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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 19 de setembro de 2024
 

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Mensagem: 2009, o ano que já terminou Waldyr Senna Batista Primeiro ano de administração é carente de realizações. Principalmente nos municípios em que a transição se processa com grupos antagônicos. No caso de Montes Claros, onde assumiu, para o exercício do terceiro mandato, o prefeito Luiz Tadeu Leite conseguiu chegar incólume ao 11° mês do mandato, de 48. Uma obrinha aqui, outra acolá, entremeadas com estocadas no antecessor, para mantê-lo ocupado com audiências no fórum, e medidas administrativa de efeito diversionista, que produzem algum barulho mas não levam ao cerne de questão alguma. O negócio é esperar o próximo ano, pois 2009 já terminou, e, nos próximos dois meses, tudo se limitará a enfrentar as crateras do asfalto, multiplicadas pelas chuvas, e se preparar para o tranco do 13° salário de 8 mil servidores. E o exercício de 2010 não promete muito. Ano eleitoral, a legislação poda o calendário, impedindo liberação de recursos dos governos federal e estadual meses antes e meses depois do pleito, para evitar a influência do dinheiro nas urnas. Ele trará também a marca do pós-crise mundial, em que os cofres oficiais deverão continuar lacrados, aumentado a choradeira dos prefeitos que sofrem corte nos repasses constitucionais. O final da crise está sendo festejado e será tema forte na campanha eleitoral, mas os municípios que se cuidem para o rescaldo das vacas magras. Um quadro que não encoraja grandes empreendimentos dependentes de recursos da União e do Estado. O prefeito de Montes Claros não pensa assim. Tanto é que aproveitou a presença do ministro das cidades, Márcio Fortes, em Pirapora para entregar-lhe dois pacotes de obras, um de R$ 88 milhões e outro de R$ 50 milhões. Os projetos tratam de drenagem e recuperação de áreas degradadas, como os córregos Melancias e Cintra, e a reconstrução da avenida Vicente Guimarães. Estão previstas também intervenções em áreas de risco, entre elas o Feijão Semeado e Morro do Frade. Em entrevista, nesta semana, o prefeito manifesta otimismo quanto ao entendimento dos pleitos no próximo ano, o que colide com o panorama que se delineia. Se essa é a grande aposta dele, a população da cidade que se cuide e se contente com a promessa de implantação de complexo sócio-recreativo na região do Interlagos, que ainda não se sabe como será, local que vem sendo anunciado como cenário para o réveillon; e a elaboração de projeto para a melhoria do trânsito da cidade, que vai custar R$ 600 mil. Pelas dimensões do problema do trânsito, parece muito pouco. Isso pode significar que o projeto abrangerá área restrita do problema. Montes Claros corre risco de parar, literalmente, sob efeito de monstruoso congestionamento que misturará caminhões, carros, motos, carroças e bicicletas. Já não espaço para tantos veículos que continuam aumentando na proporção de 500 caros e 1.500 motos por mês, sem que os espaços sejam ampliados. A grande esperança tem sido a implantação do anel rodoviário, que sequer foi para o papel, depois de superadas dificuldades com terrenos da UFMG (local do antigo colégio Agrícola). E as obras de conclusão das avenidas Sidney Chaves, rio Pai João e Rodoviária, que poderão trazer o desafogo para esse que é o principal problema da cidade na atualidade. No momento elas encontram-se paralisadas. Ficou por último referência à grande jogada da Prefeitura neste ano, que foi o patrocínio de equipe de vôlei da Superliga. Consta que ela custou ao município algo em torno de R$ 2,5 milhões e tem por objetivo divulgar o nome da cidade na esfera nacional. Com resultados positivos alcançados até agora nas quadras, o investimento poderá justificar-se. Mas, em termos práticos, não. Pelo menos enquanto não ficar comprovada a criação de empreendimentos de qualquer natureza decorrente dessa iniciativa. (Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a ´Coluna do Secretário´, n ´O Jornal de M. Claros´, publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil)

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