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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 19 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Como fui citado neste espaço como um dos atingidos pela inundação no bairro Morada do Sol, relato aqui a minha própria versão. Não sei ao certo o horário. Mas, passava da meia noite. Já estava dormindo. De repente, minha mulher, Cida, me questionou sobre um barulho. Imaginei que pudesse ser da chuva. Esperei mais um pouco. Assim que levantei, senti os seus pés frios. Acendi a luz: o nível da água dentro do quarto ultrapassava os meus tornozelos. Imaginei que pudesse ser um cano estourado no banheiro ao lado ou algum entupimento da rede de esgoto. Quando abrir a porta do quarto, notei que a água tomava conta de toda casa e não parava de chegar. No quintal, o nível da água alcançava meio metro. Minha mulher entrou em desespero. Tentei acalma-la como pude, pensando logo em nossos filhos pequenos. Já acostumado a acompanhar tantos dramas, em muitos deles me envolvo e sofro, na missão de registra-lo. Mas, de repente, me dei conta que naquele momento, a minha condição não era simente para registrar um acontecimento. Junto com a condição de ser repórter, eu me tornara personagem. E quando isso acontece é sinal de alguma coisa anormal. Foi a primeira vez que vivi tal experiênca. Eu vivia o próprio drama. Teria que sair rápido com minha família, pois cada vez chegava mais água. Deveria levar meus filhos pequenos para um lugar seguro. Este lugar existia. Era o segundo pavimento da casa de um casal, Magda e Jason (aos quais ficamos eternamente gratos). Só que a casa ficava do outro lado e tínhamos que atravessarmos a rua, onde a correnteza representava perigo. Assim, saímos rápido, confiantes da força de Deus. Quando voltei para tentar “salvar alguma coisa’, me deu arrepio de ver algo que me lembrou cenas dentro do navio Titanic, ver boiando caixas de som, roupas, CDs, álbuns de fotografias, sapatos e uma boneca da minha filha Cecília. O susto passou. Estamos todos, sãs e salvos. Só escrevi isso para agradecer a Deus e aproveita esse espaço para agradecer as manifestações de solidariedade de todos os amigos.

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