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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 24 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Crise chega a frigoríficos de Minas - Paola Carvalho -Luiz Ribeiro -Pecuaristas mineiros temem a redução das atividades dos frigoríficos e outros efeitos da crise econômica. A luz amarela foi acesa depois que o Grupo Independência – terceira maior empresa do setor no país – anunciou, na última quarta-feira, a suspensão temporária do abate de animais em todas as suas 14 unidades, incluindo a de Minas Gerais (Janaúba, Norte do estado). A turbulência mundial impacta do pasto à mesa do consumidor. O mercado externo fechou as portas e grandes frigoríficos voltaram sua produção para o mercado doméstico, competindo com os varejistas. O excesso de oferta derrubou o preço do gado para abate e também o da carne.
“É um triste ciclo”, diz Arthur Coutinho, diretor-presidente do Frisa Frigorífico Rio Doce S/A, com unidade em Nanuque (Vale do Jequitinhonha). “Estamos fazendo o possível para manter o quadro de 2,5 mil funcionários. Mas não tem como fazer milagre. As exportações estão ridículas”, afirma. Dados do Ministério da Agricultura indicam que o setor amargou redução de 26% na receita de exportações em janeiro deste ano, ante o mesmo mês de 2008. No caso da carne bovina in natura, a queda foi ainda mais expressiva: 53,8%. Além de redução na quantidade embarcada (38,4%), o preço pago por tonelada registrou queda média de 25%.
“O Brasil vai crescer menos. Já podemos esperar que a carne bovina será substituída por outra”, afirmou Affonso Damasio, superintendente técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), destacando o impacto para o estado, que tem o segundo maior rebanho bovino do país, atrás do Mato Grosso. O presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), Antenor Nogueira, informou que vai propor reunião com lideranças políticas e empresariais para discutir os impactos da crise e propor medidas ao governo. “Se existe dinheiro para acudir bancos, tem de ter para socorrer a agropecuária”, destacou.
Norte de Minas
No Norte de Minas, já foi iniciada mobilização para que sejam liberados recursos da ordem de R$ 270 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento e Econômico e Social (BNDES) pleiteados pelo Independência para que fornecedores fossem pagos e atividades retomadas. ´Se fechar, será uma catástrofe para a região´, alerta o vice-presidente do Sindicato Rural de Janaúba, José Aparecido Mendes.
O abate foi suspenso por tempo indeterminado nas unidades do grupo. Em Janaúba são cerca de 800 trabalhadores e não houve demissões até o momento. Ontem, porém, metade do quadro foi mandada para casa. A empresa não concedeu entrevista. Comunicado informa que a intenção era retomar os trabalhos ´o mais rápido possível´. A secretária extraordinária do Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas, Elbe Brandão, já iniciou conversas com o Grupo Independência.

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