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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 20 de setembro de 2024
 

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Mensagem: HERÓICOS CAMINHONEIROS

Os caminhoneiros de antanho trouxeram o progresso para o nosso Montes Claros. Indo e vindo por estradas de terra e lama, caminhos apertados, cortando riachos, córregos, subindo e descendo ladeiras, levando o nosso gado, a nossa mamona e trazendo os bens de consumo dos grandes centros.
Por aqui crescemos ouvindo estórias de caminhoneiros e suas aventuras. As longas viagens de Chico Coutinho transportando feijão, Argemiro e Clarindo de Sá vindos de Mato Verde. Aristides Souza, das poeirentas estradas de Porteirinha, Bolívar Batista, o Bola, Carrinho Domiciano, homens de bem.
Zé da Gata contava causos da Segunda Grande Guerra, pois, ele era ex-combatente, falecido recentemente. No L-16 Horação Paulista viajava acompanhado da esposa e no FNM de Bolívar encontrava-se um caminhoneiro destemido e corajoso. Lorim e sua buzina-gaita de oito foles tocando Asa Branca serra abaixo, nos encantava.
Manoel Seriema no seu FNM com a gaita de seis foles tocando Pisa Na Fulô.
Além desses, Zizí Leite, pai de Artur Leite, Alaô, Rolim e os V-8 Buldog, Santim de Buriti Grande e Djalma de Freitas, começando a vida como caminhoneiro.
Na lida da estrada, o caminhoneiro era como um jornalista, repórter das novidades, do progresso. Era mecânico, enfermeiro, padioleiro e servia como anjo da paz quando apartava os conflitos de estrada. Transportava mesmo pacientes para consulta médica, tratamento e internamento. Pessoas recém-operadas, dirigindo de mansinho para não abrir os pontos.
O caminhão era ambulância, rabecão, rádio patrulha, carro fúnebre, palanque político. Transportava até casais em plena lua de mel!
O motorista de caminhão tinha status era sempre bem chegado, recebido carinhosamente principalmente no lar. Viajando sempre com um ajudante e carregando na boléia um aprendiz de direção, levava vida de príncipe.Conduzia policiais em diligência pelo sertão, parteiras, até soro antiofídico para atender alguma emergência de estrada, quando alguém era mordido de cobra.
O caminhoneiro era visualizado na linha do horizonte, com alegria. Trazia contentamento e progresso, um homem respeitado.Havia o Ford Roquete de Inácio, de Baixa R. de Zé e João Brejeiro, de Lero, que morava na Praça da Matriz e alugava bicicleta para um volta na praça a cinqüenta centavos, que marcaram época.
A todos os que aqui foram lembrados, verdadeiros heróis, aos que não foram citados por lapso de memória ou por exigüidade de espaço, aos ajudantes de caminhão, aos modernos caminhoneiros montes-clarenses, paus para toda obra, os nossos cumprimentos e o nosso reconhecimento pelo seu reconhecido e valioso trabalho, árduo e sacrificado, artífice do desenvolvimento comercial da nossa cidade.

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