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Mensagem: Montes Claros termina uma semana e começa outra de maneira diferente. Deferente para pior. Mais triste. Montes Claros perde o presente que a cidade de Coronel Murta lhe deu, o Pe. Murta. Padre Murta conseguia conviver com a sabedoria erudita das melhores escolas européias por onde passou com a profundidade da sabedoria sertaneja. Era, conforme se identificava, filósofo para os ´sabidos´ e ´capiau´ para os ´capiaus´. Lembrava ele que gostava mais de ser ´capiau´. Neste gosto de expressão de sabedoria e relacionamento, costumava chamar as pessoas de maneira carinhosa de ´capiau´. Era uma maneira de, do alto de sua formação, se fazer pequeno como os seus pares sertanejos de quem jamais se afastou. Tinha na autenticidade sua grande marca. Era lógico e direto. Não me esqueço, em certa ocasião, dentro da sala de aula, quando afirmou de maneira categórica: ´não tenho que viver em miséria, nunca fiz voto de pobreza . . .´ cada vez que falava surpreendia a todos com seu conhecimento e autenticidade. Dizia que que somente ouvia o que lhe interessava. Seus ouvidos não tinham passagem para palavras sem proveito. conhecedor profundo do latim, causou espanto e admiração ao criticar o conteúdo da expressão contida na bandeira de Minas Gerais, que segundo sua visão, foi um ´esbanjamento idiota´ do latim para causar impressão. Segundo o Pe. Murta, a expressão LIBERTAS QUAE SERA TAMEN, significa literalmente LIBERDADE AINDA QUE TARDIA ENTRETANTO. Precursor do ensino de filosofia em Montes Claros, educador por vocação, era um crítico ferrenho dos métodos utilizados para levar o conhecimento. Somente concebia a possibilidade de educar alguém ensinando-lhe as noções de lógica. Pe. Murta vai deixando a todos com uma dúvida: Quando surgirá outro Pe. Murta?
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