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Mensagem: Venho aqui, que freqüentei e freqüento. Sou destes dias, mas vivo em outros mundos, em outros tempos, outras noites; nos livros antigos vivo, em páginas passadas. Talvez um refúgio, para não ver o que, desolados, temos que ver.Volto hoje porque li na página velha, onde a palavra quase é quasi que se escreve, belíssimo poema. Na letra de um menino antigo, hoje esquecido. Estudou Português com um Poeta Romântico, estudou Latim, Francês e Inglês, Matemática também. Com 12 anos, foi aprovado ´plenamente´ em Português, Inglês e História, ´simplesmente´ em Francês, e com distinção em Inglês e Geofrafia. Doze anos ele tinha. Aos 17, fez esta maravilha que aqui me traz:´Desse Deus as tintas de uma auroraE as tintas do arrebol,O casto azul que os céus tinge e colora.E toda luz do Sol;Desse-me Deus tudo isso que eu, cantando,Pediria uma pena ao rouxinolMelodioso e brando.E com a tinta e com a pena escreveriaAssim muito de leve(E com a minha melhor caligrafia)Na brancura de neveDesse teu peito casto e sedutorAs quatro letras da palavra - AMOR´Se me perco em versos assim, deste mundo de agora não querendo ver, é porque minha alma, toda ela, recusa o mundo que aí está.Perdoai-me o erro das palavras, da grafia e tudo mais, pois lendo coisa antiga, já não sei onde uso o chapeuzinho e que palavras, para dizer a mesma coisa, trocaram o i pelo e.Naquele mundo desejo voltar, recomeçar, para com todos, todos, fazer um novo fim, disse Chico.O poeta de 17 anos que me trouxe, e me chama, é um dos mais altos do vosso País. Contudo, como tudo, também é esquecido.Chamou-se pelas águas Afonso Henriques da Costa Gyuimarães, de 1870. Alegre, sadio, era dado a espasmos de retraimentos, e os outros meninos o chamavam - ´Afonso sonso!´.Preferiu chamar-se, ele mesmo, de Alphonsus, mineiro de Ouro Preto, filho de português e mãe mineira.- Ela era branca, ela era esbelta. Olhos marinhos, fronte ideal de celta, Mãe futura de pobres trovadoresPartiu aos 49 anos. Quase todo o tempo viveu no arrebol, embarcado já no poema aí de trás.(Depois, se permitirem, irei contando toda a história. Vou de volta, recuo ´ao casto azul que os céus tinge e colora´. Tenho muita pressa e não retocarei o que escrevi. Depois, se permitirem, isto farei. By)
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