espécie de desconforto, dores e demais riscos. Mas Carmen Lúcia, de antemão, não admitiu a elevação, por questão de consciência. Ela é, antes e acima de tudo, do povo e da lei, não tergiversa ou procrastina, como boa parte dos mineiros do Norte do Estado. O que ela adora, e o disse, são as tardes de terça-feira, das reuniões da 2ª Turma do STF, a que pertencia.
Para ir à sede da Justiça do país em Brasília, dirigia seu próprio carro, e não para fazer charme: é inclinação pessoal. Declara não gostar muito de festas, mas de “processos”, e isso continuará acontecendo. Presidente, vai ter muita luta à frente, mas dispõe de serenidade com altivez, e isenção. A filha do sr. Florival e de Anésia, lá de Espinosa, não é de fugir aos embates. Se depender dela, não permitirá que o Supremo Tribunal Federal seja usado como alavanca salarial, como denunciado pelo colega, ministro Gilmar Mendes. Essas mulheres do Norte não são fáceis.
Lembrem-se de Maria da Cruz, que armou uma rebelião às margens do São Francisco, e de Dona Tiburtina, amada e contestada por não poucos, brava e solidária, personagem da Revolução de 1930. O Brasil tem confiança. No julgamento que manteve a prisão do ex-senador Delcídio do Amaral, em novembro último, ela foi peremptória: “aviso aos navegantes: nas águas turvas, criminosos não passarão na muralha da desfaçatez e não passarão sobre novas esperanças do povo brasileiro”. Tudo muito claro.

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Mensagem N°81836
De: Polícia Militar Data: Quarta 21/9/2016 08:43:01
Cidade: Montes Claros

A Polícia Militar registrou na madrugada de hoje, 21 de setembro, uma ocorrência de explosão de caixa eletrônico do Sicoob no Distrito de Mocambinho, município de Jaíba. Seis pessoas estão sendo procuradas. O fato ocorreu por volta das 02h20 da madrugada. A PM recebeu a ligação informando que indivíduos estariam tentando arrombar a agencia do banco SICOOB da Vila NS2, em Mocambinho, Projeto Jaíba. Durante a ação, cerca de seis indivíduos armados com pistolas e armas longas, efetuaram disparos contra a residência de um dos militares da localidade e residências de moradores da vila. Segundo o militar, escutou um barulho de explosão e após alguns minutos os indivíduos evadiram do local.Informações de populares informaram que seis indivíduos todos armados fizeram um morador de refém. E enquanto alguns atiravam contra a casa do militar, outros colocavam explosivos na agencia bancária. Após a explosão o local ficou bastante danificado. Aparentemente nada foi levado da Agência. Há informações que os suspeitos fugiram em um veículo Fiat Pálio de cor prata e uma motocicleta sentido a cidade de Jaíba. Buscas ainda estão sendo realizadas para a identificação e localização dos suspeitos.

***

Polícia Militar - A Polícia busca por informações que levem à identificação e localização de dois homens suspeitos de terem furtado na data de ontem, 20 de setembro, por volta das 06h, uma loja de departamentos em um Shopping de Montes Claros. Segundo o solicitante, durante a madrugada, dois homens arrombaram uma porta de aço dos fundos da Loja e furtou do interior dois videogames, sendo que ao saírem deixaram diversos objetos tais como celulares e brinquedos próximo à cerca, bem como também um pé de cabra e uma barra de ferro. No interior da loja, também foi arrombada uma porta de ferro que dava para outra porta reforçada da tesouraria que foi danificada, embora destrancada, aparentemente não abriu. Entretanto, os suspeitos entraram por uma pequena janela que há no alto, e dentro da tesouraria e furtaram do interior do cofre aproximadamente R$ 10.000,00 (dez mil reais) em dinheiro. Após o furto os suspeitos evadiram do local correndo pela travessa Cula Mangabeira e, conforme moradores, estavam em um veículo VW/Golf cor prata com placa de Brasília sem maiores dados.

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Mensagem N°81835
De: Alberto Sena Data: Terça 20/9/2016 19:33:26
Cidade: Montes Claros

Gabeira vem conhecer o presépio

Alberto Sena

O Presépio Natural Mãos de Deus receberá, amanhã, a visita de Fernando Gabeira, mineiro de Juiz de Fora, jornalista, escritor, ambientalista, ex-deputado federal por quatro legislaturas. Ele vem do Rio de Janeiro a Grão Mogol exclusivamente para visitar o presépio.
Gabeira, como é chamado, é um especial exemplar da raça humana. Ele será recepcionado, pessoalmente, pelo empresário Lúcio Bemquerer, depois de quatro meses em Montes Claros, onde se submeteu a uma cirurgia e está em processo de recuperação.
Atualmente, Gabeira tem um programa na GloboNews, e vem a Grão Mogol armado de sua câmera a fim de mostrar as particularidades do presépio considerado o maior do mundo.
Gabeira é especial porque ele ocupa-se com o semelhante Por tudo que já fez (e faz), o nome dele está na história do Brasil pela ação política contrária aos governos militares.
Sem sombra de dúvida, Gabeira irá internacionalizar o presépio Mãos de Deus, pois tem intercâmbio com gente de várias partes do mundo por onde viveu como correspondente de jornais brasileiros.
Gabeira viveu na Suécia – e por extensão na Europa como um todo. Conhece o mundo inteiro. Viu, como jornalista, a queda do Muro de Berlim e fez coberturas jornalísticas de grande repercussão.
Ele escreveu mais de dez livros, um deles até virou filme – “O que isso, companheiro”! Levado às telas pelo cineasta Bruno Barreto. Fez um outro exaltando as grandes lutas de mulheres mineiras, intitulado “Planeta Minas”, no qual registrou Dona Tiburtina, que comandou a política de Montes Claros em seus primórdios. Publicou também “Entradas e Bandeiras”, entre outros.
Gabeira é considerado, nacionalmente, como uma das nossas “reservas morais”, tanto como um dos representantes da nossa espécie e como político, ambientalista, jornalista, escritor. Repórter por excelência.
Grão Mogol pode se orgulhar da visita de Fernando Gabeira. Para quem ainda não o conhece, veja a entrevista dada por ele a Alberto Dines, no Observatório de Imprensa, em 2013. Belíssima entrevista.

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Mensagem N°81834
De: Estado de Minas Data: Terça 20/9/2016 06:59:58
Cidade: Belo Horizonte

Estado de Minas - 19/09/16 19:17 - Ruy Muniz obtém `salvo conduto` para não ser preso - Isabella Souto / Luiz Ribeiro - O juiz Antônio de Souza Rosa, da 31ª Zona Eleitoral de Montes Claros, concedeu nesta segunda-feira um salvo-conduto ao prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz (PSB), para que ele não seja preso. No documento, o juiz avisa às autoridades policiais, civis e militares que eles devem “abster-se de deter e prender” o político entre esta segunda-feira e as 17h do dia 4, “salvo em caso de flagrante delito”, conforme prevê o Código Eleitoral. O prefeito afastado daria nesta segunda-feira uma entrevista a uma emissora de TV, mas ela foi cancelada. Ruy Muniz está foragido desde a semana passada, quando teve a prisão decretada pela Justiça por envolvimento na operação Véu Protetor, da Polícia Federal, que desarticula um esquema de fraudes cometidas por políticos do Norte de Minas. De acordo com a Receita, a estimativa é de um prejuízo de R$ 300 milhões aos cofres públicos. O candidato ainda obteve uma liminar que lhe garante a condição de continuar fazendo campanha enquanto o cancelamento de sua chapa não for julgado em definitivo. Na sexta-feira, a chapa dele foi inferida pelo juiz Antônio Rosa em razão da renúncia do candidato a vice-prefeito Danilo Fernando Macedo (PMDB). Pela legislação eleitoral, não há mais prazo para a apresentação de outro candidato a vice.

***

Folha de S. Paulo - Foragido e com chapa cancelada, prefeito é autorizado a fazer campanha em MG - José Marques - Considerado foragido desde a semana passada e com a chapa de reeleição cancelada pela Justiça, o prefeito afastado de Montes Claros (norte de Minas), Ruy Muniz, conseguiu autorização para fazer campanha na cidade, inclusive com veiculação de propaganda no horário eleitoral. De acordo com o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Minas Gerais, a medida tem caráter liminar (provisório) e não discute o registro de candidatura, dá apenas o direito de fazer campanha. Agora, Muniz passa a ser considerado um candidato "sub judice". O registro havia sido cancelado na sexta (16) após renúncia do candidato a vice. Segundo o juiz que tomou a nova decisão, se o direito de fazer divulgação for retirado, "o risco de dano [à candidatura] é claro, retirando dos impetrantes o tempo de propaganda eleitoral, além da própria possibilidade de candidatura", afirmou.Se o recurso de Muniz contra a perda do registro de candidatura for julgado de forma favorável a ele, o prefeito afastado não poderá ser preso até o fim das eleições. A legislação eleitoral não permite que isso aconteça com candidatos 15 dias antes do pleito, a não ser em flagrante delito.
Pedidos de prisão
Muniz foi preso preventivamente em abril pela Polícia Federal, sob suspeita de inviabilizar o funcionamento de hospitais públicos e filantrópicos para beneficiar um hospital de sua família. Sua defesa nega as acusações. Ele foi solto em julho e registrou a chapa para se reeleger, mas teve outro mandado de prisão expedido nesta semana pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, no âmbito de uma operação da Polícia Civil que apura suposta fraude na compra de combustível pela prefeitura. Muniz ficou conhecido nacionalmente por ter sido preso um dia depois de sua mulher, a deputada federal Raquel Muniz (PSD), ter votado pela abertura de processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff. Em seu voto, ela disse que tomava aquela decisão "para dizer que o Brasil tem jeito" e que "o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão". O nome da operação da Polícia Civil faz referência a uma das marcas da gestão Muniz em Montes Claros, cujo slogan era "Tolerância Zero Contra a Corrupção". A advogada do prefeito, Marilda Marlei Barbosa, foi procurada nesta segunda (19), mas não se manifestou.

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Mensagem N°81833
De: Elio Soares Ribeiro Data: Segunda 19/9/2016 19:14:26
Cidade: montes claros

Faleceu hoje, 19/09/2016,pela madrugada, o poeta, cronista, idealizador do Prêmio Parnaso de Cultura, fundador da Academia de Letras e amigo, José Luiz Rodrigues. Foi dormir e esqueceu-se de acordar, para o empobrecimento das letras de Montes Claros, Mirabela e São Francisco. Sua matéria terrena está sendo velada na Funerária Avelar, próximo à Prefeitura. O cortejo para o cemitério Bomfim está previsto para as 10h.

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Mensagem N°81832
De: Ucho Ribeiro Data: Segunda 19/9/2016 16:38:55
Cidade: Montes Claros

ETCÉTERA E TAL.

Tio Maurício que me contou o causo, mas não me confidenciou o sobrenome do personagem. Disse apenas que era um aprendiz de alfaiate, conhecido por Dorival, Dô para os íntimos. Morava nos Morrinhos e trabalhava numa alfaiataria da rua XV. Nos intervalos do trabalho ia para o bar da esquina, o Boca de Pito, contar potocas e revelar seu sonho de ser um renomado costureiro.

- Ainda vou ser famoso, vou fazer é roupa pra grã fino lá em São Paulo, cês vão ver!

Tanto disse e repetiu, que um dia fez as malas, passou na casa da sua noiva Gracinha, fez juras de amor, prometeu que retornaria em breve com o certificado de alfaiate e as passagens pra levá-la casada pra cidade grande. Dito e feito.

Passado pouco mais de um ano, eis que chega à estação de trem de Montes Claros, Dorival, nos trinques. Terno azul-escuro estalando, com um corte diferente, modernoso, lenço vermelho dobrado no bolsinho do paletó, camisa listrada, calça vincada e sapato lustrado, bicolor, com ponteira de metal. As malas novíssimas de couro e com fechadura dourada.

