Receba as notícias do montesclaros.com pelo WhatsApp
montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 25 de setembro de 2024
 

Este espaço é para você aprimorar a notícia, completando-a.

Clique aqui para exibir os comentários


 

Os dados aqui preenchidos serão exibidos.
Todos os campos são obrigatórios

Mensagem: Projeto para 1.500 famílias Waldyr Senna Batista A hegemonia de Monte Azul como centro de confecções de roupas no Norte de Minas poderá ser superada por Montes Claros, a médio prazo. Isso se a nova administração tiver competência, que a anterior não teve, para negociar a instalação de projeto de grande envergadura. No início do ano passado, a prefeitura foi procurada por emissário de empresário oriundo da Coréia do Sul, sediado em São Paulo, que propunha trazer para Montes Claros projeto que envolveria em torno de 1.500 famílias ( famílias, e não pessoas). Elas receberiam, em casa, tecidos e moldes para cortar peças de roupas que seriam depositadas em uma central que cuidaria de costurá-las, transformando-as em vestimentas para abastecimento de grandes redes no Brasil inteiro. Para implantar o projeto, o grupo paulista pleiteia apoio do município para a obtenção de terreno com área de 5 mil metros quadrados, localizado em área próxima ( ou mesmo dentro) do distrito industrial. Nela seria erguido galpão em que seriam armazenadas as peças cortadas para o acabamento. O grupo liderado pelo empresário coreano já tem empreendimentos semelhantes em outras regiões do país, sendo ele fornecedor de roupas para redes de lojas. A C & A, que está instalada nos principais shoppings do Brasil, é uma delas. Ele investe também em outros negócios, entre eles a rede Bob’s, de alimentação, concorrente direto do McDonald’s. O intermediário do negócio diz ter sentido pouco empenho da prefeitura, razão pela qual as conversações foram suspensas até a posse do novo prefeito. Segundo ele, por volta de abril, pareceu-lhe que os setores da prefeitura com os quais manteve contato estavam tão envolvidos em campanha eleitoral, pelo que não deram a devida importância ao assunto. Ele estranhou, porque, em outras regiões do Estado e do País, o procedimento é diferente: quando se tem projeto dessa envergadura, fala-se diretamente com o prefeito, que geralmente vai a São Paulo para contato com o empresário que comanda o grupo. Em razão disso, achou por bem adiar a conversa, mas de antemão decidiu dispensar intermediários, inclusive secretários. Quer falar diretamente com o prefeito Luiz Tadeu Leite, tão logo ele conclua a implantação de sua administração. Acha que ,desta forma, queimará etapas e agilizará o negócio, que considera de grande importância econômica e social, por envolver 1.500 famílias. Cada uma delas constituirá microempresa, com CNPJ, funcionando como prestadora de serviço. Esta é uma das diferenças da proposta para Montes Claros e o projeto desenvolvido em Monte Azul. Na pequena cidade do extremo Norte de Minas, os operadores recebem máquinas de costura industriais, cujo valor é pago com serviços. Ao final, o equipamento passa a pertencer aos seus usuários. Outra diferença é que, em Monte Azul, o participante recebe peças de roupas cortadas, prontas para a costura, enquanto para Montes Claros haveria o fornecimento do tecido inteiro, com os moldes, sendo cortadas as peças que depois são encaminhadas à central para costura e distribuição às lojas. Outro detalhe: cada família confecciona sempre uma mesma parte da roupa, cabendo à central, instalada no grande galpão, reunir as partes e montar as peças a serem comercializadas. Como já foi dito aqui, trata-se de modalidade largamente utilizada em inúmeras regiões do país, tomando por base sistema surgido no Japão. Em São Paulo, além do ramo de confecções de roupas, o processo estende-se à indústria automobilística, eletroeletrônica e da chamada linha branca (geladeiras, máquinas de lavar), cujos componentes de tamanho reduzido são confeccionados por grupos domiciliares. Se houver empenho da prefeitura, é possível que Montes Claros venha a sediar programa dessa natureza. (Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a ´Coluna do Secretário´, n ´O Jornal de M. Claros´, publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil).

Preencha os campos abaixo
Seu nome:
E-mail:
Cidade/UF: /
Comentário:

Trocar letras
Digite as letras que aparecem na imagem acima