Secretário Tuma Jr. diz que Polícia Federal cometeu abusos ao investigá-lo

O secretário nacional do Ministério da Justiça, Romeu Tuma Jr., disse que a investigação da Polícia Federal que vinculou seu nome ao de um suposto integrante da máfia chinesa cometeu abusos. "Não da Polícia Federal, mas de pessoas da Polícia Federal. Fui investigado e chegou-se à conclusão que eu não deveria ser denunciado. O caso foi "arquivado", afirma Tuma Jr. Na investigação, a Polícia Federal diz que há suspeitas de que Tuma Jr. ajudou o chinês naturalizado brasileiro Paulo Li a regularizar a situação de imigrantes ilegais e interveio para liberar mercadoria apreendida. Li foi assessor de Tuma Jr. quando ele era deputado estadual e está preso desde setembro do ano passado. Tuma Jr não foi acusado formalmente à época porque o Ministério Público entendeu que não havia provas contra ele. Em entrevista, o secretário do Ministério da Justiça diz que o caso foi encerrado no ano passado e voltou à tona por causa de seus ataques ao crime organizado. "O objetivo não é me investigar, é desmoralizar. O crime organizado age assim: mata testemunhas e desmoraliza os chefes da investigação” – diz Tuma Jr.