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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 20 de setembro de 2024
 

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Mensagem: DUAS HISTÓRIAS LIGEIRAS

Primeira história: Relatamos o nobre montes-clarense Alexandre Lopes que nos bons 1970 enquanto a seleção Canarinho ganhava a Copa do Mundo em Guadalajara no México, ex-nadador e atual comerciante João preparava uma viagem comercial à vizinha cidade de Espinosa.
Naqueles tempos, a buraqueira fazia da viagem uma aventura, fora o perigo de se ficar sozinho à noite, com o carro quebrado, fez com que João procurasse um companheiro para a viagem. Encontrou o fazendeiro Quinca Queiroz, para sua companhia na empreitada.
Após o abastecimento do veículo os dois tomaram uma dose de conhaque para dar sustento e pé na estrada. Já levando a primeira poeira no rosto, João perguntou: de que nós vamos falar durante a viagem Quinca? O compadre Quinca respondeu na bucha: do melhor assunto do mundo. A vida alheia! E arrematou: pois a estas alturas a nossa vida tá na boca de todo mundo!
E assim transcorreu a viagem de parada em parada, de dose em dose, de prosa em dois dedos em prosa. João resolveu o que tinha que resolver em Espinosa e logo voltaram para a terrinha. As línguas estavam emboladas de tanto falar do alheio, às orelhas dos falados pegando fogo!
Vez por outra se ouvia uma interjeição: Virgem compadre, você tem certeza disso? - Então o homem é ladrão mesmo! - Isso vai dar cadeia. – e até agora ele ainda não sabe? Já avistavam Montes Caros, coração robusto do sertão, quando Quincas pediu uma parada.
Teatralmente botou as mãos na cabeça e João Galo perguntou: o que é que teve meu compadre Quincas? Ele respondeu: passamos-nos a viagem falando da vida de todo mundo e não falamos da vida do mais importante de todos! João perguntou: e quem é esse que esquecemos? Quincas em cima do pedido: de Darci!
João retrucou: vamos abastecer no posto do Max mim e fazer uma viagem completa só para falar desse aí!
Segunda história: Gordo herdeiro, fazendeiro só de chapéu e canivete na cintura, passava a vida tomando cachaça e esperando que o velho pai, líder político e agro-pecuarista viesse a bater as botas deixando as herdades adquiridas, ilicitamente, com a construção da estrada de ferro.
Como o pai não morria, resolveu candidatar-se e se elegeu prefeito da sua cidade natal à sombra do nome do paterno. Com a grana dos cofres públicos já nos bolsos, foi para São Paulo travar conhecimento com o mundo moderno e com políticos de projeção.
Passando pelo centro da capital paulista acompanhado de um assessor político de Jânio Quadros, parou em frente a um canteiro de obras cercado por estacas com baldes vermelhos nas pontas postos ali como advertência aos pedestres e como contenção dos mesmos em face ao perigo dos buracos.
Retirou da carteira uma nota de cinqüenta cruzeiros e a colocou dentro de um das baldes. O assessor político, sem entender o porquê perguntou entre assustado e hilário o motivo do gesto daquele prefeito curraleiro. Ele respondeu no alto da sua prezopopéia: eu sempre contribuo regiamente para as campanhas da Emobrás!
No balde, estava escrito EM OBRAS.
Ele imaginou que a presença das baldes (muito embora os mesmos estivessem de boca para baixo, postos nas pontas das estacas delimitadoras) indicava, ou sugeria o recolhimento de contribuição em moeda corrente para uma suposta organização de auxílio a necessitados, feita a nível de governo.
Era o delírio de um homem da roça na metrópole!

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