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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 22 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Uma piada ´Que não é para rir... é para chorar´

Ruth Tupinambá Graça

A propósito do Projeto: ´Daqui por Diante´, que homenageia merecidamente, o grande artista plástico Dr. Konstantin Christoff, criador da escultura: ´Sandália do Tropeiro´, eu tenho uma piada para contar, mas que não é para rir... é para chorar ... escutem:
Fui solicitada por um aluno de uma das Faculdades de nossa terra. Ele queria informações sobre as Histórias de Montes Claros, pois estava fazendo um trabalho do Curso de Ciências Sociais. Eu me prontifiquei em atendê-lo.
No meio da entrevista, fala sobre a Fundação e desenvolvimento desta terra de Figueira, as dificuldades daquela época sem transporte, sem comunicação, nesta terra encravada no sertão das Gerais, eu salientei o trabalho do Tropeiro e sua influência no desenvolvimento desta cidade, lamentando que ele seja tão esquecido pelos montes-clarenses.
Elogiando o trabalho do artista plástico, Dr. Konstantin criando a escultura, a ´S Sandália do Tropeiro ´símbolo da história de Montes Claros, colocada na Praça na entrada do aeroporto da nossa cidade, o estudante que me ouvia, admirado disse-me: - ´Dona Ruth isto para mim é novidade, eu sempre achei que aquela ´sandalhona´, na entrada do aéreo - porto era propaganda da Sandália havaiana”.
Não é para chorar? Escutar tamanha ignorância de um aluno de Faculdade!
Necessário se faz despertar nos montes-clarenses o entusiasmo pela pesquisa, interpretação e divulgação dos fatos históricos, geográficos, etnográficos, arqueológicos, assim como, fomentar a cultura e o Folclore da nossa cidade e toda a região.
Há tanta displicência, a maioria dos estudantes passam pelas escolas e chegam a faculdade , desconhecendo o que aqui existe e existiu na Montes Claros antiga. Não têm o menor entusiasmo pela conservação do Patrimônio Histórico, ignoram o que isto representa e engrandece uma cidade.
A ignorância total pelos atos e fatos acontecidos desde os primórdios tempos da fundação da nossa cidade pelo grande bandeirante Antônio Gonçalves Figueira, deixa-me preocupada.
Montes Claros não surgiu num ´passo de mágica´, ela tem história... mas pouca gente conhece as lutas e glórias que marcaram a sua vida. O amor, a doação dos primeiros que aqui se aportaram e o quanto lutaram, conseguindo, a duras penas, elevar o Arraial de Montes Claros das Formigas a Vila de Montes Claros das Formigas. Trabalhando incansavelmente, extraindo tudo do pouco que possuíam numa terra abandonada, esquecida pelos nossos governantes, sem transporte, sem comunicação encravada no imenso sertão das Gerais, numa trégua que durou anos, para conseguir elevar a Vila de Montes Claros das Formigas a Cidade de Montes Claros. Homens que lutaram com um único propósito; torná-la grande admirada e respeitada. Saliento aqui a luta dos tropeiros que enfrentaram todos os perigos, sem, estradas, sem comunicação, sob um sol escaldante, deste nosso sertão, trazendo de longe, (no lombo dos burros) tudo que a nossa cidade precisava, e esta luta durou anos.
Assim como os tropeiros foram muitos homens e mulheres que dedicaram suas vidas a esta terra e quem se lembra deles?
Apenas os sobradões que ainda existem nos recordam chefes destas principais famílias que também lutaram por esta ´gema´ maravilhosa que dormiu tranqüilamente durante muitos anos com toda a beleza e riquezas naturais, nas entranhas do sertão mineiro.
E como anda a conservação do Patrimônio Histórico?
A passo de tartaruga...
Mas o Instituto Histórico, Geográfico de Montes Claros-IHGMC, recém-fundado tendo como Presidente Wanderlino Arruda e vice-Presidente Dário Cotrim, chegou em boa hora´, para colaborar com os representantes dos órgãos competentes do Patrimônio Histórico e Cultural de Montes Claros, ajudar a cobrar dos habitantes, (o interesse a defesa e a conservação do Patrimônio Histórico Artístico e Cultural) desta terra maravilhosa, “Princesa do Sertão”.
O Instituto tem muito a fazer e nos temos que cooperar.

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