Os funcionários e passageiros, na plataforma de desembarque, contemplaram aquela elegância toda, mas não atinaram que a figura era um cidadão montesclarense repaginado. Apenas, um menino, vizinho e morador da Ovídio de Abreu, o identificou e perguntou:
- Ô, Dô, cê quer que eu leve suas malas?

Dorival, formalmente, respondeu:
- Pois não, Guri, faça o favor.

Ao descer a escada da estação, o garoto desconfiado já mudou o tratamento:
- Ô, Seu Dô, pra onde nós vamo?
- Guri, eu vou hospedar no hotel São José, na praça Coronel Ribeiro, etcétera e tal.

Seguiram pela Barão do Rio Branco e foram descendo, no que o Dorival perguntou:
- Como andam as chuvas por aqui, escassas? etcétera e tal.
- Tem tempo que não chove, Seu Dorival.
- Venho da terra da garoa. Lá em São Paulo, difícil é o dia que não chove, etcétera e tal.

Ao chegar ao Hotel, o alfaiate perguntou ao menino: - Guri, você sabe onde mora Dona Clarice, nos Morrinhos? etecetera e tal.
- Sei sim, é a casa de Gracinha, sua noiva.

Dando uma gorjeta graúda, lhe ordenou: - Pois bem, vá lá e diga a ela que vou tomar um banho, repousar um pouco, etcétera e tal, e que mais tarde passarei por lá, etcétera e tal, para a gente sair, etcétera e tal.

O menino partiu numa carreira e rapidinho estava na porta da casa da noiva, de onde gritou:
- Ô de casa? Ô de casa?

Nisso, apareceu Dona Clarice e perguntou:
- Que isso, menino, pra que esta gritaria toda?

- É pra avisar pra Gracinha que o seu Dorival chegô, etcétera e tal, que tá no hotel São José, etcétera e tal, que vai tomá um banho e descansá, etcétera e tal, e depois vai passá aqui pra buscá-la, etcétera e tal, e que eles vão sair, etcétera e tal.

Dona Clarice ouviu aquilo tudo, estranhou o palavreado e disse:
- Menino, volte aqui, que história é essa de etcétera e tal?

O garoto virou e, batendo a mão esquerda aberta na outra fechada, sentenciou: - Sei não, dona Clarice, mas eu acho que é, ó: Top! Top! Top...

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Mensagem N°81831
De: Afonso Data: Segunda 19/9/2016 14:26:12
Cidade: Montes Claros/MG

Comunico com pesar o falecimento de Jose` Luiz Rodrigues, escritor, poeta e jornalista, natural de Mirabela. O corpo está sendo velado na Funerária Avelar, em Montes Claros.

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Mensagem N°81830
De: Tribunal Regional Eleitoral Data: Segunda 19/9/2016 11:11:30
Cidade: Belo Horizonte

19 de setembro de 2016 - 10h36 - Juiz concede liminar para que Ruy Muniz possa continuar fazendo campanha em Montes Claros - O juiz do TRE-MG Carlos Roberto de Carvalho concedeu, neste domingo (18), liminar garantindo ao candidato a reeleição para prefeito de Montes Claros (Norte de Minas) Ruy Muniz, da coligação Competência Para Fazer Mais (PSB/ PMDB / PSD / PTC / PTB / PRB / PRTB / PHS / PMN), o direito de continuar praticando todos os atos de campanha, inclusive a veiculação de propaganda no horário eleitoral gratuito. Por ser uma liminar, essa decisão é provisória. O mandado de segurança não discute o registro da chapa, mas apenas o direito de fazer propaganda.
De acordo com a decisão, como foi apresentado um recurso contra o cancelamento de registro de candidatura de Ruy Muniz, ele é considerado um candidato sub judice, e pode continuar fazendo campanha. “Os requisitos da tutela de urgência para sua concessão, nos termos do artigo 300 do Código de Processo Civil, são ‘elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo’. O risco de dano é claro, retirando dos impetrantes o tempo de propaganda eleitoral, além da própria possibilidade de candidatura. Assim, presente tal requisito”, entendeu o magistrado no mandado de segurança.
A candidatura de Muniz à Prefeitura de Montes Claros foi cancelada em função da desistência do candidato a vice-prefeito Danilo Fernando Macedo Narciso (PMDB).
Processos relacionados:
MS 47795
RCAND 38369
RCAND 38454

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Mensagem N°81829
De: Alberto Aguiar Data: Domingo 18/9/2016 14:35:44
Cidade: montes claros/ MG  País: Brasil

Por volta das 10:00 da manhã, meu vizinho começou a ouvir música no som do seu carro. As músicas alternavam, umas altas, outras baixas. Sinalizei a minha mulher: se me incomodar chamo a polícia!
Mas meu vizinho, cervejeiro que é, saudosista como nunca e por vezes uma pessoa até comunicativa, mas sempre muito discreto.
Ele ouvia aqueles axés antigos, sambas da velha guarda, um sertanejo agradável, velhos clássicos da música internacional,internacionais que todos nós dançávamos nas boates, forrós gostosamente dançantes, rock brasileiro dos anos oitenta, aqueles bregas gostosos de antigamente e muita Jovem Guarda.
Convidei minha mulher a fazermos uma caipirinha e dançamos alguma músicas, relembrando a nossa paquera, nosso namoro, nossas noites pelos botecos dançantes e anos iniciais do nosso casamento.
Mudei de pensamento! Naquela rememoração gostosa, que pouco se vê hoje em dia, cheguei a uma conclusão: se meu vizinho desligar o som vou chamar a polícia.

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Mensagem N°81828
De: EDILSON Data: Domingo 18/9/2016 20:36:28
Cidade: MG

Chove copiosamente agora no Bairro Morada do Sol, milagre da mãe natureza dando boas vindas a estação das flores.

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Mensagem N°81827
De: Marcelo Eduardo Freitas Data: Sábado 17/9/2016 10:27:01
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

SUICÍDIO: NÃO SE OMITA!

* Marcelo Eduardo Freitas

Diversamente de outros textos, em que procuramos traçar abordagens de forma abstrata, escrevo hoje a pedido de um amigo que, na ultima semana, movido por um rasgo de desespero, buscou por cabo à própria vida.
Enfrento, assim, nesta missiva, um tema que tem impactado a vida de inúmeras famílias Brasil a dentro: o suicídio, não raras vezes recepcionado pela nossa sociedade com o “véu do silêncio”, como se estivéssemos a lidar com um assunto sobre o qual devesse pairar um voto de não discussão, de negação ao debate, de mais absoluto silêncio. Erramos! Profundamente!
Não quero enfrentar a questão discutindo aspectos eminentemente espirituais, sem olvidar de sua relevância. Seria reduzir demasiadamente, a nosso sentir, um problema que transcende os caminhos da fé, cuidando-se, certamente, de mais um caso de saúde pública.
De maneira didática, vou iniciar pela etimologia. A palavra suicídio foi concebida no ano de 1737 pelo botânico francês René Desfontaines. Com origem no latim - sui (si mesmo) e caedere (ação de matar) -, ela aponta para a necessidade de buscar a morte como uma fuga para o suplício que se torna insuportável. Esta ação voluntária e intencional parte da premissa de que a morte significa o fim de tudo, um mergulho no nada, um alívio para a tormenta.
Não sem razão, deste modo, o Centro de Valorização da Vida (CVV), lançou a campanha Setembro Amarelo, com o propósito de conscientizar sobre a prevenção ao suicídio, alertando a população a respeito da realidade no Brasil e no mundo, sem deixar de apresentar algumas formas de prevenção, já que, a cada 45 minutos uma pessoa se mata em nosso país. Pelos números oficiais, assim, são 32 brasileiros mortos por dia, taxa superior às vítimas da AIDS e da maioria dos tipos de câncer. Na mesma linha, a cada 40 segundos, alguém ceifa a própria vida em alguma parte de nosso planeta.
Há um outro dado extremamente grave: a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, para cada suicídio, mais de 20 outras tentativas ocorreram e, por algum motivo, não deram “certo”. Isso sem falar na “cifra oculta” daqueles que, fortemente, consideraram a idéia de tirar a própria vida. Esse dado, portanto, ainda é uma perigosa incógnita!
O lado mais alarmante de todo esse estado de coisas talvez esteja na alta taxa de suicídio entre jovens que mal começaram a caminhada. Entre os 15 e os 24 anos, ele já se encontra em terceiro lugar nas causas de morte, logo após os acidentes e homicídios.
O câncer, a AIDS e demais doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), há duas ou três décadas, eram lastreadas por tabus. Víamos, assustadoramente, o exponencial aumento do número de vítimas. Foi preciso o esforço coletivo, liderado por pessoas destemidas e organizações engajadas, para quebrar paradigmas, falando sobre o assunto, esclarecendo, conscientizando e estimulando a prevenção, tudo para reverter esse cenário. O resultado rendeu frutos!
Na sociologia de Durkheim, o suicídio é apresentado de três maneiras distintas: Egoísta, Altruísta ou Anômico. Aqui nos compete esclarecer que, conforme citado sociólogo, cada sociedade está predisposta a fornecer um contingente determinado de mortes voluntárias, apresentando, em cada momento da sua história, uma atitude definida em relação ao suicídio. Chega de mortes “voluntárias”! É preciso alterar posturas! Mudar condutas! É isso que estamos a propor!
O suicídio tem sido um mal silencioso. As pessoas fogem do assunto. Por medo, receio ou desconhecimento não percebem os sinais de que uma pessoa próxima está com ideias suicidas. A esperança é o fato de que, segundo a OMS, 9 em cada 10 casos poderiam ser prevenidos. É necessário ajuda e atenção de quem está ao redor de um potencial suicida. Suicídios podem ser evitados se sinais não forem banalizados! Alguns comportamentos, como deixar de sair com os amigos, demonstrar tristeza por muito tempo ou ter alterações expressivas no humor podem indicar que pessoas próximas precisam de ajuda! As tentativas de suicídio ou sua prática efetiva envolvem sempre uma grande dose de sofrimento, tensão, angústia e desespero! Estenda, assim, a mão que acolhe, o ombro que conforta. Isso pode salvar vidas!
Um outro ponto relevante no enfrentamento: Segundo a OMS, cerca de 30% dos suicídios no mundo ocorrem por envenenamento com pesticidas, sendo a maioria registrada em zonas rurais, de países com baixa e média renda. Outros métodos recorrentes são o enforcamento e o uso de armas de fogo. O conhecimento dos métodos de suicídio mais utilizados, destarte, é uma importante ferramenta para a elaboração de estratégias de prevenção que têm se mostrado eficazes, como a restrição de acesso aos meios. Sem meios, os fins não são atingidos!
A Fundação Oswaldo Cruz afirma que a maior parte das pessoas que pensa em cometer suicídio enfrenta uma doença mental que altera, de forma radical, a percepção da realidade e interfere no livre arbítrio. A depressão é um desses males! O tratamento da doença é a melhor forma de prevenir! A espiritualidade é considerada um fator de proteção! Ter uma crença afasta a possibilidade de pensamentos suicidas! No entanto, isoladamente, não resolve o problema! A atenção básica de saúde deve estar preparada para identificar sinais de alerta, ter familiaridade com o assunto e encaminhar o potencial suicida para algum serviço especializado. Contudo, infelizmente, essa não é a realidade do nosso sistema de saúde. Enquanto a realidade desejável não chega, é nosso papel fazer mais. Observe! Dê carinho! Ame mais! Acolha! Ajude! A fé é o instrumento que Deus nos deu para suportar as dificuldades! A solução há de vir com a ciência! Bons médicos, bons medicamentos, vidas salvas!

