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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 25 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Pedreiras e minas de Moc podem ter vistoria - Girleno Alencar - Montes CLaros - O Observatório Sismológico de Brasília recomendou a avaliação dos planos de fogo (de explosões) em pedreiras e minas nas proximidades de Montes Claros e que essas informações sejam repassadas aos órgãos de pesquisas. A medida faz parte do relatório apresentado depois do tremor de terra ocorrido em 15 de janeiro, no município, que alcançou 2,2 graus na Escala Richter. O órgão sugere também que, devido aos abalos sísmicos, sejam feitas vistorias em casas precárias nos bairros afetados e que esses imóveis sejam reformados.
Outras propostas do observatório são um estudo detalhado da área de sismologia e a realização de um curso sobre terremotos para os professores dos ensinos médio e fundamental de Montes Claros, como forma de divulgar o fenômeno na comunidade. De acordo com o relatório, “o primeiro relato de tremor de terra em Montes Claros ocorreu em 1978, e o primeiro surto de sismicidade, em 1985, entre os dias 27 e 28 de agosto, quando atingiu 3,7 graus na Escala Richter”. Em 1999 houve novo tremor de terra, de 3,5 graus, mas esses abalos não foram estudados de forma detalhada. No entanto, desde 15 de dezembro de 2008, quando ocorreu tremor de 2,2 graus, até 15 de janeiro deste ano, foram registrados quatro abalos pelos sismógrafos instalados em Caraíbas, na zona rural de Itacarambi, onde houve um forte tremor de terra em 2007.
O relatório cita ainda que “a Leste e a Sudeste de Montes Claros são observadas diversas falhas e zonas de cisalhamentos que foram geradas em tempos pretéritos, enquanto nas proximidades da cidade são evidenciados lineamentos estruturais gerados em ambiente tectônico”. Segundo o estudo, “não pode ser descartada a hipótese de que explosões em pedreiras e mineradoras estejam contribuindo para os tremores de terra”. Ainda segundo o relatório do observatório, a falta de sismógrafos no Norte de Minas impede a realização de um levantamento mais exato sobre as ocorrências, pois somente com esses equipamentos é possível identificar epicentros com precisão e “atenuar futuros efeitos de terremotos”. “A atividade sísmica, até este momento, não apresenta risco para a população nem produz danos estruturais, devido aos sismos apresentarem magnitudes com valores baixos. Embora a probabilidade de acontecer um grande terremoto seja muito pequena, as consequências de um evento de magnitude poderiam ser muito sérias, principalmente em construções precárias, como observadas em Caraíbas”, informa o relatório. Em 2007, no distrito de Itacarambi, tremor de terra destruiu várias casas e matou uma criança.
Geólogo pede estudo criterioso
Os tremores de terra que estão ocorrendo em várias cidades do Norte de Minas, nos últimos anos, é sinal de que algum problema está ocorrendo na região, com risco de acidentes de maiores proporções. O alerta é do geólogo Paulo Alberto Alessandrete, inspetor do Conselho Regional de Engenheiros e Arquitetos. Segundo ele, abalos foram registrados em Januária, Itacarambi, Montes Claros e Capitão Enéas, mas não há estudo aprofundado sobre as causas. “Precisamos ter um sismógrafo no Norte de Minas para averiguar com mais precisão os dados. O Governo federal investirá R$ 280 milhões na compra do equipamento, e a região precisa se mobilizar para ter um em Montes Claros, no Instituto de Ciências Agrárias da UFMG ou na Universidade Estadual de Montes Claros”, alega o geólogo. De acordo com Paulo Alessandrete, o Norte de Minas está localizado em uma região de geologia cárstica - com muito calcário - e tem grande exploração mineral, que comprometem sua situação, além de haver muita perfuração de poços para fornecimento de água e “construção de barragens sem critérios técnicos”. “Temos de observar, por exemplo, que, pela primeira vez, a barragem do Sistema Verde Grande, em Juramento, atingiu o nível máximo de água. Isso precisa de justificativa técnica e de mais estudos”, alega. O geólogo afirma que a verticalização imobiliária de Montes Claros, com a construção de grandes prédios, também interfere. “A geologia local não recomenda esse tipo de edificação”. Ontem, o presidente da Comissão Municipal de Defesa Civil (Comdec) de Capitão Enéas, Evandro Alves do Vale, afirmou que os dois tremores de terra no município, na última quarta-feira, não causaram danos materiais, conforme levantamento do Corpo de Bombeiros e do órgão. Segundo ele, um morador do povoado de Malhada Real procurou a polícia, alegando que sua casa havia desmoronado, com o tremor de terra, mas a fiscalização constatou que a moradia está escorada com parede pela estrutura. À tarde, foi verificado se houve afundamento de terra na zona rural. O primeiro abalo em Capitão Enéas ocorreu às 6h28, com 1,1 grau na Escala Richter, e o segundo, às 9h07, com 2,5 graus. Foram registrados na cidade e em Malhada Real, onde foi o epicentro.

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