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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 24 de abril de 2024


Manoel Hygino   
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Por Manoel Hygino - 10/2/2018 10:50:24
Venezuela: o perigo perto

Manoel Hygino

O ininterrupto noticiário dos meios de comunicação em todo o mundo leva a uma indesviável pergunta: a Venezuela está em pé de guerra? As sucessivas manifestações, de que informa em cores e até ao vivo a televisão, oferecem um panorama do drama que se vive mais ao Norte.
Detentor da quinta maior reserva petrolífera do planeta, nos últimos tempos a Venezuela vive sob ameaça de ruptura institucional, embora se possa afirmar que é já neste clima que se passaram os anos mais recentes. Desde 2017, militares e grupos paramilitares tentam conter protestos.
Apesar de tudo, a oposição se dividiu e o governo de Nicolás Maduro, que sucedeu a Hugo Chávez, depois de sua morte por câncer, em Cuba, persiste. Com as garantias constitucionais interrompidas, com multidões nas ruas em protesto pelo que lhe foi subtraído, desde a liberdade de imprensa ao papel higiênico, o presidente procura saída: agora quer a reeleição, aos 55 anos. Pretende uma nova Carta Magna, mas o cidadão pretende algo mais prático, viável e urgente, a começar pela alimentação que escasseia. Pesquisas demonstram que cada homem e mulher do país perdeu oito quilos de peso pelas dificuldades experimentadas.
Sem respaldo da maioria dos países democráticos, com imensas dívidas acumuladas, sem apoio do Mercosul, Caracas verdadeiramente está em um beco sem saída. O chanceler uruguaio, Rodolfo Novoa, enfatizou que o Mercosul pressiona o governo venezuelano a que mude os rumos, considerados não democráticos. O Palácio de Miraflores não conta mais com apoio continental, restrito apenas a Cuba e Guatemala, a que oferece petróleo em condições especialíssimas.
Sem apoio Legislativo, contando com um arsenal poderosíssimo comprado à Rússia, em época de vacas gordas, e com a disposição governamental de contrapor-se às oposições e aos reclamos ao povo, Caracas reconhece que milhares de cidadãos escapam pelas fronteiras para sobreviver. As perspectivas são sombrias.
Nós estamos na proximidade do fogo. O brasileiro Oliver Stuenkel, professor da Fundação Getúlio Vargas, dá um conselho: “O Brasil precisa se preparar para a chegada de um número cada vez maior de refugiados”, embora também tenhamos nossos problemas.
Maduro, contudo, não se entregou. Convocou eleições presidenciais para 30 de abril. E pode ganhar, porque não há, antes e acima de tudo, livre campanha. Saiu à frente, o que já é um grande trunfo, no meio de uma sociedade sacrificada e temerosa.
“Não vou falhar com vocês. Assumo a candidatura presidencial para o período 2019-2025 (“...) Serei o candidato de toda a classe operária venezuelana e continuarei sendo o presidente dos humildes”, afirmou aos trabalhadores”. Alguém acredita?
Por via de dúvida, Maduro anuncia aumento de 40% do salário mínimo, das pensões e do salário do funcionalismo. É o sétimo reajuste, em um ano. Trata-se de uma tentativa para neutralizar a explosão de preços em uma economia com hiperinflação.
Também tiveram elevação quase ao dobro os bônus de alimentação concedidos como “cestaticket”. Somando tudo, o venezuelano vai receber pelo menos 797.550 bolívares. No câmbio oficial, isto é em torno de R$787, 00. Dá para uma família viver bem?


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Por Manoel Hygino - 8/2/2018 11:59:26
O óbito de Fidelito