(*) Delegado de Polícia Federal e Professor da Academia Nacional de Polícia

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Mensagem N°81826
De: Manoel Hygino Data: Sábado 17/9/2016 09:45:19
Cidade: Belo Horizonte

Sem previsão de tempo

Manoel Hygino - Hoje em Dia

O brasileiro reclama do tempo, não tão regular como antigamente. As estações não são tão delimitadas, pois o homem do campo antes sabia a época de plantar, quando as chuvas estavam por chegar, a hora da colheita. As cidades cresceram desmensuradamente e algumas são muito maiores do que vários estados. E falta água nos reservatórios das usinas hidrelétricas ou para atender a demanda da população sequiosa.
No século passado, já Euclides da Cunha informava sobre notícias que chagavam ao Rio de Janeiro “denunciando o recrudescimento do verão bravio”. Ah, se o autor de “Os Sertões” vivesse nos dias de hoje!
Aliás, Euclides escreveu, mutatis mutantis , como ora faço: Os velhos sertanejos, afeiçoados à passagem da harmonia de uma natureza exuberante, derivando na intercadência firme das estações, não fazem mais previsões sobre o tempo.
Procurando as causas, o escritor registra quanto contribuíram os índios com o mau costume do uso do fogo para sanar dificuldades imediatas, fazendo com que se cultivasse logo sobre as cinzas. Os que vinham de longe, os brancos, em busca tanto do aborígene, quanto do ouro principalmente, começaram a abrir caminhos e buracos pelas montanhas afora.
“Atacaram a terra nas explorações mineiras a céu aberto: esterilizaram-na com o lastro das grupiaras; retalharam-na nas plantações de alvião; degradaram-na com as torrentes revoltas; e deixaram áridos, ao cabo, aqui e ali, por toda a banda, para sempre, avermelhando os ermos com o vivo colorido da argila revolvida, as catas vazias e tristonhas com seu aspecto sugestivo de grandes cidades em ruínas. Ora, tais selvatiquezas atravessaram toda a nossa história”.
Teimávamos em destruir todo o território por ignorância, por inércia, por deixar como está para ver como fica. Nas regiões do regime pastoril, nos sertões, desbravados a fogo, incêndios duravam meses derramando-se pelas chapadas em fora. Estabelecia-se o regime desértico e da fatalidade das secas, que ameaçam anualmente o sistema energético hidrelétrico e o abastecimento de água às pequenas e às grandes cidades. As lições e as pregações, vamos dizer, até cívicas, para proteger o meio ambiente, praticamente nada ou muito pouco mudaram. Mesmo as advertências internacionais sobre os riscos que pairam sobre o planeta não produzem o efeito imprescindível.
Em “Contrastes e Confrontos”, em boa hora lançada pela Fundação Darcy Ribeiro, presidido por Paulo Ribeiro, em coletânea idealizada pelo conterrâneo de Montes Claros, se tem, ampliada, a advertência de Euclides. No livro, encontram-se as explicações que deveriam ser sabidas pelos que, ou promovem a desertificação do país, ou permitem que ela continue.
Desde o mau ensinamento do aborígene tudo tem mudado para pior. Novas derrubadas e estragos, novas capoeiras vegetando, tolhiças inaptas para reagir contra os elementos. Agravam-se cada vez mais os rigores do clima.
Em tempos mais modernos, os grandes rebanhos, a necessidade de abastecimento da crescente as plantações em longa escala, população, o atendimento ao mercado externo, sacrificando a terra, os mananciais, a vida como um todo.

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Mensagem N°81825
De: Tribunal Regional Eleitoral MG Data: Sexta 16/9/2016 19:50:04
Cidade: BH

6 de setembro de 2016 - 17h55 - Candidato a vice em Montes Claros renuncia e chapa de Ruy Muniz é cancelada - O candidato a vice-prefeito de Montes Claros (Norte de Minas) pela Coligação competência para fazer mais (PSB/ PMDB / PSD / PTC / PTB / PRB / PRTB / PHS / PMN), Danilo Fernando Macedo Narciso (PMDB), apresentou sua renúncia nesta sexta-feira (16), ao juiz da 317ª Zona Eleitoral, de Montes Claros. Em virtude da renúncia e do encerramento do prazo para substituição de candidatos (exceto por falecimento), a decisão do juiz foi no sentido de a coligação não poder mais concorrer às eleições majoritárias de 2016, inviabilizando a candidatura à reeleição do prefeito Ruy Adriano Borges Muniz (PSB).
Segundo a sentença que homologou a renúncia do candidato, dada pelo juiz Antônio de Souza Rosa, “a extinção da candidatura ao cargo de Vice-Prefeito, decorrente da renúncia, afeta a chapa majoritária.”. Não sendo mais possível a substituição do candidato a vice-prefeito, (...) determino o cancelamento da chapa majoritária”.
Nos termos da Lei nº 9.504/1997, o prazo para a substituição de candidatos encerrou-se no dia 12 de setembro (20 dias antes do pleito). Diante da impossibilidade de troca do candidato a vice-prefeito, a consequência é o indeferimento de toda a chapa concorrente.
Foi determinado, ainda, pelo juiz, a redistribuição do tempo no horário eleitoral gratuito para prefeito em Montes Claros.
No seu pedido, Danilo Narciso afirmou: “nas circunstâncias em que o candidato a prefeito desta nossa coligação não se encontra, neste momento e por força judicial, em pleno gozo de seus direitos políticos e do exercício da cidadania, além de estar impossibilitado de exercer a função de administrador público(...). Não resta a mim, outra opção, a não ser agir de acordo com princípios éticos e morais que sempre nortearam a minha conduta como cidadão”.
Processos relacionados: RCAND 38369
RCAND 38454

***

O Tempo - 16/09/16 20:11 - Chapa de Ruy Muniz é cancelada em Montes Claros - Da redação - O candidato a vice-prefeito de Montes Claros pela coligação Competência para Fazer Mais, Danilo Fernando Macedo Narciso (PMDB), apresentou nesta sexta-feira (16) sua renúncia ao juiz da 317ª Zona Eleitoral da cidade.
Em virtude da renúncia e do encerramento do prazo para a substituição de candidatos (exceto por falecimento), a decisão do juiz foi no sentido de a coligação não poder mais concorrer às eleições majoritárias de 2016, inviabilizando a candidatura à reeleição do prefeito Ruy Adriano Borges Muniz (PSB).
Foi determinada ainda a redistribuição do tempo no horário eleitoral gratuito para prefeito no município. Da decisão cabe recurso.

***

Estado de Minas - 16/09/16 18:18 - Justiça Eleitoral cancela chapa de Ruy Muniz, em Montes Claros - Luiz Ribeiro - Com a renúncia do candidato a vice-prefeito Danilo Fernando Macedo (PMDB), a chapa de Ruy Muniz foi indeferida pelo juiz eleitoral Antônio Rosa da 1ª instância. A decisão cabe recurso. Neste momento, a equipe de coordenação de campanha de Ruy Muniz (PSB) está reunida e ainda não se pronunciou. Sobre a possibilidade de prisão de Muniz dentro do prazo de 15 dias ainda restam dúvidas se ele poderá ser preso ou não, caso reapareça a partir deste sábado. Ruy Muniz teve prisão preventiva decretada pela Justiça e está foragido.
Na tarde de hoje, Danilo anunciou a desistência da candidatura. Ele protocolou o pedido de renúncia na Justiça Eleitoral. mas a candidatura dele esta mantida já que havia sido deferida pela Justiça Eleitoral. Se Muniz não for preso até a meia noite de hoje ele poderá continuar com a campanha até dia 02 de outubro, pois a legislação eleitoral não permite prisão de concorrente até 15 dias antes da eleição. Exatamente sobre este ponto que ainda pairam dúvidas quanto a possibilidade de prisão ou não.
No pedido de renúncia encaminhado ao TRE, Danilo diz; “diante das circunstâncias em que o candidato a prefeito desta nossa coligação não se encontra, neste momento, e por for judicial, em pleno gozo de seus direitos políticos e do exercício de sua cidadania, além de estar impossibilitado de exercer a função de administrador público por determinações judiciais proferidas por dois juízes que atuam em processos distintos, não resta a mim outra opção”, afirma.

***

Estadão - 16 Setembro 2016 | 16h45 - Foragido, prefeito de Montes Claros já perde vice da chapa - Alegando que Ruy Muniz (PSB) `não está em pleno gozo de seus direitos políticos e do exercício de sua cidadania`, médico Danilo Narciso comunica Justiça eleitoral que está fora da disputa - Mateus Coutinho - Enquanto seu companheiro de chapa foge da polícia, o médico Danilo Fernando Macedo Narciso, do PMDB, oficializou à Justiça Eleitoral sua renúncia à candidatura de vice-prefeito na chapa do prefeito afastado de Montes Claros Ruy Muniz (PSB) – considerado foragido da Justiça desde a quinta-feira, 15, e que tenta a reeleição.
Diante disso, o agora ex-candidato afirma que não resta a ele outra opção senão agir de acordo com seus princípios e sua ‘firme e inabalável crença na necessidade de não ignorarmos as decisões provenientes das autoridades constituídas pelo conjunto de normas e leis que regem o Estado Democrático de Direito que se encontra em processo de consolidação em nosso país’.

Ao decretar a prisão de Ruy Muniz, a desembargadora Márcia Milanez, do Tribunal de Justiça de Minas, alertou para o ‘risco à ordem pública que o político representa em liberdade’.
A magistrada sustenta que o prefeito foragido tornou ‘refém’ de suas ações ilícitas a administração de Montes Claros, na região Norte do Estado.
Candidato à reeleição, Ruy Muniz poderá se beneficiar de uma regra da legislação eleitoral: nos 15 dias que antecedem o pleito, marcado este ano para 2 de outubro, nenhum concorrente a cargo eletivo pode ser preso ou detido, salvo em caso de flagrante delito.
Muniz foi alvo nesta quinta-feira, 15, de um mandado de prisão, o segundo neste ano, decretado na Operação Tolerância Zero. Os policiais, contudo, não o encontraram.
O prefeito ganhou visibilidade nacional ao ser elogiado pela mulher, a deputada federal Raquel Muniz (PSD-MG), na sessão da Câmara que aprovou o impeachment de Dilma Rousseff, em 17 de abril.
No dia seguinte ele foi preso pela primeira vez, pela Polícia Federal, por suposto uso de verba pública para favorecer hospitais privados a ele ligados.
Muniz foi solto em julho, por ordem do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), e lançou sua candidatura. O novo mandado de prisão foi por ordem do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Conforme as investigações da Polícia Civil de Minas, o prefeito é suspeito de fraudes na compra de combustíveis pela Empresa Municipal de Serviços, Obras e Urbanização de Montes Claros (ESURB).
Foram presos nesta quinta o filho de Ruy Muniz, Ruy Gabriel Queiroz Muniz, um assessor e o diretor da Empresa Municipal de Serviços, Obras e Urbanização de Montes Claros (ESURB).
‘Refém’. Ao decretar a prisão preventiva do prefeito afastado de Montes Claros, no interior de Minas, Ruy Muniz (PSB) e seu filho, a desembargadora Márcia Milanez, do Tribunal de Justiça do Estado assinalou que o município ficou ‘refém’ da quadrilha supostamente liderada pelo político.
“O imensurável poderio político e econômico do grupo em tela maximiza o risco que a liberdade de Ruy Muniz e de seus principais comparsas traria para a ordem pública. Malgrado haja outras investigações e procedimentos penais em curso em desfavor de envolvidos em tal quadrilha, tal circunstância não inibiu a atuação delitiva dos mesmos, os quais tornaram a Administração PúblicaMunicipal de Montes Claros refém de um esquema de desvios para enriquecimento ilícito”, aponta a magistrada na decisão que determinou a prisão do político na Operação Tolerância Zero, deflagrada nesta quinta-feira, 15.

