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Mensagem: Qualquer medida que o governo tomar para amenizar os efeitos da seca na região será meramente paliativa caso não se ataque o que mais prejudica o produtor rural da região: a conta da Cemig. Como se pode conviver com a seca, se o produtor não tem condições de ligar um desintegrador para moer uma cana ou mesmo um irrigador para molhar uma capineira? Pois se isto fizer, terá que vender o gado para pagar a conta da Cemig, sob a qual incide uma tarifa de ICMS de 18%, mais cofins. Apenas para exemplificar: tenho um pequeno sítio na saída para Juramento e para não deixar meus poucos animais morrerem de fome, liguei o desintegrador uma hora por dia no mês de novembro, para moer cana para o gado. E irriguei minha capineira mais ou menos três horas durante a noite, dia sim, dia não. Ontem recebí a conta da Cemig referente ao mês de novembro: R$1.375,00. Ou seja, vou ter que vender parte do meu gadinho para pagar a conta. Agora, os especialistas dizem que para o pequeno produtor conviver com a seca é preciso ter um canavial e uma capineira para tratar do gado no período de estiagem. Como, se a Cemig não deixa e quebra qualquer um que ligar um simples desintegrador? Pelo que se vê, caso o governo queira mesmo diminuir os efeitos da estiagem na região, a primeira coisa que terá que fazer é diminuir a boca larga da Cemig em cima dos pequenos produtores (e dos grandes também), caso contrário tudo será mera demagogia e dinheiro jogado fora. Por sinal, o presidente da AMAMS, Valmir Morais, lembrou muito bem deste problema em recente pronunciamento à imprensa local. E ele conhece bem a situação, pois também é produtor rural.Fica aí o alerta para os nossos políticos para que assim eles não venham com simples medidas paliativas e que não resolvem o problema.
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