Este espaço é para você aprimorar a notícia, completando-a.
Clique aqui para exibir os comentários
Os dados aqui preenchidos serão exibidos. Todos os campos são obrigatórios
Mensagem: Conterrâneos desterrados! Retirantes do sertão! Vocês, que a muito, vivem longe da terrinha, vão morrer de inveja, vão ficar “aguano”! Começou o pique da safra do nosso velho e saboroso pequi. O aroma e as cascas já estão por toda parte. O povo está rindo de pança cheia. Ao passar pelo mercado municipal, a caminho do meu trabalho, esbarro no movimento dos carrinhos de mão, transportando e espalhando o fruto amarelo para todos os cantos desta cidade. Carregam-o, debulhado, a céu aberto, a exalar cheiros e desejos. Levam o riso solto, o contentamento dos monteclarences. Como dizem alguns: é a “Flor de Zíaco”. É cada bitelo, de dar água na boca. Alguns parecem uma manga Ubá, da cor da gema caipira. Não precisa nem roer, dá até para morder. Os vendedores os separam pela cor e pelo tamanho e barganham no preço: “estes são mais caros, são de Campo Azul”. Outros já retrucam, “bom mesmo estão os de Ibiaí’. O programa começa já nas compras. Tudo é motivo para tomar uma e mais outra nos preparativos do arroz com pequi. Carninha de sol, tum, tomatinho curraleiro, tum, coentro verdinho, pimenta de cheiro, tum e para arrematar a feira, mais uma talagada da boa, tuum... que ninguém é de ferro. Na hora do almoço, é um cheiro só, vem das casas vizinhas, da nossa panela, é a alegria que reina ao redor da panela amarela. Se eu fosse vocês dava um pulinho aqui na terrinha para matar a saudade do arroz com pequi. E aí, aguaram ou não aguaram?
Trocar letrasDigite as letras que aparecem na imagem acima