Condenados por corrupção, governador Garotinho e chefe de polícia ainda podem recorrer em liberdade

A Justiça Federal do Rio de Janeiro condenou os políticos Anthony Garotinho e Álvaro Lins por formação de quadrilha, corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo a sentença da 4ª Vara Criminal, Garotinho era chefe de um grupo instalado dentro da Polícia Civil que, em troca de dinheiro, beneficiava investigados e deixava de reprimir o jogo de caça-níqueis no Rio. Garotinho foi condenado a 2 anos e 6 meses de prisão, mas teve a pena convertida em prestação de serviços à comunidade. O grupo era comandado, segundo a acusação, pelo ex-chefe da Polícia Civil Álvaro Lins, condenado a 28 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e também formação de quadrilha. Lins esteve à frente do cargo na administração de Garotinho, entre o fim de 2000 e início de 2002, e na gestão de Rosinha Garotinho (2003 a 2006), mulher do ex-governador. Em 2006, Lins foi eleito deputado estadual, mas acabou cassado em 2008 devido às acusações. Outros oito integrantes do grupo também foram considerados culpados. Todos os réus poderão apelar do julgamento em liberdade.