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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 25 de setembro de 2024
 

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Mensagem: ARABES E JUDEUS, UMA GUERRA QUE VEM DE LONGE
José Prates
A guerra entre judeus e palestinos árabes, não data de hoje, nem de ontem, mas vem de distantes e quase imemoriais tempos, antes mesmo que Jesus viesse ao mundo. Os palestinos contestam o direito judaico à terra e os acusam de invasores, enquanto os judeus invocam a historia em seu favor. Os árabes alegam que eles estão presentes na região, há mais de 3000 anos, enquanto os judeus estiveram muito pouco tempo por lá, o que torna ilegítima a reinvidicação nacional, devendo ser, portanto, expulsos. Os judeus, por outro lado, alegam em seu favor que não há em que os árabes palestinos basearem seu suposto ´direito´ exclusivo de realização nacional na Palestina, em função de sua presença. Mostram em sua defesa, que eles, judeus, lá estivam muito antes dos árabes, de maneira ininterrupta, vivendo em Canaã e que os árabes só ali chegaram 1.700 anos depois. Os judeus alegam, mostrando fatos acontecidos, que chegaram à palestina, mil anos antes da Era Comum, enquanto os árabes ali chegaram somente no século VII dessa Era. A partir de 1897, depois de fundado o movimento sionista, os judeus imigrantes voltaram para a região da Palestina. De 1918 até 1939 após o fim do Império Otomano em 1922, o protetorado ficou para os britânicos até 1939 quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial. Mais judeus voltam a Palestina, levando as autoridades do Mandato Britânico que extinguia, outorgarem aos judeus e árabes o direito de gerirem seus próprios assuntos internos. Por essa época já existia na comunidade judaica, eleito em 1920, um governo autônomo baseado na representação partidária: Assembléia dos Eleitos. Baseado nisso, ou incentivado por isso, entre 1929 e 1933, um punhado de judeus, mais ou menos trinta e cinco mil, chegou à região, vindo da Rússia, com idéia de organizar o Estado Judaico. No ano seguinte, isto é 1924, nova onda começou a chegar com cerca de sessenta mil pessoas de todas as partes da Europa. Desta vez, com muitos profissionais formados e acadêmicos que foram responsáveis pela introdução da vida cultural e econômica da comunidade judaica, ainda no embrião. Financiados por recursos da economia local e verbas levantadas pelo mundo judaico, os recém-chegados fundaram kibutz (fazendas coletivas) e cidades, criaram uma infra-estrutura econômica e de serviços básicos e lançaram a luta pela independência política, conhecida como sionismo, encontrando séria resistencia do povo arabe. Em fins de 1947 com o Estado de Israel proposto pela ONU, os britânicos saem da região fazendo o conflito se ampliar. Egito, Jordânia,Líbano, Síria e Iraque atacam a região proposta para Estado de Israel para conquistar algum espaço. O Egito consegue a região da Faixa de Gaza e a Jordânia consegue as regiões da Cisjordânia e Jerusalém oriental e os Palestinos acabam sem território. Essa luta não parou, mantendo a comunidade judaica organizada social e politicamente, com um pequeno e pouco preparado exercito para sua defesa, até que em 1948, inicio do ano, a ONU oficializa o Estado de Israel, proposto em 1947. Nessa ocasião, o novo Estado estava sob a influencia do grande líder sionista Davi Ben Guiron que assumiu o governo do novo Estado. No dia seguinte, antes de terminar as comemorações pela instalação oficial, Israel estava novamente sendo invadido por cinco nações árabes vizinhas: Egito, Jordania, Iraque, Siria e Libano, alem dos árabes palestinos que não concordavam com a fundação do Estado judeu. A Guerra da Independência, como ficou conhecida, foi a primeira grande prova do novo país e apenas uma amostra da trajetória de guerras e conflitos na qual Israel entrava. Forças de Defesa de Israel, embora pobremente equipadas, derrotaram os invasores em lutas que se prolongaram por 15 meses e deixaram um saldo de 6.000 israelenses mortos, quase 1% da população judaica à época. Nos primeiros meses de 1949, realizaram-se negociações diretas, sob os cuidados da ONU, entre Israel e cada um dos países invasores (exceto o Iraque, que se recusa a negociar com Israel até os dias atuais). O resultado foi a assinatura de acordos de armistício, que refletiam as posições no final dos combates entre as nações. Com o fim da Guerra da Independência e o novo estabelecimento de fronteiras para o Estado, Israel concentrou seus esforços na construção de uma infra-estrutura capaz de governar o novo país. O primeiro Knesset (Parlamento) de 120 cadeiras entrou em funcionamento após as eleições nacionais ocorridas em 25 de janeiro de 1949 e com a participação de quase 85% dos eleitores. Em 1964 os Palestinos criam a OLP e a partir de 1967 inicia a Guerra dos Seis Dias na qual Israel ocupa as regiões da Faixa de Gaza, Monte Sinai, Colinas de Golã, Cisjordânia e Jerusalém oriental e muitas pessoas entre Palestinos são refugiados em outros países. Em 1973 começa a Guerra do Yom Kippur e entre 1977 a 1979 Israel e Egito fazem um acordo de paz e a região de Sinai é devolvida para o Egito Em 1982 Israel invade o Líbano. Em 1987 explode a Intifada. Em 1988 o Conselho Palestino renuncia a Intifada e aceita o Plano de Partilha da ONU. Em 1993 com o Acordo de Paz de Oslo foi criada a Autoridade Palestina com o comando de Yasser Arafat, mas os termos do acordo jamais foram cumpridos pelos palestinos. A partir de 2000 iniciou-se o segundo levante da Intifada, em 2001 Ariel Sharon é eleito primeiro-ministro do Estado de Israel, onde ocupa territórios Palestinos e dá o início da construção da cerca da Cisjordânia, para dificultar os atentados dos terroristas homens-bombas palestinos, em 2004 Yasser Arafat morre e deixa o cargo da Autoridade Palestina para o eleito Mahmud Abbas e Israel destrói assentamentos judaicos na Faixa de Gaza e Cisjordânia, mas o terrorismo palestino continua. Em 2006 o Hamas, grupo fundamentalista que não reconhece a possibilidade da existência de Israel obtém maioria dos votos nas eleições para o parlamento palestino, inviabilizando as possibilidades de paz. Hoje, Israel invade a faixa de Gazza e não podemos prever o que vai acontecer amanhã.

Fontes: Enciclopédia Britânica, Ministério de Relações Exteriores de Israel, Realidades de Israel (publicação do Centro de Informação de Israel), The Israel Project.


(José Prates é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros de 1945 a 1958 quando foi removido para o Rio de Janeiro onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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