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Mensagem N°81824
De: Alberto Sena Data: Sexta 16/9/2016 09:36:54
Cidade: Grão Mogol

O ÓLEO MARIFLOR E A PANÇA DE DEBA

Alberto Sena

Tenho um irmão que é piadista militante. Ele sempre chega com alguma piada ou enquanto conversamos arruma logo um jeito de contar mais uma e assim juntos, porém, separados, eu aqui e ele lá em Montes Claros, vamos vivendo a vida da melhor maneira possível. Às vezes rindo, noutras vezes dando gargalhadas.
José Venâncio Batista, Zé Venâncio chamado, é o quinto na escala de cima para baixo dos 11 filhos de José Batista da Conceição (Zé Bitaca) e Elvira de Sena Batista. Feita a apresentação, preciso acrescentar, Zé Venâncio, na década de 60, foi um bom praticante do ludopédio chamado também de “esporte bretão”, que se foi abrasileirando de tal forma e já faz algum tempo é chamado de futebol.
Mas, já naquela época gloriosa de 60, apesar das incertezas vividas pelos brasileiros, a partir de 1964, o País vivia os albores do surgimento da arte de jogar com os pés, e o esporte passou a ser chamado de “futebol arte”, pós taça Jules Rimet. Foi quando o mundo viu um sujeito de pernas tortas a bailar “garrinchando” com a bola no pés. E o mundo viu também surgir Pelé, hoje o “Rei do Futebol” – fu-té-bol, conforme dicção dele.
Zé Venâncio era bom jogador de futebol. Aliás, foi o futebol que o levou a trabalhar no Banco Econômico da Bahia. O banco possuía um time de futebol e outro de futsal. Além disso, ele era exímio jogador de pingue-pongue, com “puxadas com rosca” ou “cheia de graxa”, como costumávamos dizer, imbatíveis. Era tentar responder e o adversário mandar a bolinha na rede.
Para situar melhor o clima político da época, em Montes Claros, a situação era a seguinte: havia um homem epitetado Deba, Hedelberto Freitas chamado, que na década de 50 e 60 entrante, era temido, tinha muita influência política, mandava e desmandava na cidade. O que Deba falava, estava falado.
Dizem as más línguas que a casa dele era um reduto onde se homiziavam pistoleiros. Era lá na casa dele e também na Jaíba. Jaíba era considerado na época como “fim do mundo”, lugar onde os pistoleiros recorriam para fugir da polícia. Nem a polícia tinha coragem de ir atrás deles. Era um tempo da lei do mais forte.
O certo é que nada acontecia na cidade sem que Deba tivesse ciência e participação. Ele era um homem alto, dono de um corpanzil de não fazer inveja a ninguém, dotado de barriga proeminente. Ao mesmo tempo em que era temido, era amado. Enfim, um homem controvertido, mas respeitado.
Havia em Montes Claros, nessa mesma época, um fábrica de óleo de cozinha chamada Mariflor, cujo dono era Oldemar Santos, um empreendedor de renome na cidade. A fábrica de óleo Mariflor mantinha uma publicidade na Rádio Sociedade Norte de Minas, ZYD-7, um dos baluartes da comunicação social de Montes Claros da época.
A rádio possuía um programa chamado “Clube dos Calouros”, que proporcionava a interatividade dos ouvintes. Como o rádio era o único meio de comunicação, em toda casa havia um ou mais rádios. Os montesclarinos ficavam com os ouvidos grudados no aparelho. Havia até quem nem acreditava como é que podia caber tanta gente dentro de um aparelho tão pequeno.
Naquele bendito dia, a rádio estava lançando um concurso para premiar quem fizesse a melhor frase sobre o óleo Mariflor, feito de algodoeiro. Apareceram vários candidatos ao concurso. Um por um, os candidatos foram-se apresentando, até chegar a vez de Zé Venâncio, rapazote até então.
“E com vocês, Zé Venâncio com a sua frase” – disse o locutor da época Adelchi Ziller. Antes, porém, anunciou o comercial do óleo Mariflor, como sendo o melhor para mesa e cozinha. Evidentemente, Zé Venâncio meio nervoso, expectante, não via a hora de o espaço comercial acabar.
Ziller voltou a anunciar: “E com vocês...”. Zé Venâncio apossou-se do microfone e lascou a frase vencedora do concurso: “A boca de Deba disse e a barriga dele confirmou, o melhor óleo é o óleo Mariflor”. Zé Venâncio saiu da rádio correndo abraçado com seis latas de óleo Mariflor. Dona Elvira, senhora mãe dele e minha, ficou agradecida.

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Mensagem N°81823
De: Estado de Minas Data: Quinta 15/9/2016 17:06:35
Cidade: BH

Prefeito afastado de Montes Claros tem prisão preventiva decretada, mas não é encontrado - Ruy Muniz é considerado foragido da Justiça - Luiz Ribeiro - O prefeito afastado de Montes Claros, Ruy Muniz (PSB), foi alvo de nova operação do Ministério Público Estadual e da Polícia Civil de Minas Gerais, nesta quinta-feira. Ele teve prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) pela suspeita de pagamentos das prestações da casa onde mora, no Bairro Ibituruna, em Montes Claros, com recursos que, segundo investigações do MP, estariam sendo desviados da compra de combustíveis da Empresa Municipal de Serviços Obras e Urbanização (Esurb). O prefeito afastado não foi encontrado e é considerado foragido da Justiça. A defesa dele nega as irregularidades.
Muniz é candidato a um novo mandato à frente da prefeitura e vinha fazendo uma campanha intensificada, com caminhadas e várias reuniões nos bairros. A decretação da prisão causou repercussão imediata na campanha na cidade, com a divulgação do fato nas redes sociais pelos aliados dos adversários do prefeito afastado na eleiçao – Humberto Souto (PPS), Jairo Ataíde (DEM) e Leninha Souza (PT) – enquanto correligionários do representante do PSB alegam que ele é “vítima de perseguição”.
Mesmo com a decretação da prisão, a candidatura de Ruy Muniz a novo mandato é mantida, tendo em vista que foi deferida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Ainda conforme a legislação eleitoral, como é candidato, a partir do proximo sábado (15 dias da eleição), ele não poderá ser preso até o dia da votação.
Foram presos na operação “Tolerância Zero” o atual presidente da Esurb, Cristiano Junior; e o ex-presidente da empresa pública, Leonardo Andrade, atual secretário municipal de Desenvolvimento Sustentável e Agricultura.
Hospitais
Ruy Muniz já tinha sido detido em 18 de abril deste ano, pela suspeita de prejudicar hospitais conveniados do SUS em Montes Claros para favorecer um hospital da entidade educacional de sua família. Inicialmente, ele ficou preso no Presídio Regional de Montes Claros e depois passou a cumprir prisão domiciliar, que foi revogada no final de agosto pelo Tribunal Federal da Primeira Região de Brasília.
Na semana passada, Ruy Muniz e a mulher dele, a deputada federal Raquel Muniz (PSD), foram alvo de operação da Polícia Federal e da Receita Federal, desencadeada para investigar suspeitas fraudes e sonegação de impostos pelas instituições de ensino e de saúde vinculadas à rede educacional, Sociedade Educativa do Brasil (Soebras), administrada pela família do casal. Foram cumpridos vários mandados de busca e apreensão e 11 pessoas foram levadas coercitivamente para prestar depoimentos.
Promissórias
Na operação deflagrada nesta quinta-feira, é investigada a suspeita de que os pagamentos de promissórias da compra da casa de Ruy Muniz, no valor de R$ 25 mil, estariam sendo feitos com recursos desviados do pagamento de combustíveis da Esurb. As suspeitas foram levantadas durante a Operação Catagênese, desencadeada em março de 2015 pelo Ministério Publico Estadual e Fazenda Estadual, que investigou esquema de desvios de verbas das prefeituras na compra de combustíveis.
Na ocasião, foram apreendidas promissórias de pagamento da casa em um posto investigado em Montes Claros. Ruy Muniz explicou que as promissórias estavam no cofre do posto porque a casa foi adquirida a prestações da mãe do dono do estabelecimento, sogra do ex-deputado Wilson Cunha, falecido em 2012 e que que morava na residencia. Na época, ele disse ainda que a vendedora apenas usou o cofre do posto do filho para “guardar” as promissórias e que o negócio não tinha nada a ver com venda de combustíveis para a Esurb. A mesma argumentação foi repetida nesta quinta-feira pela advogada Marilda Barbosa, que defende o prefeito afastado.
Também nesta quinta-feira, um advogado que atuou na questão de divisão de bens do espólio do ex-deputado Wilson Cunha disse que a casa foi vendida à família Muniz por cerca de R$ 4 milhões, com uma entrada R$ 1 milhão e outras duas promissórias de R$ 1,5 milhão cada uma. Uma delas deverá ser quitada até 2017 e outra teve o valor parcelado em R$ 27 mil. Ele também repetiu a alegação de que apenas estava sendo usado o cofre do posto para guardar as promissórias sem relação com a venda de combustíveis para a empresa municipal.

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Folha de S. Paulo - Prefeito preso após voto por impeachment é considerado foragido pela Justiça - JOSÉ MARQUES - Cinco meses após ter sido preso preventivamente pela Polícia Federal, o prefeito afastado de Montes Claros (norte de Minas Gerais), Ruy Muniz (PSB), é considerado foragido pela Justiça do Estado.
Ele havia sido solto em julho e é candidato à reeleição, mas teve um novo mandado de prisão expedido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais a pedido da Polícia Civil do Estado. A corporação deflagrou nesta quarta (14) e quinta (15) a operação Tolerância Zero, que apura suposta fraude na compra de combustível pela prefeitura da cidade.
Muniz ficou conhecido nacionalmente por ter sido preso um dia depois de sua mulher, a deputada federal Raquel Muniz (PSD), ter votado pela abertura de processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff.
Em seu voto, ela disse que tomava aquela decisão "para dizer que o Brasil tem jeito" e que "o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão".
O nome da operação faz referência a uma das marcas da gestão Muniz em Montes Claros, cujo slogan era "Tolerância Zero Contra a Corrupção".
Foram presos um secretário e o diretor de uma empresa ligada à prefeitura. Além do prefeito, seu filho, Ruy Gabriel Muniz, também é considerado foragido.
A delegada responsável pelo caso, Karen de Paula Lopes, diz que as investigações apuram desde 2013 o desvio de recursos públicos da cidade com a utilização de contratos de fornecimento de combustível.
Além das prisões, houve mandados de busca e apreensão, inclusive na residência de Muniz.
Procurada, a prefeitura de Montes Claros diz que não foi notificada do caso. A defesa de Ruy Muniz foi procurada, mas ainda não se manifestou.
PRISÃO ANTERIOR
Segundo a Polícia Federal, a prisão anterior do prefeito foi feita porque ele é suspeito de inviabilizar a existência e o funcionamento de hospitais públicos e filantrópicos que atendem pelo SUS ao deixar de prestar serviços pela rede municipal.
O objetivo, segundo a apuração, seria favorecer um hospital privado que pertenceria aos seus familiares e ao grupo econômico deles. Muniz tem negado as acusações.

