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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 26 de novembro de 2024
 

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Mensagem: EU SONHEI QUE TÚ ESTAVAS TÃO LINDA…

O escritor Marques Rebelo inventor do jucapratismo no início dos anos 50, após uma homérica farra regada a White Horse no Cabaré de Sinval Amorim escreveu uma crônica em que dizia: o cabaré de Sinval fervilhava como um nigth club da Brodaway.
Nas noites montes-clarenses fervilhavam também o Cabaré de João Pena, sucessor do Cassino Minas Gerais e o cabaré de Chico Telheiro, esse na exótica rua Lafaiete, point da luxúria tupiniquim. Uma via de pecado!
Bem perto dalí, havia a casa do austero delegado de polícia, Tonico Maia. Vinda de Monte Azul para trabalhar nos afazeres domésticas da casa daquela autoridade, Conceição, Ção, como era chamada a morena que se fez querida pela família.
Lourival, jovem músico negro, alto, magro, cabelo cheio, sempre vestido de terno, perfumado conforme a moda da época, tocava a noite, no Cassino Minas Gerais e convivendo com boêmios cedo aprendeu a sorver generosos goles de conhaques.
O policiamento notuno das vias de Vênus, era feito pelos agentes Zé Idálio e Altininho. Os crimes, quase sempre cometidos a mando dos coroneis, ensanguentavam as ruas da cidada e eram executados na escuridão da noite. Matava-se três e deixava-se dois amarrados para o dia seguinte.
Lourival, apaixonara-se pela Ção, e tarde da noite vinha acompanhado de uma orquesta de boêmios, filhos da lua e das estrelas que com ele cantavam apaixonadamente à janela da morena…sonhei/que tú estavas tão linda/numa noite de raro explendor…
Tonico Maia, temeroso pelo destino da moça, proibíra o namoro. Imagine namorar com um homem que trabalha na noite e ainda por cima dado a bebida! O dito de Veríssimo é: como ser subjetivo sem ser injusto. Tonico dava conselhos mas, quem ouve sábias palavras se o coração, tem razões que a própria razão desconhece.
Lourival cantava repetidas vezes à janela da amada…sonhei/que tú estavas tão linda/numa noite de raro explendor Diz-nos Borges que: o tempo amplia o âmbito dos versos, e o coração de Conceição cedeu aos amores do seresteiro.
Sob as benções do sagrado sacramento do matrimônio se uniram para sempre Lourival e Conceição. Uma festança daquelas que dificilmente se verá outra!Vieram os notívagos, os músicos, os familiares dos nubentes.
Naquela noite, os notívagos brindaram à união. Aí, o Cabaré de Chico Telheiro, fervilhou como um nigth club da Brodaway. E a música que iluminou os corações foi…
Eu sonhei que tú estavas tão linda/Numa festa de raro esplendor/Teu vestido de baile lembro ainda/Era branco, todo branco,meu amor/A orquesta tocou umas valsas dolentes/Tomei-te aos braços, fomos bailando/Ambos silentes/E os pares que rolavam entre nós/Dizem coisas, trocavam juras/a meia voz/Violinos enchiam o ar de emoções/E de desejos uma centena de corações/Para despertar teu ciume/Tentei flertar alguém/Mas tu não flertaste ninguém/Olhavas só para mim/Vitorias de amor cantei/Mas foi tudo um sonho, acordei…

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