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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 24 de novembro de 2024
 

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Mensagem: MESTRES GARÇONS, E GRAVATAS BORBOLETA.

O garçom está presente na história de qualquer comunidade. Tradicionalmente, é aquele que atende e serve em eventos, comemorações, boates, bares, restaurantes, clubes e similares.
De avental limpo ou quase limpo, com logotipo ou grife na lapela, de terno preto, branco, de smoking com gravata borboleta e de cadarço. Quase sempre bebe muito, contagiado pela verve da noite ou pela mística romântica do ambiente já que trabalha no local onde as pessoas se divertem.
Faz escola entre os habitués, gente que sabe da noite e das coisas, malandros ou não do pedaço. Como cobra criada em Butantã, eles se tornam, e quase sempre, cobras criada! Nos Montes Claros de antanho, alguns garçons fizeram história.
Muitos com olhos inchados, outros vermelhos, alguns esbugalhados de ressaca, de fogo mesmo, como conseqüência do sono perdido por completo e de noites mal dormidas pegando no trampo.
Lacerda, que veio do Rio de Janeiro, inovou e lançou os filés A Parmegiana e À Cubana. Montou o Restaurante Intermezzo, que foi vendido para Olimpinho. Macedo e Madame, um casal que criou e popularizou o Baião de Dois no seu restaurante A Palhoça, na Vila Ipê.
Outro que fez história foi o Mestre Cuca com a sua canja com torradas. O restaurante Redondo tinha o garçom Sílvio, O restaurante Mangueirinha o Zé Brejeiro, havia também o Chininha e o Pedro, assim como o Mário que atendia no Clube Montes Claros.
No Hotel São Luiz, servia o Bené, o Fernando, Abel, no restaurante do Automóvel Clube, e Robertão e Jair, no Bar Montanhês. Vivaldo Tip Top, era garçom de luxo, servia no Palácio do Planalto em Brasília-DF. Lidava com JK, Oscar Niemayer e outros famosos.
Careca e seu irmão Vivaldo, assim como Viana, irmão de Analha, atuavam na noite. Tony Buck Jones, Alfeusão e Paraíba, na boate Papilon, Pedro Boca Rica, Mário Capivara, Pedro Folha Santa e Zezinho, irmão de Maçarico.
Geraldo Monte Azul, na sinuca do Augustão, Salvador Bocão e o seu irmão Ninim, Abel, Tone Leite, Zé Barriquinha, Enéas, Domingos, Geraldo e Chapinha que atendiam a festas e eventos particulares.
E o restauranteur Valério, O rei dos jantares de confraternização, todos inventados por ele para dar movimento à sua casa, do Restaurante Valério, que só servia a celebridades e ricos nas mesas de sua casa com as mesas forradas em tecido branco, engomado.
Outros mestres garçons que a memória nos trai a lembrança, e todos os outros que por exigüidade de espaço, não foram citados, assim como os modernos garçons, profissionais ou amadores, que atendem gentilmente e servem na labuta diuturna dos nossos Montes Claros, o nosso respeito, a nossa homenagem, com as nossas desculpas.

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