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Revista Veja - Prefeito elogiado no impeachment está foragido da Justiça – da Redação - Elogiado pela mulher, a deputada Raquel Muniz (PSD-MG), na sessão do impeachment na Câmara dos Deputados que votou pelo afastamento de Dilma Rousseff em abril, o prefeito afastado de Montes Claros Ruy Muniz (PSB) tornou-se foragido da Justiça, que decretou sua prisão na Operação Tolerância Zero, deflagrada nesta quinta-feira.
Ele foi alvo nesta quinta de mais um mandado de prisão, o segundo somente neste ano. Desta vez, porém, os policiais não o encontraram. A Polícia Civil de Minas foi cumprir o pedido de prisão por ordem da desembargadora Marcia Milanez, do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais.
Esta já é a terceira investigação contra Ruy Muniz, que somente em 2016 já foi alvo de duas operações da Polícia Federal, uma por suspeita de beneficiar hospitais privados ligados a ele e outra por suspeita de participar – junto com a mulher – de grupo que teria praticado fraudes tributárias e previdenciárias, estelionatos qualificados, desvio de recursos de entidades beneficentes de assistência social sem fins lucrativos e de verbas públicas federais.
A primeira operação da PF que o prendeu em 18 de abril, ocorreu um dia após a votação do impeachment na Câmara em que sua mulher, a deputada Raquel Muniz (PSD), o elogiou. “Meu voto [no impeachment] é pra dizer que o Brasil tem jeito, o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão”, disse a deputada antes de votar pelo afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff.
Ele ficou detido até julho deste ano graças a uma decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região e, em meio às investigações, lançou sua candidatura para tentar a reeleição. Por determinação do Tribunal de Justiça, a polícia prendeu o filho de Ruy Muniz, Ruy Gabriel Queiroz Muniz, um assessor e o diretor da Empresa Municipal de Serviços, Obras e Urbanização de Montes Claros (ESURB).
A desembargadora também determinou o afastamento de Ruy Muniz – que já estava afastado desde abril – e dos dois servidores da prefeitura de seus cargos. Também foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão nas residências e nos locais de trabalho dos oito investigados – incluindo Ruy Muniz e os outros três que tiveram a prisão decretada -, na sede da ESURB e em outras três empresas privadas.
As medidas atendem um pedido do Ministério Público de Minas Gerais que acusa Ruy Muniz de chefiar uma quadrilha que teria “capturado” a administração pública municipal “transformando-a refém dos seus escusos interesses”, diz o procurador de Justiça Cristovam Joaquim Filho no pedido de prisão.
Nesta investigação, o prefeito afastado, seu filho, os funcionários públicos e empresários são acusados de fraudes na compra de combustível pela ESURB beneficiando empresas e o próprio político.
Ao acatar os pedidos de prisão e de buscas, a desembargadora entendeu que “há fortes indícios de envolvimento dos investigados em uma organização criminosa, estruturada e com divisão de tarefas, em que seus integrantes buscam obtenção de vantagens pecuniárias pela prática de crimes, especialmente desvios de verba pública”.
Procurada, a assessoria da prefeitura de Montes Claros informou que não iria comentar o caso. A reportagem também entrou em contato com o gabinete de Raquel Muniz, mas foi informado que a deputada ainda não tinha um posicionamento.
(Com Estadão Conteúdo)

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Mensagem N°81822
De: Polícia Militar Data: Quinta 15/9/2016 08:08:50
Cidade: M. Claros

POLÍCIA MILITAR REGISTRA CRIME DE HOMICÍDIO OCORRIDO NO PRESÍDIO EM MONTES CLAROS - A Polícia Militar registrou por volta das 10h57 de ontem, na Avenida Antônio de Freitas, bairro Jaraguá II em Montes Claros, uma ocorrência de homicídio contra um dos detentos.
A PM foi solicitada pelo coordenador do núcleo de segurança do presídio que relatou aos policiais que na cela 10 do pavilhão F, foi encontrado um detento de 29 anos, já caído ao chão, inconsciente, e com principio de parada cardiorrespiratória. Ainda de acordo com o solicitante, o detento teria sido vítima de agressões por outros presos.
Segundo informações, um agente retirou o preso agredido para fora da cela, e providenciou o socorro a ele, já que apresentava lesões na parte frontal da cabeça e parada cardiorrespiratória. A vítima foi conduzida pelo Samu para o hospital Santa Casa. Foram qualificados 09 (nove) presos como autores, sendo eles delatados por outros detentos, e todos os autores se encontravam no interior da cela 10 no momento das agressões.
De acordo com os detentos, os motivos das agressões teriam sido devido, em data pretérita, a vítima teria sido flagrada se masturbando sobre a cama, o que gerou revolta e atrito entre eles. O óbito da vítima foi confirmado já no hospital.

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Mensagem N°81821
De: Vinicius Barretto Data: Quinta 15/9/2016 03:05:53
Cidade: Montes Claros Ng  País: Brasil

Hoje dia 14 de setembro faltou energia elétrica em boa parte das residências , escritórios , consultórios e empresas no centro de Montes Claros ou parte ou toda cidade entre as as 15 e 17 horas .uma parte das mesmas ficou com energia variando muito e vários equipamentos puderam ter sido afetados ou queimados . Pensei o orobkema ser só em minha residência , mas aconteceu em todos os lugares parecendo ter dado problema em uma fase da energia onde várias lâmpadas queimaram . Erro ou falha de manutenção da. Cemig . Aguardamos explicações e ressarcimentos por parte da Cemig . Fiz reclamação na central no início do problema é protocolo e pretendo reclamar na ANEEL , etc . Absurdo ! Depois energia foi embora por 10 minutos e energia normalizou ....

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Mensagem N°81820
De: Polícia Federal Data: Terça 13/9/2016 15:37:30
Cidade: M. Claros

"Nota à Imprensa - Montes Claros/MG – Em referência à fuga do ex-prefeito de Januária/MG, preso quando da deflagração da Operação RUA DA AMARGURA, ocorrida na data de 12.09.2016, a Polícia Federal esclarece:

1 - Às 06 hs de ontem, 12/09, a PF deu cumprimento a 03 dos 05 mandados de prisão expedidos pelo juízo da 2ª Vara da Comarca de Januária/MG. Um dos investigados, ex-prefeito daquela cidade e candidato no pleito que se aproxima, foi preso com o auxílio da egrégia PM/MG, no final da manhã daquele mesmo dia;
2 - Durante o transporte da cidade de Januária/MG para Montes Claros/MG, o ex-prefeito foi escoltado por Agentes federais, sem algemas, sendo a transferência realizada em viatura ostensiva, no banco traseiro do veículo;
3 - A viatura utilizada não possuía, assim, predisposição para transporte de presos;
4 - Por volta das 18:10 hs, já nesta cidade de Montes Claros/MG, o preso empreendeu fuga, tomando direção ao bairro Todos os Santos;
5 - Houve perseguição dos policiais, sem sucesso na recaptura, já que o preso logrou êxito em montar em uma motocicleta que passava pelo bairro, tomando rumo ignorado;
6 - Consigna-se que, de acordo com a súmula 11 do STF, o uso de algemas não está completamente proibido. No entanto, sua utilização exige que o policial circunstancie o ato, mediante termo próprio, em que devem ser pormenorizadas as justificativas que exigiram o uso do instrumento, sob pena de responsabilização e nulidade da prisão;
7 - A decisão, assim, não é tão simples. O policial caminha entre dois extremos, passíveis de graves conseqüências, não raras vezes em detrimento de seu patrimônio ou de sua própria integridade física. Veja-se, à guisa de exemplo, recente decisão da 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que condenou a União à reparação de dano moral pelo uso de algemas no ato de prisão ocorrida nesta cidade, envolvendo policiais federais lotados justamente na Delegacia de Montes Claros/MG (processo nº 2005.38.07.009453-9/MG);
8 - Sem excluir a responsabilidade de quem quer que seja, já que providências estão sendo tomadas a respeito dos fatos, a situação ocorrida resgata a discussão a respeito do transporte de presos em todo o país, mormente sobre o uso de algemas, a predisposição própria em veículos policiais, além da imprescindível segurança de policiais, terceiros e do próprio conduzido.
9 - As buscas prosseguem e o ex-prefeito de Januária/MG é considerado um foragido da justiça de nosso país."

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Mensagem N°81819
De: Manoel Hygino Data: Terça 13/9/2016 09:29:06
Cidade: Belo Horizonte

Conselhos ainda válidos

Manoel Hygino - Hoje em Dia

Pode parecer que sou o pregoeiro do pessimismo quando apenas denuncio ou divulgo vícios e delitos que precisam ser extirpados. Esses fatos, e muitos personagens do mal, são suficientemente sabidos por todos, em todos os lugares. No entanto, não há interesse, ou não haveria, em resolver os problemas, inúmeros e graves, com os quais nos deparamos no país abençoado por Deus e vilipendiado por inúmeros brasileiros.
Em fevereiro de 2014, como aliás aqui me referi antes, a revista “France Football”, uma das mais bem ilustradas do mundo, trouxe uma reportagem sobre a Copa, de triste lembrança para nós. O poeta Aricy Curvello, que nasceu em Uberlândia, mas hoje mora no Espírito Santo, já merecidamente conceituado, me enviou suas observações. “Ninguém consegue enganar pessoas inteligentes. Aproveitem para sentir (pela publicação) como é medonha nossa realidade, que não escapa aos olhos treinados de europeus inteligentes”.
A edição em causa veio, então, em preto e branco, ao contrário das anteriores. Na capa toda negra se lia “Peur sur Le Mondial”, o “Medo sobre o Mundial”. Onde havia uma foto da bandeira do Brasil com “Ordem e Progresso”, uma tarja negra. No subtítulo: “Atingido por uma crise econômica e social, o Brasil está longe de ser aquele paraíso cinco meses antes do mundial. O Brasil virou uma terrível fonte de angústia”. No quesito segurança, lia-se o seguinte: No Brasil há mais assassinatos que na Palestina, Afeganistão, Síria e no Iraque juntos.
No Brasil há mais assassinatos que em toda a América do Norte + Europa + Japão + Oceania. A guerra do Vietnã matou 50 mil pessoas em sete anos. No Brasil, se mata a mesma quantidade em um ano. Em 2013, foram 50.177, segundo o governo. Segundo ONGs, superam 63 mil mortes. Todo brasileiro conhece alguém que foi assassinado e 1% dos casos resulta em prisão. Este 1% não chega a cumprir 1/6 da pena e é beneficiado por vantagens que se dão aos criminosos.
As prisões parecem masmorras e não recuperam. E mais rebeliões com dezena de mortos, pessoas decapitadas, esquartejadas são frequentes. Recomenda-se levar uma pequena quantidade de dinheiro para caso de assaltos. É comum assassinarem as pessoas que nada têm para o assalto. Não leve o cartão, você pode ser vítima de uma espécie de sequestro que só tem no Brasil: sequestro relâmpago.
Não use relógios, máquinas fotográficas, celulares, pulseiras, brincos, colares, anéis, bolsas caras, bonés caros, óculos caros, tênis caros, etc... Vista-se de forma mais simples possível. Se for assaltado, não reaja. Não ande pelas ruas após as 22h. Caixas eletrônicos não funcionam após as 22h30, devido aos assaltos. Os políticos, no lugar de aumentar a segurança, tiveram a brilhante ideia de proibir o cidadão de bem de tirar dinheiro do caixa. Os bancos fecham às 16h. Só faça câmbio em bancos ou casas autorizadas. Existe uma grande quantidade de moeda falsa e estrangeiros são alvo fácil. Policiais são monoglotas. Aprenda frases como: “Eu fui assaltado”, “preciso de ajuda”, “estou ferido”, “sou francês, leve-me ao consulado por favor”. Há falsas blitz para assaltar pessoas.
Há muitas outras recomendações, mas não cabem aqui. Os brasileiros conhecem tudo isso muito bem.

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Mensagem N°81818
De: Polícia Federal/Gissele Niza Data: Segunda 12/9/2016 10:33:11
Cidade: M. Claros

PF REALIZA OPERAÇÃO NO MUNICÍPIO DE JANUÁRIA/MG PARA COMBATER DESVIOS EM OBRAS DE PAVIMENTAÇÃO E DRENAGEM DE RUAS. - Montes Claros/MG - A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público mineiro, deflagrou, na manhã desta segunda-feira (12), a Operação RUA DA AMARGURA e realizou a prisão de 03 ex-servidores do município de Januária/MG. Há, ainda, mandado de prisão em desfavor do ex-prefeito municipal e do ex-secretário de educação daquela cidade, os quais se encontram foragidos.
A operação consiste no cumprimento simultâneo de 05 mandados de busca e apreensão além dos 05 mandados de prisão temporária.
Os investigados fraudavam processos licitatórios, direcionando a contratação de obras como pavimentação e drenagem de ruas a empresa que participava do esquema criminoso. O empresário, que firmou com a Polícia Federal e com o Ministério Público acordo de cooperação premiada, contou que grande parte dos recursos destinados a obras era desviada pelos integrantes da organização criminosa.
Segundo as investigações, após contratação da empresa, os pagamentos eram depositados na conta desta e o empresário sacava os valores, que retornavam aos servidores municipais e ao ex-prefeito. Laudos de engenharia atestaram a inexecução total de diversas obras de pavimentação, pagas com dinheiro público do município de Januária/MG.
Os investigados responderão por crimes contra a administração pública, formação de quadrilha, desvio de recursos públicos e fraudes à licitações. Uma vez condenados, as penas máximas aplicadas aos crimes podem ultrapassar 20 anos.
Será concedida entrevista coletiva às 11h na Delegacia da Polícia Federal em Montes Claros/MG, localizada na Rua Coração de Jesus, 500, Centro.
Comunicação Social da Polícia Federal em Montes Claros/MG - (38) 2103-3200

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Mensagem N°81817
De: José Ponciano Neto Data: Domingo 11/9/2016 12:44:54
Cidade: Montes Claros/MG

DADOS DA BARRAGEM DA COPASA EM JURAMENTO - MG: - 11 / SETEMBRO / 2016

Cota: 633,70

Volume acumulado: 20.221.426 m3 (representa 44,79% do volume total) – mesmo período em 2015 - 31.81%.

