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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 22 de setembro de 2024
 

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Mensagem: DOM JOÃO VI

Há poucos dias escrevi sobre o nascimento de Jesus Cristo, fixado arbitrariamente pela Igreja como sendo no dia 25 de dezembro, data que se firmou em presença dos mil anos de estagnação da evolução da humanidade, ocorrida durante a Idade Média. A Igreja, com sua força e poder incontestáveis, punia até com o sacrifício da vida, aos que ousassem contestar as suas decisões.
Não tão diferente é a situação da questão monárquica brasileira. Por pressão das forças armadas, dos que implantaram a República sem ouvir o povo, as Constituições Federais brasileiras, anteriores à de 1988, todas elas, proibiam quaisquer manifestações favoráveis à monarquia, ou elogiosas aos seus membros. Monarquia que deu a este País a sua unidade territorial, lingüística e a sua independência. Imposição tão desumana quanto as ações inquisitoriais da Igreja durante a Idade Média, ações tão absurdas que levaram o Papa João XXIII a ter a coragem e a humildade grandiosa de pedir perdão à humanidade.
Leio, em O GLOBO, edição de 23 de novembro em curso, da lavra de Luiz Carlos do Amaral, que “por ocasião das comemorações do bicentenário da chegada da Família Real portuguesa ao Brasil, seria oportuno e de inteira justiça a mudança do nome de Praça Quinze de Novembro para Praça D. João VI. Esse logradouro carioca nada tem a ver com a proclamação da República e foi o local do desembarque de D. João VI ao Rio e da sede do seu reinado por 13 anos, no Paço Imperial, felizmente tão bem preservado. A homenagem seria ainda um desagravo pelo injusto deboche suscitado pela sua figura e eventuais fraquezas, em livros, filmes e reportagens, fazendo esquecer que, sob o seu reinado e por suas ações, o Brasil deixou de ser uma colônia atrasada e explorada para se tornar uma nação independente, um ano após a sua partida e por sua incontestável influência”.
Há os que, nesta Terra de Santa Cruz, aplaudem a República, sem analisar os seus males, a sua instabilidade institucional no correr dos seus mais de cem anos de corrupta existência. O Estado da anarquia que, na fala insuspeita de Emerson Rios, “convive com vários grupos que atuam à margem da lei, sem que o Estado nada faça para impedir a sua atuação”.
Cumpre ser lembrado que a vinda da Corte Portuguesa para o Brasil, não se constituiu tão somente como uma conseqüência da invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão.. Ela já era prevista anos antes, como lembra Luis Norton em seu livro A Corte de Portugal no Brasil (São Paulo, 1938:15-16). Escreveu ele que “já em 1801, materializado o avassalamento napoleônico da Europa, o Marques de Alorna afirmara numa exposição ao Príncipe: ´Vossa Alteza Real tem um grande império no Brasil, e o mesmo inimigo que ataca agora com tanta vantagem talvez trema e mude de projeto, se V.A.R. o ameaçar de que se dispõe a ser imperador naquele vasto território adonde pode facilmente conquistar as colônias espanholas e aterrar em pouco tempo as de todas as potências da Europa´
A história registra que, quando Portugal foi invadido pelas tropas de Junot, a família real portuguesa embarcou para o Rio de Janeiro. Ao chegar ao Brasil, D. João declarou livres as indústrias brasileiras e abriu os portos do Brasil ao comércio estrangeiro. A D. João VI deve-se a fundação da Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro. Em seu reinado registraram-se importantes movimentos militares, que proporcionaram a ampliação de nossas fronteiras.
A proposta de homenagem a Dom João VI é justa e merecida. Que o povo brasileiro saiba, como o Papa João XXIII, pedir perdão à Família Imperial brasileira pelos erros já centenários de julgamento. Ela merece o nosso respeito histórico e somos o único País da América a possuir uma Casa Imperial.

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