Manoel Hygino

Comentei, a título de curiosidade, como a Revolução russa de 1917, que conduziu os soviéticos ao poder, foi pouco explorada entre seus simpatizantes em todo o mundo, no Brasil inclusive, no ano findo. No entanto, acontece o mesmo agora com Cuba de Fidel, quando mal se completaram quinze meses da morte do “comandante”, aos 90 anos, registrada em 25 de novembro de 2016.
Dá para sentir o distanciamento das gerações atuais, a partir do desaparecimento, na quinta-feira, último dia 2, de Fidel Castro Diaz- Balart, em Havana, aos 68 anos. Primogênito do celebrado líder da Ilha, desde antes do presidente Batista, fez-me cansar os olhos a busca de maiores informações por jornais e televisões. Poder-se-ia comentar com a frase latina: “Sic transit gloria mundi”.
Nascido em 1º de setembro de 1949 e formado em Física na ex-União Soviética, Fidelito foi secretário executivo da Comissão de Assuntos Nucleares de Cuba, de 1983 a 1992, assessor científico do Conselho de Estado e vice-presidente da Academia de Ciências de Cuba, ao falecer.
Muito pouco o que se soube, ou se divulgou. Parecido com o pai, inclusive na altura e pelo uso de barba, menino entrou, em Havana, ao lado de Fidel, em 8 de janeiro de 1959, com uniforme verde oliva, integrando a Caravana da Vitória, que percorreu o país.
Do ponto de vista político, sempre foi fiel adepto da revolução, não havendo informações sobre qualquer eventual discrepância com o que houve na Ilha, desde então. Casado com Olga Smirnov, em primeiras núpcias, teve dois filhos: Fidel Antônio, de 37 anos, doutor em Ciência e Tecnologia Nuclear, e Mirta Maria, de 34, doutora em Matemática.
Aliás, no enterro do líder maior, estava ao lado dos meio-irmãos- Antonio, Angel, Alexis e Alejandro, resultado de seu casamento com Dalia Soto del Valle, considerada a viúva oficial, o que evidencia que há as não oficiais. É assunto que não se deve, nem precisa, aqui ser tratado, considerando os pormenores das relações familiares, descritos ou referidos por Alina Fernandez, em suas “Memórias”.
A própria Alina resulta de uma relação extraconjugal de Fidel com Natalia Revuelta e é tida como a filha rebelde, autora de um livro muito interessante para entender a ascensão de Fidel Castro às posições que assumiu na história cubana. Presentemente, Alina mora os Estados Unidos, de onde escreveu seu trabalho, altamente revelador.
O comportamento da família, comentado no boca-a-boca das ruas de Havana, é uma rede de segredos, que não deve ser divulgada sob risco. Assim como Alina Fernandez, que amando Havana, prefere assistir de longe os fatos, Mirta Diaz-Balart, a mãe de Fidelito, optou por radicar-se na Espanha. Quanto ao meio utilizado para praticar o suicídio, nada encontrei nas primeiras notícias.
Alina Fernandez, a irmã-biógrafa, não focaliza muito Fidelito. Apenas que o pai, Fidel, se deslumbrara, na juventude ou fora deslumbrado por Mirta-Balart, família ligada às altas rodas políticas da Ilha, tanto que um de seus tios era ministro de Governo. Há muito ainda ou desvelar, como diria Drummond.


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Por Manoel Hygino - 26/1/2018 15:11:43
Minas e sua história