Volume Útil Operacional: 08,82%

Chuva do dia: 0,0 milímetros.

Total de chuva no mês de Setembro/16 = 0,40 mm : ( região de Juramento)
- O nível está 6,55 metros abaixo da cota de transbordo 640,25 –
Do dia 20/08 a 11/09 reduziu 0,46 cm do N.A.

Obs: Os mananciais Rio Canoas (secou); Rio Juramento mantém 30,1 Litros por segundo - o Rio Saracura com vazão 65,7 litros por segundo (vem reduzindo sistematicamente ).

Chuvas 2016 em milímetros: Janeiro 614,3 – Fevereiro 12,8 – Março 53,6 – Abril 17,6 – Maio 24,0 – Junho 0,0. – Julho 01,0 – Agosto 2,7 – Setembro 0,40 = Total: 703,1.

Nota: Os rodízios continuarão até recomendações da Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário – ARSAE.

Obs: volume e vazões com relação ao mesmo período do ano 2015: - A Barragem de Juramento com 12.98 % ACIMA DO NÍVEL 11/09/15. - Os mananciais do Parque da Lapa Grande (Pai João); Rebentão dos Ferros e Pacuí-Porcos contam com suas vazões reduzidas.

CURIOSIDADE: - Ontem 10 de Setembro foi comemorado o “Dia Nacional da Imprensa” - Sabemos que, como instrumento da Imprensa, o Jornal é uma empresa de serviço público; que todos os que com ele mantêm alguma ligação se tornam, na medida de sua plena responsabilidade, mandatários da confiança pública.
É responsabilidade nossa a clareza das idéias, a limpidez das expressões, a precisão e a retidão. Só escrevemos a Verdade que brota de nosso coração e de nossa consciência. Não escrevemos o que - como pessoas educadas - jamais diremos.
- Pena que existem outros tipos...

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Mensagem N°81816
De: Marcelo Eduardo Freitas Data: Sexta 9/9/2016 22:59:31
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

ÉS PÓ E A ELE VOLTARÁS!

* Marcelo Eduardo Freitas

O livro do Gênesis é o primeiro, tanto da Bíblia Hebraica como da Bíblia Cristã, antecedendo, pois, ao Livro do Êxodo e fazendo parte daquilo que se denominou por Pentateuco.
Em Gênesis, 2, 7, consta que Deus modelou o homem com a argila do solo, soprou em suas narinas o fôlego da vida e o homem se tornou um ser vivente. Embora na cultura ocidental as expressões “pó” e “argila” não sejam usadas para a denominação de um mesmo substantivo, tem-se que, em hebraico, a expressão “apar” é usada para idêntica finalidade. Literalmente, significa a terra solta que fica acima do solo, sem que se precise revolvê-la."
Na liturgia católica, em especial, reverbera até hoje a frase que, em latim, ganhou ares estarrecedores, fazendo tremer homens e mulheres de bem: pulvis es et in pulverem reverteris (És pó e a ele voltarás!).
Reduzir ao pó, deste modo, significa retirar do ser humano o fôlego da vida, soprado pelo Criador, nas narinas da criatura, no momento da criação. O sopro da vida, assim, a nosso sentir, reveste-se na mais exuberante obra de que a imaginação humana ousou alcançar. Nasce, a partir daquele momento transcendental, a plenitude do livre arbítrio, sem o qual a própria existência perderia todo o seu sentido. Somos senhores de nossas próprias escolhas! Não raras vezes, contudo, atribuímos as mazelas de nossa existência àquilo que se denominou de destino."
Livre Arbítrio (De Libero Arbitrio) foi uma das obras de autoria de Santo Agostinho, datada de 395. Escrita em forma de diálogo do autor com o seu amigo Evódio, Santo Agostinho elabora, em referida obra, algumas teses a respeito da liberdade humana e aborda a origem do mal moral.
Com certa frequência, à expressão livre arbítrio se atribui o mesmo significado da expressão liberdade. Contudo, Santo Agostinho buscou distinguir claramente esses dois conceitos: O livre arbítrio é a possibilidade de escolher entre o bem e o mal. A liberdade é o bom uso do livre arbítrio. Isso significa que nem sempre o homem é livre quando põe em uso o livre arbítrio, a carecer continuamente de como usa essa característica. Dessa maneira, o livre arbítrio está mais relacionado com a vontade. Porém, uma distinção entre os dois é que a vontade é um ato ou ação, enquanto o livre arbítrio é uma faculdade concedida ao ser humano.
Para santo Tomás de Aquino, por seu turno, embora o livre-arbítrio pareça designar um ato, ele é na verdade uma potência ou faculdade, por meio da qual podemos julgar livremente. Assim sendo, tal potência não pode ser confundida com o hábito nem com nenhuma força a ele submetida ou ligada.
No âmbito da filosofia, o livre arbítrio se contrapõe ao determinismo, que defende que todos os acontecimentos são causados por fatos anteriores, excluindo-se, portanto, a responsabilidade do ser humano pelos seus atos. A filosofia entende que o indivíduo faz exatamente aquilo que tinha de fazer. Seus atos são inerentes à sua vontade. Ocorrem com a força de outras causas, internas ou externas.
Antígona, obra espetacular de Sófocles, afirma que “há muitas maravilhas neste mundo, mas a maior de todas é o homem”. Carrego minhas muitas dúvidas a esse respeito. Afinal, temos cometido tantos erros que, não obstante a beleza da criação, chego a desanimar-me com o ser humano. Não sem razão, Blaise Pascal, filósofo e escritor místico cristão, refletindo sobre esse tormentoso tema, chegou a indagar: “O que é o homem na natureza? Um nada em comparação com o infinito, um tudo em face do nada, um intermédio entre o nada e o tudo”.
É preciso ajustar o prumo, sacodir a poeira e arrastar pelo exemplo. Quero, em vida (e nesta!), ver um mundo melhor. A começar pelo nosso Brasil, país que por longos anos abrigou degredados e coxos de consciência. Talvez por essa herança maldita ainda tenhamos que amargar por mais duas ou três gerações o peso da busca pela vantagem, pelo ganho fácil, pelo ócio em detrimento do trabalho árduo.
Não sem razão, portanto, Chico Xavier afirmava que “o exemplo é uma força que repercute, de maneira imediata, longe ou perto de nós... Não podemos nos responsabilizar pelo que os outros fazem de suas vidas, cada qual é livre para fazer o que quer de si mesmo, mas não podemos negar que nossas atitudes inspiram atitudes, seja no bem quanto no mal”.
Que sejamos fontes de inspiração, luz e sabedoria existencial. Palavras convencem! Exemplos arrastam! O que vê ao observar a própria imagem refletida no espelho? É preciso renascer antes que se retorne ao pó!

(*) Delegado de Polícia Federal e Professor da Academia Nacional de Polícia

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Mensagem N°81815
De: O Tempo Data: Sexta 9/9/2016 09:40:21
Cidade: Belo Horizonte

O Tempo - 09/09/16 - 09h13 - Instituições de Ruy Muniz são alvo de operação da PF e da Receita - Um mandado para condução coercitiva - quando a pessoa é levada para depor -, tendo como alvo o prefeito, também está sendo cumprido - DA REDAÇÃO -Agentes da Polícia Federal e da Receita Federal cumprem três mandados de busca e apreensão de documentos nas instituições de ensino da Rede Soebras, ligadas à família do prefeito afastado de Montes Claros, Ruy Muniz (PSB).
Os policiais que participam da ação chegaram à casa do prefeito afastado em Montes Claros, no Norte de Minas, ainda, durante a madrugada desta sexta. Além da residência oficial, as instituições de ensino pertencentes a Muniz localizadas também em Montes Claros, em Belo Horizonte e em Brasília, foram alvo da ação.
Um mandado para condução coercitiva - quando a pessoa é levada para depor -, tendo como alvo o prefeito afastado, também está sendo cumprido.
Por meio de nota, a Polícia Federal informou que, "por determinação do STF, o caso está sob sigilo, impossibilitando qualquer divulgação".
A assessoria de imprensa da prefeitura confirmou o fato, mas alegou que, por se tratar de um caso pessoal, não irá se pronunciar. Já a assessoria pessoal do prefeito afastado, afirmou que irá se posicionar sobre o assunto ainda nesta sexta.
Ano conturbado
O prefeito Ruy Muniz foi preso no dia 18 de abril na operação da Polícia Federal "Mascaras da Sanidade II" por repasse irregular de cerca de R$ 1 milhão ao seu próprio hospital em Montes Claros.
A prisão ocorreu um dia após a votação de abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT) na Câmara dos Deputados, em Brasília, onde a esposa do político, Raquel Muniz (PSD) declarou que ele era um exemplo de ética para o país.

***

Estado de Minas - 09/09/2016 10:26 - Muniz é alvo de nova Operação da Polícia Federal – Juliana Cipriani - O prefeito afastado de Montes Claros, Ruy Muniz (PSB) é alvo de nova operação da Polícia Federal na manhã desta sexta-feira. A operação Véu Protetor desarticula um esquema de fraudes cometidas por políticos do Norte de Minas. São investigadas fraudes e crimes como lavagem de dinheiro. Ainda na madrugada, carros da PF e da Receita Federal chegaram à casa do político e às instituições de ensino da Rede Soebras, ligadas à família dele. Além de Montes Claros, a operação está sendo realizada em Belo Horizonte e Brasília. As informações iniciais são de que 11 pessoas foram levadas para prestar depoimento. A PF de Minas Gerais, de Montes Claros e de Brasília ainda não deram detalhes da Operação. De acordo com a polícia, o caso está sob sigilo por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
Candidato
Apesar de se manter afastado da prefeitura, Ruy Muniz teve a candidatura à reeleição confirmada pelo PSB em uma coligação que reúne 10 partidos. Além do PMDB, que deu o candidato a vice-prefeito Danilo Fernando Narciso, estão na chapa PSD, PTB, PTC, PRB, PPL , PMN, PHS e PRTB. O prefeito afastado cumpre medidas cautelares determinadas pela Justiça. Entre elas, não pode manter contato com servidores municipais nem entrar no prédio da prefeitura. Ruy Muniz ficou quase um mês preso por suspeita de prejudicar hospitais conveniados do SUS em Montes Claros para favorecer a entidade educacional de sua família, o hospital Mário Ribeiro. Ele teve a prisão preventiva decretada em 18 de abril. Na sequência, em 10 de maio, teve o afastamento do cargo de prefeito decretado pela Justiça. Em 16 de maio, Muniz passou a cumprir prisão domiciliar. A medida foi revogada pelo Tribunal Regional Federal da Primeira Região em 27 de agosto, mas foi mantido seu afastamento do Executivo Municipal.

