Vaticano publicou novo documento sobre sexo e casamento na visão da igreja

O Dicastério para a Doutrina da Fé, organismo do Igreja Católica, publicou um documento doutrinal, aprovado pelo Papa Leão XIV, no qual afirma que os atos sexuais no casamento têm também uma “finalidade unitiva”, ou seja, servem para fortalecer a união, o afeto e o sentimento de pertencimento mútuo entre marido e mulher.

O texto ressalta que o casamento deve ser visto como uma “união exclusiva e de pertencimento recíproco” — um comprometimento de duas pessoas com liberdade e dignidade — e que a intimidade conjugal expressa esse vínculo de entrega, comunhão e respeito.

Mantém a defesa da monogamia e do casamento entre homem e mulher e informa que a sexualidade conjugal não deve ser entendida apenas como meio para gerar filhos.

A fertilidade continua sendo valorizada, mas não é um requisito para que a união seja considerada legítima e completa, interpretaram analistas.

Segundo o texto, a visão parte de uma preocupação com o contexto contemporâneo — marcado por individualismo e cultura de consumo — que, segundo a Igreja, pode reduzir o sentido da sexualidade a prazer ou conveniência, apagando seu caráter de compromisso, espiritualidade e comunhão de vida.


O documento, intitulado Una Caro — In Praise of Monogamy, será o marco para refletir sobre o papel do casamento na atualidade: valoriza o afeto, o respeito mútuo e a reciprocidade como fundamentos da união conjugal.