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Mensagem: A pré-campanha é dos vices<br><br>Waldyr Senna Batista<br><br>Esta vai ser uma pré-campanha diferente de todas as outras. Deverá girar em torno de nomes para vice-prefeito, já que os candidatos a prefeito são os que vêm sendo falados, todos eles já em campanha aberta. Como eles são os donos das legendas pelas quais irão disputar, é mínima a possibilidade de cisões internas capazes de alterar substancialmente o quadro. Nomes novos não surgirão.<br>A única dúvida é quanto ao papel a ser desempenhado pelo deputado Rui Muniz, que não terá legenda. O ex-prefeito Jairo Ataíde tem dito que não abrirá mão da prerrogativa que lhe cabe como senhor absoluto do partido Democratas e controlador indireto do PSDB, sem contar legendas virtuais e de aluguel que pululam por aí na esperança de aproveitar migalhas eleitorais. A Rui Muniz restaria ser vice da chapa do DEM ou abrir dissidência, apoiando indiretamente candidato de outro partido. Ele é também dono da legenda do PR (Partido da república), que tem na presidência sua mulher, além de siglas minúsculas, num esquema que ele só poderá utilizar na eleição de 2012.<br>Fechado o círculo nesses termos, restam aos pequenos partidos procurar se valorizar, como vêm fazendo, com vistas à vaga de vice e como forma de obter reforço para a eleição proporcional, que elege os vereadores. Para isso estão surgindo das sombras siglas que se tinha na conta de arquivadas. Elas estão sendo ressuscitadas e artificialmente supervalorizadas até com apoio de certos setores da imprensa, que se esforçam em levantar a bola de pretensos candidatos que não têm sustentação nas urnas.<br>Não é o caso, por exemplo, do PT (Partido dos trabalhadores) que, até a prova das próximas urnas, tem menos de 5% do eleitorado, mas tem o atual vice-prefeito e é o partido do presidente da República. Pode ter carência de votos, mas, teoricamente, conta com respaldo nada desprezível. O problema do PT local é não dispor de liderança expressiva, que o faça crescer aproveitando a era Lula. Ao contrário, ele se divide e se subdivide, como demonstrou agora na renovação do diretório local, em que três grupos se digladiaram.<br>O pleito interno, em segundo turno, terminou em empate, contornado pelo critério de idade, sendo derrotado o grupo do vice-prefeito Sued Botelho. Se os dois outros se acertarem, ele dificilmente conseguirá manter o lugar de vice na chapa de reeleição do prefeito Athos Avelino. O nome de preferência de seus opositores é o de Marcos Maia, atual presidente da Esurb, que, em correspondência a propósito do artigo da semana passada, confirma essa resistência ao vice-prefeito, mas nega que esteja alimentando a pretensão de substituí-lo na chapa. Ele utiliza expressão típica de candidato potencial, ao dizer que “tal decisão não será de caráter pessoal”, embora “seja uma honra ter nosso nome lembrado por militantes do partido”. Curiosamente, ele assina a carta identificando-se em carimbo como “presidente da Esurb e militante do PT”.<br>Além desses questionamentos internos, o PT sofre pressão externa do PTB (Partido trabalhista brasileiro). Na reunião realizada no último domingo, os petebistas não deixaram por menos: não só querem o lugar de vice na chapa do atual prefeito como declaram que ele não encontrará pessoa mais qualificada para essa função em nenhum outro partido. E, como já foi dito aqui, sabe-se que o PTB já teria grantido apoio financeiro para a sustentação da campanha de reeleição do prefeito.<br>O clima na reunião, segundo o reduzido noticiário da imprensa , foi de grande euforia, não tendo faltado nem mesmo pronunciamento do reitor da Unimontes, Paulo César Almeida, que discursou assumindo postura de palanque, ao defender a reeleição do atual prefeito. Usou até expressão de qualidade discutível, em se tratando de ocupante de cargo tão qualificado, para reiterar posição de militante do PTB. Teria dito: “Sou PTB com (*)”.<br>Recorde-se, a propósito, que na eleição municipal anterior, o atual reitor da Unimontes apareceu no programa eleitoral do PP na televisão recomendando a candidatura a prefeito do deputado Gil Pereira, que havia tido importante influência na sua designação para a reitoria, ato assinado pelo então governador Itamar Franco. Nos primeiros anos do primeiro mandato do reitor, o deputado do PP tinha forte presença na Unimontes, mas foi sendo alijado, enquanto o PTB cresceu nas ações políticas relacionadas com a universidade.
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