Manoel Hygino

Em circulação mais um número da revista “Memória Cult”, dirigida por Eugênio Ferraz, a quem tão belas iniciativas no campo das letras, da arte e da história se devem. Em todos os altos cargos pelos quais passou, demonstrou ele interesse pela cultura, contribuindo para divulgação do que há de mais precioso entre nós. A nova publicação, em dezembro último, é um bom exemplo. Em país no qual há carência desse gênero de edições, “Memória Cult” ajuda a suprir a lacuna, como enfatizou Rogério Faria Tavares, meu confrade na Academia Mineira de Letras e de Ferraz no IHGMG, que dirige o BDMG Cultural.
O número 23 da Cult, que saiu quando 2017 dava adeus ao calendário, mostra fielmente os altos ideais que levaram à sua criação e manutenção. Tem grande significação para Minas; para que os mineiros conheçam mais e melhor a velha província e para que os brasileiros dos demais rincões possam ver, sentir e aprofundar-se no conhecimento de um território e de uma gente única.
No número em questão, aparecem colaborações valiosas de Bruno Terra Dias, de Nise Mendes Duarte e de Auro Aparecido Maria de Andrade, sobre cidades, regiões e acontecimentos que colocaram Minas Gerais em posição privilegiada em seu respectivo tempo. Além de outras matérias, há o artigo do magistrado mencionado, ex-presidente da AMAGIS e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais.
O meritíssimo faz uma verdadeira ode ao nosso homem do campo, que vai deixando seu rincão em busca de vida mais consentânea com o progresso, que deve ser para todos, confiantes ou esperançosos de natural beneficiário das transformações sociais por todos almejada. Daí, as observações:
“Das poucas vilas e cidades iniciais ao êxodo rural determinado pelas apostas do século XX, nunca deixou de ser protagonista, embora quase calado e frequentemente ignorado, aquele que da miscigenação se fez o homem da terra, um nobre sem título. Matuto, para o vulgo como para muitos letrados, é aquele não afeito às cidades e seus equipamentos, necessidades e deslumbres, que se intimida diante das aglomerações, desprovido do que se chama de traquejo social, espírito rude, oposto às sutilezas da e civilização.
Conceito ou preconceito, distinção repressiva de seu modo de ser, chamado de roceiro, jeca e outros qualificativos diminutivos de prestígio social, não se importa tanto com isso, desde que esteja em seu ambiente. O ambiente do matuto é o sertão, o amplo despovoado do sertão, quanto mais se distancia do litoral e fica imerso em terras que o desafiam e realizam. Matuto é o sertanejo, o catrumano, o homem que vive do que produz a partir do solo, onde estiver.”.
Na pauta, um extenso texto sobre Espinosa e excelente matéria de Nise Mendes Duarte, historiadora, integrante do Ministério Público, sobre o Cemitério dos Escravos de Santa Luzia. Ainda o necessário noticiário sobre o relançamento de “Princípios do Direito Internacional”, de autoria de Lafayette Rodrigues Pereira, publicação original de 1902. O registro marcou o centenário do Conselheiro, renomado jornalista, diplomata e político. O secretário de Estado da Cultura, Ângelo Oswaldo, prestigiou a iniciativa do deputado Lafaiete Andrada, apoiada pelo presidente Adalclever Lopes.


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Por Manoel Hygino - 25/1/2018 07:14:59
O princípio de ano

Manoel Hygino

Repetiu-se a tragédia de Galdino, morto na capital nacional, há alguns anos, perto de uma parada de coletivos. Rapazes de famílias beneficiadas por posição social atacaram o índio sem qualquer motivo, agrediram-no até perder a vida e atearam fogo ao corpo.
No dia inaugural do ano 2018, no litoral de Santa Catarina, que já teve na presidência, um mineiro de Montes Claros, o índio Marcondes Namblá foi agredido a pauladas até a morte, no balneário de Penha. A vítima tinha 38 anos, era da etnia Laklâno e seguira o itinerário que os brancos civilizados indicam para tornar-se um cidadão brasileiro, digno, útil à pátria.
Professor formado pela Universidade Federal de Santa Catarina, chegou a ser transportado a um hospital, mas “não resistiu”, com dizem os repórteres de televisão e rádio. Uma câmera de monitoramento, que documenta fatos mas não os evita, filmou o episódio. A agressão foi praticada por um homem, acompanhado de um cachorro. A Polícia Civil investiga a hipótese de crime motivado por ódio racial.
Logo o Brasil, abençoado por Deus! A FUNAI e o Conselho Indigenista Missionário, CIMI, admitem que o homicídio tem a ver com intolerância. Namblá fazia parte de um grupo de 12 índios de aldeia na terra Laklano, no município de José Boiteaux.
Algumas linhas de um raro jornal que publicou a notícia esclarecem: aproxima-se um homem, portando um pedaço de madeira. Eles conversam rapidamente, quando o civilizado dá-lhe um golpe na cabeça. Não há reação. A vítima recua e volta a ser atingida, cai no chão e os ataques seguem. Ao perceber que Marcondes tenta levantar-se, ataca-o novamente. É a crônica de um homicídio de começo de ano.
Pedestres encontram o índio por volta das 5h. Tinha um sangramento na cabeça e foi atendido pelo serviço de resgate do Corpo de Bombeiros. Levado a uma unidade de pronto-atendimento, em razão do estado grave, foi encaminhado ao Hospital Marieta Kondor Bornhausen, em Itajaí.
Morreu às 20h de terça-feira. O delegado Douglas Teixeira Barroco, da Polícia Civil de Piçarras, se disse chocado ao ver as imagens. “Ele foi massacrado sem piedade. Já temos a identidade do possível agressor e esperamos encerrar a investigação a qualquer momento, inclusive para saber o motivo de um crime tão brutal”, disse.
Casado e pai de cinco filhos, Marcondes ensinava a língua em sua aldeia, uma das oito da terra. Formado em licenciatura intercultural indígena da mata atlântica, estava inscrito para doutorado.
De acordo com uma parceira de trabalho, Janaína Hubner, o colega era religioso e não bebia. Saiu sozinho para ver a queima de fogos pela passagem de ano na orla, mas não retornou.
Apenas mais um índio morto. Mais um registro, não fantástico, de violência e dor. A família sentirá, porque os índios aprenderam a palavra saudade. Mas também revolta.


