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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 22 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Abertura do comércio causa revolta nos moradores de Montes Claros - Luiz Ribeiro - O Corpus Christi foi comemorado na quinta-feira, em Montes Claros, no Norte de Minas, sob protestos dos católicos pelo fato de o comércio ter aberto as portas, buscando garantir as vendas do Dia dos Namorados. Por causa da abertura das lojas do centro comercial, foi quebrada uma tradição: não houve a decoração das ruas com ´tapetes´ com desenhos bíblicos, feitos com flores e outros materiais recicláveis, para a passagem da procissão, que saiu da Matriz de Nossa Senhora e São José rumo à Catedral Nossa Senhora Aparecida.
A celebração, comandada pelo arcebispo dom José Alberto Moura, ocorreu no final da tarde, quando a maioria das lojas já estava fechada. ´Nós, católicos, estamos indignados. Por causa do interesse comercial, estão deixando as coisas de Deus para segundo plano. Tudo por causa do dinheiro e da ganância do homem´, afirmou servidora pública aposentada Selma Beatriz dos Santos, que ajudou a organizar a procissão. Ela lembrou que o Corpus Christi é uma das datas mais importantes do calendário católico. ´Representa o dia em que Jesus caminha no meio do povo´, explicou. Para a serviçal Iodina Amarante dos Reis, o funcionamento do comércio na data dedicada ao corpo de Cristo foi ´desrespeito´ com a fé. ´As lojas não deveriam abrir. Deveriam valorizar a crença do povo. Para nós, Deus é tudo´, afirmou Iodina.
O monsenhor Antonio Gonçalves Rocha, vigário-geral de Montes Claros, também considerou um ´desrespeito´ a abertura do comércio ser aberto durante o Corpus Christi por conta das vendas do Dia dos Namorados é um desrespeito a fé do povo católico. ´Estão colocando uma data comercial acima de uma data religiosa. Tudo
por interesse puramente comercial. Não faço um protesto. Mas manifesto o nosso descontentamento contra isso´, afirma o líder católico.
Comum acordo - O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Montes Claros, Humberto Souza Lima, disse que a reclamação dos fiéis e das lideranças católicas não têm fundamento. ´Num momento de crise, decidimos por abrir as portas em comum acordo com os empregos, em convenção coletiva. Não acreditamos de forma alguma que isso venha diminuir a crença religiosa. Temos todo o respeito pela Igreja Católica´, afirma Souza Lima. Destacou ainda que o funcionamento das lojas beneficiou os trabalhadores, tendo em vista, no acordo com o sindicato da categoria, os comerciários terão direito a folga em outra data, mas vão receber a mais pelo dia trabalhado. Em Montes Claros, disse, existem cerca de 15 mil a 18 mil empregados no comércio lojista.
Apesar de acordo com o Sindicato dos Comerciários envolver todos os lojistas, alguns segmentos não funcionaram na quinta, com o de peças e acessórios para automóveis. Um supermercado também não abriu as portas e fez uma divulgação prévia, enfatizando que não iria funcionar por respeito à fé. No centro da cidade, algumas lojas fecharam as portas ainda na manhã de ontem, por causa do pouco movimento.

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