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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 22 de setembro de 2024
 

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Mensagem: TESOURAS E LOÇÃO DE BARBA

O mais tradicional e folclórico dos salões de barbeiro da nossa urbe foi o de Pedro Montes Claros, em 1930. Nos saudosos anos 50 o mais luxuoso era o salão Rex, da família Guedes, na rua Simeão Ribeiro. Pedro, Antonio, Deusdth e o galã Dilo. Entre os aprendizes de então Nelson, Bigode, Manoel, Genésio.
O salão Azul era na Presidente Vargas, com Geraldo, Cachangá, Antonio, usava-se Água Velva e creme Williams para barbear. Um salão na rua Doutor Santos era o Montes Claros, de Antonio Teixeira, onde Juvim, um barbeiro, dormiu embriagado com quatro bilhetes por ele não vendidos da Loteria Federal de número 40040, nos bolsos. Acordou rico no domingo e se mandou da cidade.
Na rua Melo Viana havia o salão de Horácio e Agenor, além do salão dos Macaúbas e o de Tone Ruas,que funciona até hoje na Corrêa Machado, 369.Atendiam os ferroviários e o povo dos Morrinhos. Lá, tesouras Solingen, navalhas Dois Gêmeos e cadeiras Genaro Ferrante.
Em destaque, havia o moderno salão de Nelson Cabeleireiro, que atendia políticos, músicos e carnavalescos. Cortes modelo Príncipe Danilo e topete pega moça. Dilo Pé de Anjo, um Dom Juan de subúrbio, conquistador de mal amadas, calçado de sapatos brancos executava o modelo de corte Alemão.
Uirapuru, biótipo de índio Xavante, extensa cabeleira bebia todas e era mestre na quizila. Apresentava-se como ex-combatente e chegou a receber indenização do governo federal. Já Abel, um nordestino, sempre no linho branco S 120, usava um Colt na cintura e trabalhava de frente para a porta de entrada.
Temia vindita, pois tinha deixado inimigos na sua terrinha. Teve morte trágica!
Ivo Barbeiro, na Presidente Vargas, local de encontro de caçadores, pescadores e colecionadores de armas de caça. Tinha a melhor tralha de pescaria da urbe, uma referência.
Saudosos, o elegante Nem Barbeiro, Caneca da Pioneira dos Milhões. Muito bem vestido, Claudionor, um dândi, dirigente do Sport Clube Bahia, um bom gourmet. Antonio Teixeira, que ganhou o primeiro prêmio da Federal com o número 13752, assim como Medeiros Cabeleireiro.
Outro Dom Juan era o Agenor, irmão de Totonho Barbeiro, na rua Altino de Freitas. Foi flagrado pelo marido traído. Estava com a pecadora sentada no seu colo na cadeira de barbeiro em pleno exercício do coito. Escapou fedendo!
Dos antigos oficiais barbeiros ainda entre nós, Pedro Guedes, Bigode, Sinval do tradicional Bar Hollywood, Tone Ruas, Moisés, Zezinho Macaúba, um cobra criada. Zé Barbosa, na rua Grão Mogol, que passava álcool no rosto dos frequêses inconvenientes e cantando a moda popular: quero ver você chorar!
E para não dizer que não falei dos mais antigos, Pedro Montes Claros, patriarca dos Amorins, que em 1930 tinha escarradeira de cerâmica em seu salão e colocava bola de ping-pong na boca do freguês, para melhor escanhoar a barba.
Encerrando a crônica, uma placa em um salão de barbeiro no Guanambí de 1957. Salão Elite- feitune de barba 3,00- aparume de cabelo 5,00 -dizazanga de garrucha trezentos e oitenta e zivinte.

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