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Por Manoel Hygino - 22/1/2018 17:17:35
Pelos caminhos de Santiago

Manoel Hygino

Menos de um mês após o lançamento em Montes Claros, cidade natal, o jornalista Alberto Sena lançou em Belo Horizonte o seu livro de estreia, “Nos Pirineus da Alma”. Trata-se da narrativa de sua experiência ao fazer o milenar Caminho de Santiago, por duas vezes, a pé, acompanhado pela esposa Sílvia. Brincando, brincando, são 1.300 quilômetros com mochila nas costas e apoiados em cajados.
Afianço: é um volume precioso, sob vários aspectos e que pode incentivar novos peregrinos à histórica e esplêndida viagem pela península ibérica. Quem não se animar à viagem, deverá recorrer a esta obra, cujo lançamento foi na Livraria Ouvidor, na rua Fernandes Tourinho, 253, aproveitando a manhã sabatina.
Ivana Rabello, doutora em Literatura, professora e escritora, declarou: “Confesso que, ao cabo da leitura deste livro, escrito por Alberto Sena Batista, precisei fechar o olhos e iniciar eu própria uma caminhada interior. O que se lê – um misto de relato de viagem, um diário de peregrinação, uma narrativa de aventura – é o resultado da árdua e corajosa caminhada. Escrito em primeira pessoa, pela voz de Bento/Alberto, oferece ao leitor todo o roteiro da peregrinação do casal, confissões, confabulações, momentos de rara poesia, belas paisagens apresentadas pela letra hábil do jornalista que Alberto Sena Batista é e instantes de prosa filosófica, nos quais um homem, desprendendo-se da pesada bagagem do materialismo parte decididamente rumo a outras conquistas”.
Itamaury Teles de Oliveira, também jornalista e escritor, da Academia Montes- Clarense de Letras e da Maçônica de Letras, afirmou: “Ao ler este relato extremamente rico em detalhes, repleto de reflexões que só o corpo extenuado pela dura jornada mística pode produzir, cheguei à conclusão de que será infrutífera a busca por explicações tangíveis no campo da racionalidade humana. Não há, evidentemente, qualquer relação de causa/efeito a justificar algo que transcende a nossa capacidade de entendimento. A resposta está muito além do além...”.
Há pessoas que fazem de conta que cumprem o itinerário, como Paulo Coelho, mas pegam ônibus, táxi, van etc. Para Alberto Sena, Prêmio Esso de Reportagem, deve-se levar apenas o essencial; roupa do corpo, uma muda, três camisas, cuecas, dois pares de meia, um ponche com artigos de higiene, além de queijo e outras coisinhas. “A gente aprende que não precisa de tanta coisa para viver bem”.
O escritor pondera: “Olha, para dizer a verdade, eu fui como uma espécie de cano de PVC vazio. A torrente de água dentro dele veio do alto. Numa época de convulsão social como a que vivemos, quando o ódio, o rancor, a mágoa, a inveja e os demais sentimentos negativos imperam, “Nos Pirineus Da Alma” irradia o Amor, as boas relações humanas, a energia positiva do Caminho, a magia, o magnetismo e o misticismo também. Afinal, convivemos com gente de várias partes do mundo e nos demos muito bem. A Humanidade e o Brasil principalmente, estão precisando, urgentemente, de resgatar os valores verdadeiros, que põem em pé, dignamente, os homens e as mulheres. Caso contrário, o Brasil e a Humanidade como um todo caminharão célere rumo ao fim”.


