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Mensagem: Catopês, Marujos e Caboclinhos de Montes Claros estão de luto. Acaba de falecer no Hospital São Lucas o mestre dos Caboclinhos, Joaquim Poló, aquele que sustentou esta tradição entre nós nos muitos últimos anos. Tinha um câncer, descoberto pouco antes das últimas Festas de Agosto. Desfilou com a doença, empunhou a Bandeira na entrada da Praça Dr. Carlos, ignorou toda dor, e sustentou o seu grupo até o fim. Ao final do cortejo, deu a um mais precisado do que ele o único remédio para dor que tinha. Não sabia que seria, para ele, o último ano das festas. Seus companheiros sabiam. Estão órfãos aqueles meninos todos, com voz de anjo e terno coração, que dentro de um mês sairão de novo pelas ruas, para manter a tradição. Terão novo chefe. É Dinzão, 16 anos, se tanto, tocador e viola e rabeca, o filho escolhido pelo pai, para sucedê-lo. A cidade amanhã sepulturá um dos beneméritos da sua cultura. Joaquim Poló. Muito se ouvirá falar desde pedreiro que foi pai amoroso de gerações de Caboclinhos. Que alimentava a todos, às vezes sem um tostão no bolso. Bom Joaquim Poló. Quando virem passar pelas ruas, em agosto, os Caboclinhos de Joaquim Poló levantem-se todos. Desfilará entre eles a lembrança de um Homem impecável.
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