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Mensagem: Beto Viriato A cidade perdeu, no dia de São João (24.06.2008), uma das figuras marcantes de nossa cultura popular, Alberto Afonso de Oliveira, da família Gonçalves de Oliveira, relacionada na genealogia do historiador Hermes de Paula. Beto Viriato, ou Betão do Trator, ou Beto do Rebentão etc., era pessoa muito querida, em nosso meio social, e batalhou pela preservação de nossos costumes e tradições. Seu falecimento, aos 74 anos de idade, repercutiu dolorosamente em Montes Claros, seu torrão natal a que muito serviu e amou. Beto pertencia à estirpe dos Viriatos, um numeroso tronco familiar estabelecido nas terras férteis das fazendas Guiné, Rebentão dos Ferros e Baixa, desde o Século XIX, e que devia seu apelido ao patriarca Viriato Gonçalves de Oliveira, que veio de Espinosa e era casado com dona Amélia. Os descendentes deste casal de pioneiros se multiplicaram e são encontrados por toda parte. Muitos brilhando na vida, como os bisnetos: senador Carlos Patrocínio e sua irmã Felicidade, Maristela Kubitschek, Ângela Zimbardi, o cantor Fernando Ângelo, Carlos Marly Abreu, Wagner Gomes, Itamaury Telles, Vinícius Gomes (Tuca Porreta), secretário João Rodrigues, da Cultura, para falar só de bisnetos. (Conheço esse pessoal porque me casei com uma bisneta, Maria do Carmo, e sou pai de três tataranetas.) A lista dos tataranetos ilustres se encontra em formação, para reconhecimento futuro e aplauso. Beto se orgulhava muito de seus parentes e recebia, em retribuição, o carinho e apreço de todos, que viam nele um baluarte da tradição familiar dos viriatos. Trata-se de gente de boa índole, convivente e ordeira, que tem se dedicado, de corpo e alma, ao trabalho na gleba. É de grande importância sua participação no crescimento de Montes Claros, no comércio, na indústria, na vida social e esportiva. Tem marca registrada, conhecida nacionalmente pela excelência de seu produto, a afamada cachaça Viriatinha que, sem o braço de Beto, passou aos cuidados da quarta geração de fabricantes. Ele se notabilizou como seresteiro, que cantava no grupo de serestas João Chaves; como acordeonista que embevecia o público, na execução de canções queridas, como Zíngara e outros sucessos. Também era exímio dançarino de salão, cantador de aboios e dançador de guaiano e lundu. Participou de diversas excursões destinadas a divulgar, pelo Brasil afora, as belezas de nosso patrimônio musical e folclórico. Acrescenta-se a essa contribuição pessoal, sua oceânica simpatia, fortalecida pela fidalguia no trato, por sua convivência amena e civilizada, herdada do berço, razão maior de seu prestígio. Embora galante e cortejador do belo sexo, Beto Viriato nunca se casou e morreu celibatário. Poderia ser amantíssimo esposo e pai, se tivesse optado pelo matrimônio. Parece que não deixou descendente. Deixou, sim, imorredoura saudade de todos que pranteiam seu desaparecimento.
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