Cartunista Glauco (pai de "Geraldão") e o filho são fuzilados em S. Paulo; suspeito queria ser revelado como "Jesus Cristo"
Sexta 12/03/10 - 9h Morreu na madrugada desta sexta-feira, em Osasco, São Paulo, o cartunista Glauco Villas Boas, de 53 anos. Eles foram vítimas de uma tentativa de assalto. A casa de Glauco foi invadida por dois homens armados, que tentaram levar os pertences da família. Ao tentar persuadir um dos assaltantes armados, Glauco foi atingido com quatro tiros à queima roupa. O filho dele, Raoni Villas Boas, de 25 anos, também foi baleado e morreu a caminho do hospital. O cartunista Glauco chegou a ser socorrido, mas também não resistiu. Os assaltantes fugiram num carro roubado. No momento do crime, o cartunista descansava na casa com os três filhos e a esposa. Glauco é conhecido por suas charges publicadas desde 1977 no jornal “Folha de São Paulo”. É o "pai" do personagem "Geraldão"UNIVERSITÁRIO
Atualização, às 19h: Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, de 24 anos, universitário, teria pretendido sequestrar o cartunista Glauco - disseram parentes à polícia. Assíduo na Igreja Céu de Maria (que segue o ritual do Santo Daime, fundada pelo cartunista), o universitário pediu que Glauco fosse à casa de sua mãe, no Pacaembu, para dizer a ela que o rapaz era "Jesus Cristo". Transtornado, armado com uma pistola 7,65 mm, possivelmente sob efeito de drogas, o agressor rendeu a filha do cartunista, Juliana, que chamou pela mãe. Glauco veio. O rapaz agrediu as duas mulheres e deu uma coronhada no cartunista, a quem sempre pediu conselhos. Ameaçou se matar e o cartunista disse - "não faça isso". Em seguida, o universitário atirou no pai e no filho, que veio em socorro de Glauco. Depois, fugiu e está sendo procurado.
