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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 25 de setembro de 2024
 

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Mensagem: ‘Pega pra capar’ na eleição da Amams
Adriano Souto
Não se sabe exatamente como aconteceu, mas, de repente, as eleições para a escolha do novo presidente da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams), maior entidade mineira de prefeitos, que abrange todo o Norte de Minas e vizinhos do Jequitinhonha, cuja sede fica em Montes Claros, saiu dos trilhos e avançou por caminhos perigosos, contrários aos interesses do Palácio da Liberdade, no último dia 7 de janeiro.
Sabe-se que o deputado estadual Paulo Guedes, do PT, que fez carreira em Manga, cidade da margem esquerda do São Francisco, onde se produz a tradicional “Motinha”, que é apreciada com um peixe frito enquanto se espera a chegada da balsa, foi quem articulou o “pega pra capar”. Guedes, que vem também a ser o líder da oposição na Assembleia Legislativa, conseguiu reunir boa parte da bancada do Norte de Minas, aliada do Palácio, para passar uma rasteira no prefeito reeleito do município de Patis, Valmir Morais, do PTB, que tinha o apoio do governador Aécio Neves para se reeleger presidente da Amams, pelo terceiro mandato. De toda a bancada, só ficaram com o candidato do governador o deputado Arlen Santiago, do PTB, o mais votado na região, e a deputada Elbe Brandão, do PSDB. Arlen comanda a Amams desde que foi prefeito de Coração de Jesus. Na época, Elbe Brandão, economista brilhante da Unimontes, era secretária-executiva da entidade. A confusão armada por Paulo Guedes, que levou um batalhão de assessores e parlamentares, como nunca se viu na história das eleições da Amams, fugiu aos ritos tradicionais da política mineira, principalmente os do interior, onde as lideranças seguem a orientação do Palácio da Liberdade. O anedotário político diz, há décadas, que em Minas existe apenas um partido, o PL - o partido do Palácio da Liberdade.
Na última reunião da Sudene, Valmir esteve no Recife para receber um selo do Unicef sobre cuidados com as crianças em Patis. Aproveitou a viagem para conversar com o governador Aécio Neves, a quem pediu apoio à sua reeleição na Amams. Aécio passou a orientação e o secretário de Governo, Danilo de Castro, recomendou a todos os prefeitos e deputados que tivessem bom senso e reconduzissem Valmir na Amams. Mesmo assim,Paulo Guedes costurou uma dissidência para que o prefeito de Patis não fosse reeleito. Quase conseguiu. Foram lançados dois outros candidatos: o prefeito de Ubaí, Marco Antônio de Andrade, do PSB, e o prefeito de São João da Ponte, Fábio Madeiras, do PTB. Os dois foram usados por Guedes para tentar rachar o grupo de Arlen Santiago, que tem maioria na Amams.
Quando viram que não tinham voto suficiente, entraram com um pedido de impugnação da candidatura de Valmir junto ao juiz de Montes Claros. Na hora de a onça beber água, por 25 votos a 24 os prefeitos decidiram adiar a eleição, para aguardar a decisão final do mérito na Justiça. E marcaram outra eleição para 9 de fevereiro. Prevaleceu a prudência. Vinte e quatro horas depois, a liminar conseguida com um juiz de Montes Claros foi cassada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Agora, com a queda da liminar, a eleição recomeça do zero. Valmir já conseguiu inscrever seu nome e agora tenta novo apoio do Palácio da Liberdade. Até o dia 9 de fevereiro, existe tempo suficiente para evitar surpresas de última hora.

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