***

Ministério Público Federal/Receita Federal - 09/09/16 11h31 - Operação Véu Protetor combate organização criminosa comandada por políticos do norte de Minas Gerais – A Procuradoria-Geral da República, a Receita Federal, a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional deflagraram, nesta sexta-feira, 9 de setembro, a Operação Véu Protetor, que busca desarticular uma organização criminosa voltada à prática de fraudes tributárias e previdenciárias, estelionatos qualificados, desvio de recursos de entidades beneficentes de assistência social sem fins lucrativos e de verbas públicas federais. Os recursos desviados eram usados em benefício econômico e político de uma parlamentar federal, de um prefeito de uma cidade do norte de Minas Gerais e de pessoas ligadas a eles, incluindo familiares.
A operação foi realizada nas cidades mineiras de Montes Claros, Belo Horizonte, Lavras e Contagem, além de Brasília e Lages, em Santa Catarina. Estão sendo cumpridos onze mandados de busca e apreensão em empresas ligadas ao esquema e em endereços residenciais de familiares possivelmente ligados ao esquema. Alguns investigados também prestaram depoimento sobre os fatos. Com as buscas e os depoimentos, pretende-se colher provas e identificar os demais envolvidos. As medidas foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal.
Fraude - De acordo com as investigações, iniciadas pelo setor de inteligência fiscal da Receita Federal do Brasil há mais de dois anos, os políticos envolvidos seriam administradores de 133 instituições que têm por finalidade a prestação de serviços nas áreas de educação e saúde, em todo o território nacional. Essas instituições – que seriam mantidas por uma entidade beneficente, em uma “associação sem fins lucrativos” – teriam deixado de recolher mais de R$ 200 milhões em tributos, além de outros R$ 100 milhões que já estão devidamente lançados e inscritos em dívida ativa.
As empresas incorporadas por familiares investigados seriam utilizadas para blindagem patrimonial da entidade beneficente. No esquema, essas empresas transferiam parte de seus empregados para a instituição, que é isenta de tributos federais, permanecendo, entretanto, com o cadastro ativo no CNPJ e movimentando recursos em suas contas bancárias. Há ainda indícios de que os bens imóveis não foram regularmente transferidos para a entidade beneficente, já que essa enfrenta diversos processos de execução.
O núcleo familiar da organização criminosa, durante quase vinte anos, promoveu a apropriação e a subtração de recursos das entidades beneficentes para enriquecimento pessoal, incluindo mansões e imóveis de alto valor, aeronaves, automóveis, além de elevados saques e desvios de valores para custeio de despesas pessoais e políticas, muitos dos quais por contratos fictícios.
Fies – Apurou-se que a maior parte dos valores desviados pelos integrantes da organização criminosa são verbas públicas federais essenciais, especialmente do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), repassados pelo Ministério da Educação às entidades pseudo-filantrópicas do grupo criminoso. No esquema, foram desviados recursos públicos federais e estaduais repassados às entidades por força de convênios celebrados com a União, com Estados da Federação, principalmente Minas Gerais, e municípios diversos.
Crimes Investigados - Os fatos ilícitos apurados na Operação Véu Protetor caracterizam, em tese, os seguintes delitos: crimes de organização criminosa (art. 2º, caput e §1º, da Lei nº 12.850/2013); crimes tributários (arts. 1º e 2º da Lei 8.137/90); crimes previdenciários (arts. 168-A e 337-A do Código Penal); descaminho qualificado (art. 334, §3º, Código Penal); furto qualificado, apropriação indébita e estelionato majorado (arts. 155, §4º, II e IV, 168 e 171§3º do Código Penal); fraudes à execução (art. 179 do Código Penal); crimes contra o sistema financeiro (arts. 4º e 6º da Lei 7.492/86); falsificação documentos públicos e particulares e uso de documentos falsos (arts. 297 a 304 do Código Penal); peculato, prevaricação, advocacia administrativa e outros crimes contra a administração pública (arts. 312, 319, 321 do Código Penal e art. 1º, I e II, do Decreto-Lei nº 201/67), lavagem de dinheiro (art. 1º da Lei 9.613/90).

Comunicação Social
Procuradoria-Geral da República
(61) 3105-6404/6408
Twitter: MPF_PGR
facebook.com/MPFederal

***

Polícia Federal - PF combate organização criminosa que desviou milhões dos cofres públicos - A Polícia Federal, a Procuradoria-Geral da República, a Receita Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional deflagraram hoje (9/9) a OPERAÇÃO VÉU PROTETOR, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa voltada à prática de fraudes tributárias e previdenciárias, estelionatos qualificados, desvio de recursos de entidades beneficentes de assistência social sem fins lucrativos e de verbas públicas federais. Os recursos desviados eram usados em benefício econômico e político de uma parlamentar federal, de um prefeito de uma cidade do norte de Minas Gerais e de pessoas ligadas a eles, incluindo familiares.
Estão sendo cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em empresas ligadas ao esquema e em endereços residenciais, nas cidades mineiras de Montes Claros, Belo Horizonte, Lavras e Contagem, além de Brasília/DF e Lages/SC. As medidas foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal.
FRAUDE
De acordo com as investigações iniciadas pelo setor de inteligência fiscal da Receita Federal, os políticos envolvidos seriam administradores de 133 instituições que têm por finalidade a prestação de serviços nas áreas de educação e saúde em todo o território nacional. Essas instituições – que seriam mantidas por uma entidade beneficente, em uma “associação sem fins lucrativos” – teriam deixado de recolher mais de R$ 200 milhões em tributos, além de outros R$ 100 milhões, que já estão devidamente lançados e inscritos em dívida ativa.
As empresas incorporadas por familiares investigados seriam utilizadas para blindagem patrimonial da entidade beneficente. No esquema, essas empresas transferiam parte de seus empregados para a instituição, que é isenta de tributos federais, permanecendo, entretanto, com o cadastro ativo no CNPJ e movimentando recursos em suas contas bancárias. Há ainda indícios de que os bens imóveis não foram regularmente transferidos para a entidade beneficente, já que essa enfrenta diversos processos de execução.
O núcleo familiar da organização criminosa, durante quase 20 anos, promoveu a apropriação e a subtração de recursos das entidades beneficentes para enriquecimento pessoal, incluindo mansões e imóveis de alto valor, aeronaves, automóveis, além de elevados saques e desvios de valores para custeio de despesas pessoais e políticas, muitos dos quais por contratos fictícios.
FIES
Apurou-se que a maior parte dos valores desviados pelos integrantes da organização criminosa são verbas públicas federais essenciais, especialmente do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), repassados pelo Ministério da Educação às entidades pseudo-filantrópicas do grupo criminoso. No esquema, foram desviados recursos públicos federais e estaduais repassados às entidades por força de convênios celebrados com a União, com estados da federação, principalmente Minas Gerais, e municípios diversos.
CRIMES INVESTIGADOS
Os fatos ilícitos apurados na Operação Véu Protetor caracterizam, em tese, os seguintes delitos: organização criminosa; crimes tributários e previdenciários; descaminho qualificado; furto qualificado, apropriação indébita e estelionato majorado; fraudes à execução; crimes contra o sistema financeiro; falsificação documentos públicos e particulares e uso de documentos falsos; peculato, prevaricação, advocacia administrativa e outros crimes contra a administração pública, bem como lavagem de dinheiro.
Não haverá entrevista coletiva.

Divisão de Comunicação Social da Polícia Federal

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Mensagem N°81814
De: Patrícia Data: Sexta 9/9/2016 07:28:56
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Já são 2 dias sem água aqui no bairro Morada do Sol. A Copasa tem previsão de quando teremos água?

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Mensagem N°81813
De: Ucho Ribeiro Data: Terça 6/9/2016 16:11:33
Cidade: Montes Claros

CORONEL GEORGINO

Quando menino, eu era vizinho do Cel. Georgino Jorge de Souza. Morávamos na baixada da Santa Casa, contrapostos na esquina da Irmã Beata com Luiz Pires. Ruas de paralelepípedos, poucos carros, casas sem muros, sem antenas, criançada solta. No finalzinho do dia os vizinhos se encontravam para uma fresca, um dedo de prosa. Eventualmente o Coronel aparecia lá pelas oito horas da noite e tomava lugar no murinho onde a meninada se empoleirava. Ao chegar, a algazarra diminuía, o tom da falação abrandava e aos poucos todos se calavam para ouvir os causos daquele bravo e respeitável homem de voz rouca e pausada. Eram histórias do tempo do onça, quando não existiam luz elétrica, nem automóvel.

O Coronel sempre dava corda as nossas conversas até pegar uma deixa e introduzir sua história: - No final dos anos quarenta, quando fui responsável pelo censo do efetivo da polícia militar na região do Vale do Rio Doce e do Mucuri, rodei milhares de quilômetros em lombo de burro, fazendo o levantamento dos policiais cadastrados na polícia mineira. Chegava às cidades e ia direto à delegacia à procura do soldado ou dos soldados que haviam sido designados para aquela unidade. Comum era encontrar ninguém, a delegacia às moscas. O policial podia estar à-toa em casa ou num buteco ou mesmo encangado na fazenda de algum chefe político do município ou até mesmo pescando. Uns não tinham mais uniformes, muito menos munição, alguns nem arma, outros desleixados, gordos, não cabiam mais nas suas fardas e a renunciavam, quantos não amasiaram com prostitutas e cachaça, enquanto tantos não foram sequer encontrados.

Contou que certa vez, ao chegar numa cidade mucuriana, deparou com uma população arredia, amedrontada, com pavor de polícia. O Cabo Tibúrcio, destacado para lá, havia estabelecido uma verdadeira tirania. Por qualquer motivo prendia e humilhava os cidadãos, até mesmo os considerados dóceis e de boa índole. Os com o passado obscuro, ou que manifestassem alguma intrepidez ao serem admoestados, eram presos e espancados. Muitas famílias tiveram membros sovados e humilhados. A cidade estava sob a chibata do Cabo. Silenciosa e revoltada.

Georgino, à época capitão, relatou o caso ao comando da capital mineira e foi autorizado a resolver a questão com severidade exemplar. Imediatamente prendeu o cabo por 30 dias por abuso de poder. O policial ficou uma arara, puto da vida, mas o Capitão Georgino foi glorificado. A cidade o pôs em andor, passou a adulá-lo e a convidá-lo para almoços e festas.

Enquanto cobria o tempo da prisão do cabo e aguardava a chegada de um novo praça para a jurisdição, o Capitão foi desfrutando bajulos e conhecendo o pacato e religioso povo da cidade, que tinha retomado a alegria.

Havia chegado recentemente na paróquia um padre jovem, moderno, cheio de idéias novas, com práticas e ações que agitavam e mobilizavam a juventude e dissolviam as carranquices e teias de aranhas dos velhos. Criou um coral, uma banda de música, as filhas de Maria, os encontros de casais e um grupo de teatro para apresentar peças religiosas.

Como estava próxima a Semana Santa, a fervorosa comunidade cristã, sob a tutela do Padre Estevão, entrou em ebulição com a suntuosidade que seria encenada a Paixão de Cristo. Os fiéis, de mamando a caducando, fariam parte da procissão. Havia papel para todos, de Jesus Cristim a São José, passando pelas Marias Madalenas, João Batista, Barrabás, Herodes, Ana e família. A única dificuldade era arranjar um cidadão para fazer o soldado que açoitaria Cristo na procissão dos passos. Ninguém queria fazer o personagem que golpearia Jesus arrastando a cruz. Cruz Credo! Bater em Cristo seria uma urucubaca pra o resto da vida!

O Capitão Georgino, em um dos almoços em sua homenagem, sabedor da falta de viv`alma pra fazer o cruel romano, encontrou a solução. Foi até o Cabo Tibúrcio e o designou à missão, com a promessa de que se tudo corresse no de acordo iria reduzir sua pena.

Os ensaios, sem o Cabo Tibúrcio, eram diários, os textos tomados e retomados, o trajeto e os passos muito bem definidos, as falas repassadas, as vestimentas refeitas com tecidos novos, costuradas com capricho pelas melhores profissionais. Tudo correu certinho, ensaiadinho. Nos trinques. Trouxeram até um ator de fora pra representar o Cristo. Ele, alto, forte, bonitão, chegou todo galã, metido, com todos os trililiques de artista famoso. Foi bem alojado e afeiçoado por todos.

No dia do cortejo e da encenação da morte de Cristo, tudo estava enfeitado para a procissão, as ruas ganharam flores, areias e as janelas foram enfeitadas com colchas, toalhas e com o santo da devoção. O ator famoso, depois de horas de maquiagem, surgiu todo ensanguentado à base de urucum, mercúrio cromo e molho de tomate, com a espinhenta coroa presa nos longos cabelos da sua peruca, causando compaixão e dó ao emocionado público.

