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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 22 de setembro de 2024
 

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Mensagem: HISTORIADOR JOÃO BOTELHO NETO

Finados. O pavilhão brasileiro hasteado a meio pau, na entrada da Câmara
dos Vereadores, em São Francisco, confirmava o decreto de luto oficial de
dois dias pelo falecimento do ex-vereador João Botelho Neto, notório
pesquisador da história local e ecologista consagrado. Merecidamente
homenageado pela municipalidade e aplaudido por todas as pessoas que o
estimavam e admiravam, seu nome está imortalizado na galeria dos
beneméritos de sua cidade por ter sido guardião do patrimônio histórico e
cultural e zelador vigilante da Natureza. Cogita-se de sua indicação para
patrono do centro cultural a ser implantado no prédio do antigo Cine
Canoas, ora fechado.
João Botelho Neto, um nome que jamais será esquecido pelas gerações
sanfranciscanas, provém de tronco familiar tradicionalmente vinculado ao
amanho da gleba e ao pastoreio, no sertãozinho do Pajeú. Nasceu em
31.01.1932 e faleceu em 01.11.2007, aos 75 anos de idade, querendo viver
mais algum tempo para completar sua obra de pesquisa histórica e ver o seu
amado Rio São Francisco salvo da degradação que o ameaça. Ele era um homem
que sonhava e trabalhava pela realização de seus sonhos.
Fez seus estudos no afamado Colégio São João, de Januária, e na
Universidade de Viçosa, de onde saiu graduado técnico agrícola. Dedicou
seu talento e as energias de sua juventude ao serviço público, nada
exigindo em troca de sua dedicação. Exerceu a vereança em Brasília de
Minas e São Francisco, gratuitamente, e chefiou gabinetes de diversos
prefeitos, em seu município natal.
Sobretudo, apaixonou-se pela narrativa dos sábios naturalistas europeus
que percorreram o Norte de Minas, no século XIX, tanto que pretendia
publicar um estudo especial sobre a matéria que tanto o atraiu. Deixou
livros publicados e também uma grande saudade. Era membro do Instituto
Histórico e Geográfico de Montes Claros e secretário da Academia de
Letras, Ciências e Artes do São Francisco - ACLECIA. Casou-se, em
primeiras núpcias, com Áurea Neves de Oliveira, com quem constituiu
família. Enviuvando, contraiu matrimonio com Joanita Cunha, que chora sua
ausência. Gozava de invejável reputação de cidadão e chefe de família
exemplar, impondo-se ao respeito geral. Fundou a ONG Preservar, cujo nome
diz tudo: preservação dos bens culturais e naturais para manter viva a
memória de um povo rico em tradições. Sabe-se que o eminente historiador
Braziliano Braz registrou atos e fatos ocorridos no passado de São
Francisco. E que o pesquisador João Botelho Neto batalhou para que a
história local não caísse na vala comum do esquecimento coletivo.
Sua alma partiu para a Eternidade, no dia de todos os santos.
E seu corpo desceu ao jazigo, no dia de todos os finados.

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