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Por Manoel Hygino - 15/1/2018 14:46:20
A tragédia da BR-251

Manoel Hygino

O grave- gravíssimo- acidente na manhã do último sábado, dia 13 por sinal, foi mais- muito mais- do que mero desastre rodoviário. O número de mortos e feridos equivaleria ao de vítimas dos atentados perpetrados no Oriente Médio pelos fanáticos religiosos e políticos que anualmente deixam saldos de dolorosas memórias.
O tópico inicial da imprensa escrita, o lead, dá a síntese da tragédia: caminhão desgovernado invade a contramão, provoca choques entre cinco veículos e causa pelo menos 13 mortos e 29 feridos. Local: BR 251, Norte de Minas, próximo à histórica Grão Mogol, rodovia das mais intensas em tráfego de carga pesada, segundo o jornalista Luiz Ribeiro.
A Delegacia Regional da Polícia Rodoviária Federal expediu nota confirmando os dados e a dinâmica do acidente, que começou quando carreta, com um carro na carroceria, viajando de Salinas/Montes Claros, perto do Km 413, invadiu a faixa contrária, em uma reta, e desencadeou a sucessão fatal.
De quem é a culpa? A pergunta surge naturalmente, mas a resposta exige cuidados especiais. No trecho extenso de estrada que liga a rede rodoviária nacional, a muitas vezes fatídica Rio-Bahia, a BR-116, dezenas e dezenas de pessoas ficaram mutiladas para sempre. Ou simplesmente perderam a vida.
Poderia a tragédia ser evitada?
Evidentemente, sim. Já havia sinalização, e o perigo era ali mesmo, não morava ao lado. É uma longa região, percorrida por cargas transportadas para o Nordeste ou passageiros que descem o mapa para o Sul e Sudeste, ou por nordestinos que vão matar saudades, na terra natal.
Quem acompanha os fatos, através de qualquer meio de comunicação, sabe perfeitamente que não é o primeiro, nem será o último acidente com muitas vítimas naqueles rincões. A máquina de fazê-las funciona sistematicamente e é frequente a falta de consciência dos que dirigem por aqueles pedaços do Brasil, é uma das causas maiores, senão a maior. O Estado, como poder público, aparentemente fizera o que devia, ao que se depreende da descrição.
O atendimento ás vítimas é demorado, sobretudo pelas longas distâncias. A rede hospitalar não está preparada à suficiência para tragédias dessa grandeza, e consequências. A sucessão de choques, o capotamento, o tombamento e o incêndio dos veículos, de mais de um estado, demonstraram que toda precaução é pequena em tais lugares e circunstâncias.
Os hospitais locais, com ênfase a Santa Casa de Montes Claros, a cidade de maior importância do Norte, fizeram o possível, com os meios disponíveis, no sábado quente já pela manhã. O SAMU foi chamado à emergência e helicóptero da Polícia Militar participou do salvamento neste tipo de trabalho, em local remoto, esforçando-se ao máximo em benefício do próximo. No entanto, o resgate da vida não está disponível muito perto. Tudo se transforma, enfim, num doloroso e imprevisível episódio.
Mais mortos ali do que no já histórico rompimento da barragem do Fundão, a partir do distrito de Bento Rodrigues, em mariana, há mais de dois anos. As estatísticas de acidentes são insaciáveis. E o Brasil ostenta o nono lugar no conjunto mundial de acidentes no gênero.




Selecione o Cronista abaixo:
Avay Miranda
Iara Tribuzi
Iara Tribuzzi
Ivana Ferrante Rebello
Manoel Hygino
Afonso Cláudio
Alberto Sena
Augusto Vieira
Avay Miranda
Carmen Netto
Dário Cotrim
Dário Teixeira Cotrim
Davidson Caldeira
Edes Barbosa
Efemérides - Nelson Vianna
Enoque Alves
Flavio Pinto
Genival Tourinho
Gustavo Mameluque
Haroldo Lívio
Haroldo Santos
Haroldo Tourinho Filho
Hoje em Dia
Iara Tribuzzi
Isaías
Isaias Caldeira
Isaías Caldeira Brant
Isaías Caldeira Veloso
Ivana Rebello
João Carlos Sobreira
Jorge Silveira
José Ponciano Neto
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