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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 22 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Mesmo para índices de violência altos como os da Montes Claros recente, a cena foi demais – brutal, medonha, absurda. Vou contar: passava ontem de carro pela avenida Cula Mangabeira, uma das mais movimentadas de Montes Claros, por volta das 17h, quando bem defronte ao Hospital Clemente de Faria, hoje chamado de Universitário, tive a atenção imediatamente voltada para uma roda de pessoas reunidas na grama, em torno de um corpo caído, ensangüentado. Muito infelizmente, o brutal da cena obrigou que meus olhos fixassem o cenário de filme de horror. Havia mesmo um corpo caído, com um facão enterrado no abdômen, e muito, muito sangue. Atônito, relutei, para desviar a vista. Era impossível. Pessoas de jaleco branco, próprio para o uso de médicos e de enfermeiros, contemplavam o quadro. Mesmo para quem se deslocava de carro, ficava visível o enorme facão espetado na barriga da pessoa caída, inerte. Mais adiante, havia uma ambulância. Supus, que alguém havia sofrido uma tentativa de homicídio, mas chegara morto ao atendimento no hospital. Por razões de perícia técnica, ou coisa semelhante, o corpo aguardava ali, depositado na grama, onde os presumíveis encarregados do socorro o contemplavam. Foi quando, entre surpreso e revoltado, no meio da comoção que a cena sugeria, vi que o “corpo” com o facão enterrado na barriga se mexeu. Logo chegou outra viatura do Samu, agitada. Entendi que se tratava de um teatro, de muito mau gosto (por melhor que possa ser a sua intenção), ali na via pública, freqüentada também por crianças que inadvertidamente se deparavam com a cena absurda, que em nada sugeria treinamento, ou seja o que for. Rapidamente, fotografei o mau teatro, ouvindo de pessoas ao redor o que também sentiam - que aquela cena diante de um hospital, em local público, de acesso irrestrito, em horas movimentadas, não cabia de forma nenhuma. Se era para treinamento de enfermeiros, de médicos, ou de para-médicos, que o fizessem em local de freqüência reservada, mas nunca na via pública – para preservar todos nós, e em especial para preservar as crianças de uma visão aterradora. A estupefação foi tamanha que desisti de indagar do que pretendia a pantomima, o logro, o embuste, no meio da tarde. Fiz as fotos, e peço que as divulguem, na esperança de que impeçam a repetição de fatos como este em área pública, pois é chocante demais mesmo para pessoas experientes, e ainda mais para crianças desavisadas. Respeitem ao menos as nossas crianças.

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