O Capitão Georgino, com muito custo, trouxe o Cabo Tibúrcio, enraivado, vestido com uma sainha romana de couro, uma sandália de gladiador trançada até abaixo do joelho, com um chicotinho de pano, e ordenou: - Ouça bem, Cabo, você vai ter de seguir esta procissão até o final, encenando o algoz de Jesus Cristo. Vai fazer cara de mal e chicoteá-lo da forma mais convincente possível. Estamos certos?
O Cabo, puto, consentiu com a cabeça.

A procissão partiu e era aquela comoção ver o soldado romano chicotear o chiliquento Cristo. O ator se desmanchava em sofrimento, fingindo o maior martírio por carregar aquela cruz que parecia ter uma tonelada. A cada chicotada os fiéis vaiavam e xingavam o soldado:
- Covarde!
- Bandido!
- Fariseu!
- Deus vai te levar pros quintos dos inferno, Belzebu!

Na verdade, o povo aproveitava para desabafar, insultar e se vingar do Cabo Tibúrcio que tanta maldade fez. A vaia era uníssona, barulhenta e a procissão, morosa. Na primeira queda de Cristo, o badalado ator se derreteu, fingiu tão bem que as pessoas pensaram que ele havia passado realmente mal. O Tibúrcio, cansado de tantos faniquitos, chegou a parar de bater nele com aquela falsa piratinha. O Padre Estevão, prolixo, aproveitou para debulhar suas intermináveis explicações sobre aquele santificado passo, sobre o mistério da cruz.

Jesus, depois de seguidas tentativas, se levantou sob a comoção dos devotos e o corso seguiu arrastado. O soldado, por não mais bater em Jesus, foi advertido pelo ríspido olhar do Capitão Georgino, cobrando mais empenho e teatralidade. A cada chicotada uma estrondosa vaia e xingos de todos os calibres: - Cumunista! Zelão! Facínero! Fio de Lampião! Ocorreram até cusparadas e insultos do tipo: - Ô Corno!
O Tibúrcio se contorcia de raiva, estava possesso.

Na segunda queda, deu-se o completo desmantelo de Cristo, o ator debaixo da cruz se estrebuchava, língua pra fora e o povo comovido, às lagrimas. Mas enquanto o Padre Estevão dava início aos seus longos esclarecimentos sobre aquele passo, sobre o encontro da humanidade com Deus, o Cabo saiu sorrateiramente em direção ao Bar do Zé de Chico, bem em frente.

Já entrou mandando: - Zé, põe uma aí pra mim.
O dono do bar se negou: - Hoje não é dia de vender bebida pra ninguém.
- Que é isto, homi, põe uma dose caprichada pra mim. Tô precisando!
- Olha, seu Tibúrcio, eu não sirvo e nem serviria um fariseu que se sujeita a bater em Cristo.
O Cabo fechou o olhar e curvou pra cima do dono do bar e este, receoso, tibiou: - A bebida tá aí na prateleira, se quiser beber, você mesmo pega e bebe.
Tibúrcio, então, pegou a garrafa, catou um copo que estava por perto, encheu até o colarinho e virou. Nem fez cara ruim. Encheu de novo, olhou firme pro Zé de Chico e jogou a marvada no fundo da goela. Ignorou até o pouquinho pro santo. Só disse: - Anote aí.

Ao sair deparou-se com uma chibata de couro cru trançado que estava largada em cima de uma das mesas. Catou-a, jogou pro lado a piratinha faz de conta, voltou até a pinga, deu uma boa talagada, cuspiu, e mastigou com a boca torta: - Aquele chiliquento vai ver agora o que é sova.

Cristo ainda estava debaixo da cruz, gemendo e se contorcendo, quando apareceu o Tibúrcio empurrando o povo e gritando enraivecido: - Agora cê vai ver o que é apanhar, fiduma! Cê fica nesses fricotes, nesse dengo sem motivo, quero ver você é debaixo desta chibata! E desferiu no desmantelado Cristo uma chibatada com toda a força que tinha.

O ator despertou assustado do seu transe performático, jogou a cruz pro lado, já sob outra chicotada, e partiu enfurecido pra cima do Cabo que não parava de chibatear. Cristo e o soldado romano trançaram-se em surdões e sopapos. Pancadaria pesada. Palavrão de tudo quanto é tipo e qualidade, cada um mais inapropriado que outro para aquela celebração religiosa.

A sorte foi o severo Capitão Georgino estar por perto e agir, com a sua força moral, enérgico e destemidamente, separando aquelas imensas onças raivosas, que estavam a ponto de se matar.

Depois de um tempo, passado o rebuliço, acalmada a multidão, o Padre Estevão ainda tenso deu prosseguimento à procissão. Até o final do cortejo, o Capitão Georgino permaneceu lado a lado dos dois brigões, apartando-os, e atento as suas rosnadas e a seus raivosos olhares, cheios de ódio e hematomas.

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Mensagem N°81812
De: Paciente Data: Segunda 5/9/2016 11:01:44
Cidade: MONTES CLKAROS  País: BRASIL

Fui mordido por um cachorro e estou a procura de vacina anti-rábica e tetânica . Com encaminhamento médico , já percorri vários postos de saúde e até agora não consegui a vacina , todos os postos , incluindo Hospital Universitário , alegaram falta da vacina . O impressionante de tudo isso é que a cidade está com número assustador de cachorros soltos pelas ruas ! A vacina não consegui nem pagando ! É revoltante ! Gostaria que alguém me indicasse onde poderia encontrar o medicamento , pois , o prazo do tratamento está se esgotando ! Agradeço este Mural ao publicar meu desabafo .

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Mensagem N°81811
De: PolíciaMilitar Data: Segunda 5/9/2016 10:03:47
Cidade: Montes Claros

A Polícia Militar prendeu ontem, 4, por volta dos 30 minutos, um indivíduo e apreendeu veículo motocicleta utilizada em tentativa de crime. O fato ocorreu quando policiais militares durante patrulhamento pela rua Presidente Kennedy, bairro Edgar Pereira, nesta cidade, receberam informações que 02 (dois) indivíduos tentaram praticar um roubo a um estabelecimento comercial, uma sorveteria e lanchonete, e teriam acabado evadir numa motocicleta Tornado, cor azul, sendo possível, ainda, a sua visualização; ao perceberem a presença policial evadiram transitando em alta velocidade, efetuando manobras perigosas, colocando em risco a vida dos usuários da via; durante o acompanhamento visualizaram que o garupa, por diversas vezes, ajeitava 01 (um) objeto em sua cintura; momento em que foram efetuados 02 (dois) disparos de munição de elastômero na direção destes que continuaram em fuga ignorando as ordens de parada emanada pelos militares; quando, na rua Voluntários da Pátria, perderem o controle direcional da motocicleta e caíram ao solo; momento em que o garupa sacou 01 (uma) arma de fogo e efetuou 02 (dois) disparos em direção aos policiais militares e adentrou ao matagal, tendo os militares, para repelir a efetuado disparos. Foi solicitado apoio de outras viaturas e realizadas buscas no interior do matagal, contudo o indivíduo não foi localizado. O condutor da motocicleta também tentou evadir, contudo foi abordado, identificado como T. J. J. F., 29 anos, por apresentar pequena escoriação no braço direito e lesão das costas, foi conduzido ao HPS, onde foi atendido pelo médico de plantão e após ser liberado foi conduzido a Depol. A motocicleta, uma Honda XR 250, Tornado, placa HAC­6836 foi apreendida e removida ao pátio conveniado.

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Mensagem N°81810
De: Alberto Sena Data: Segunda 5/9/2016 08:22:28
Cidade: Grão Mogol

Porque Montes Claros pulsa em mim

Alberto Sena

Não consigo não falar de Montes Claros todas as vezes em que volto à cidade, seja apenas para “buscar fogo” ou para outra necessidade.
Amo Montes Claros. É a minha terra. Nasci na Santa Casa de Misericórdia, quando misericórdia fazia parte do nome, pelas mãos de Irmã Beata. E porque amo Montes Claros, julgo-me no direito de, volta e meia, pôr o dedo em suas feridas. É para ver se ainda há remédio para evitar mal maior.
Toda vez que vou a Montes Claros volto de lá assustado com tudo que vi, senti e ouvi.
Vi o quanto a cidade mudou nos últimos 40 anos por meio dos olhos de Raquel Mendonça, com quem me encontrei casualmente na Rua Padre Augusto, quando dobrei a esquina vindo da Rua Doutor Santos. Vi nos olhos dela a luta incansável, cotidiana, tentando salvar o que resta de memória física, urbana, de Montes Claros.
Senti o quanto a “Vovó Centenária” (1957) se transmudou ao me encontrar casualmente com Pedro Narciso, ex-deputado, o primeiro secretário de Estado do Abastecimento, secretaria criada pelo governador Hélio Garcia. Nós nos encontramos dentro de uma agência bancária da Rua Doutor Santos.
Foi, então, que, conversa vai conversa vem, ele me deu a notícia da queda sofrida pelo também ex-deputado Genival Tourinho, 83 anos, peça importante de resistência ao regime de 1964. Num simples escorregão, dentro de casa, durante a madrugada, ao se levantar a fim de beber um copo d’água, causou-lhe um acidente com consequências na cabeça e no rosto.
Ouvi o quão barulhento está o Centro da cidade, ao conversar com Cica, irmão de Artur, com os quais bati bola e joguei homéricas peladas no campo do União, quando morei na Rua Corrêa Machado, 238, região desfigurada como de resto toda cidade está, na terceira geração de transformação urbana.
Não via Sica fazia mais de quatro décadas e em meio à barulheira da Rua Doutor Santos, em frente a uma agência bancária, pudemos trocar um dedo de prosa sobre o quanto o campo do União foi importante para nós. Tinha magia, diversão sadia, estávamos em contato telúrico permanente. Era uma pelada atrás da outra em meio ao pó vermelho principalmente no meio-campo e na entrada da grande área de ambos os lados.
Enquanto nós dois trocávamos lembranças, na Rua Doutor Santos, um vendedor ambulante de CD pirata disputava com o som de uma loja em frente a fim de saber qual fazia mais barulho somado à voz de um “locutor”, microfone em punho, debulhando os preços e os artigos de uma loja.
Montes Claros precisa urgentemente reduzir os decibéis dos ruídos. É o carro-forte que, numa ré, arranca o espelho retrovisor do lotação. O lotação segue e o carro-forte fica estacionado com o motor ligado em frente a agência bancária. Ali, as pessoas conversam aos gritos.
Por quase todas as calçadas viam-se filas e mais filas, principalmente nas portas dos bancos. E o mais barulhento de tudo, as bicicletas com caixa de som encaixada na frente empurrada tranquilamente pelo condutor, como quem não quer nada.
Ambulantes com carrinhos de frutas transitam por todos os lados, o que particularmente considero ponto positivo pelo valor nutritivo das frutas, que os brasileiros não consomem tanto – eu como todos os dias de cinco a mais pedaços de frutas diferentes. Isto é um bom remédio para evitar o médico, a farmácia, o hospital e o laboratório.
Deixei por último a parte mais gostosa. Mesmo que tenha sido rapidinho, fui ao Mercado Central e comprei uma marmelada coberta de folha de bananeira e um tijolo de requeijão de Salinas. Apesar do preço salgado, sem querer rimar com Salinas, mas rimando, valeu a pena.
Montes Claros é, de fato e de direito, uma cidade incrível – se não existisse, teríamos de criar uma urgente. Possui a fama de ser a terra do pequi, mas não produz o melhor pequi; tem fama de fazer o melhor requeijão, produzido em Salinas; a carne de sol não vai ao sol.
Apesar de possuir todos os males das cidades consideradas grandes, Montes Claros prima por um comércio forte, lojas de roupas e de sapatos da melhor qualidade. Em meio ao caos aparente, uma Montes Claros moderna se desenvolve a olhos vistos. Os montesclarinos viventes na terrinha amada não precisam buscar mais os centros maiores para encontrar o que precisam, como em tempos nem tão antigos assim.

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