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Mensagem: Os moradores da localidade de Santana do Mundo Novo, a cerca de 30 quilômetros de Montes Claros, atestam que é trabalhadora e honrada a família de Nilson Ferreira de Souza, de 32 anos, morto por atiradores de elite da polícia portuguesa numa tentativa de assalto a banco em Lisboa. O caso chocou Portugal e fez deslocar para M. Claros, ontem, o repórter da Rede de Televisão Portuguesa na América Latina, sediado no Rio. A família de Nilson, profundamente sentida com o episódio, resguarda-se de falar com a imprensa e espera a chegada de uma filha que mora em Cuiabá, Mato Grosso, nesta segunda-feira. O assunto, de tão banal como está generalizada a violência, não provoca em Montes Claros a comoção que ocorre em Portugal, país de baixo índice de criminalidade. Neste domingo, durante todo o dia, repórteres de jornais e da TV portuguesa procuravam com insistência informação em Montes Claros.Os moradores de Santana, logo depois do trevo de Glaucilândia, mas no município de Juramento, afirmam que a família do patriarca Graciano, lavrador pai de oito filhos, agora 7, é do trabalho. O povoado formou-se com a construção do lago que abastece M. Claros de água, pela Copasa. As famílias atingidas pela inundação foram transferidas para lá.Nilson era o terceiro filho. O primeiro, de 36 anos vítima de paralisia infantil, movimenta-se com dificuldade pela casa e todos são muito estimados pelos moradores da vila, que reúne cerca de 190 eleitores, em Juramento. . Outro filho mais novo mora, de maneira legal, em Portugal. Nilson, de quem todos se lembram e falam bem dos seus tempos de Santana, deixou a região na década de 90 e foi trabalhar como lenhador em Cuiabá e, depois, numa churrascaria. Os irmãos – visitados por ele há dois anos - achavam que ainda se encontrava na capital do Mato Grosso, quando, chocados, foram surpreendidos pelos acontecimentos em Lisboa. Unidos, procuram preservar a saúde do velho pai trabalhador, que tem marca-passo no coração e sofre muito com os acontecimentos dos últimos dias. O corpo do filho deverá ser entregue ao irmão que reside em Portugal, e sepultado lá mesmo. A família não é capaz de compreender o que aconteceu, dado o passado honrado de todos os filhos, trabalhadores rurais, sem nunca terem registrado qualquer falta na esfera da polícia.Em Portugal, a notícia existente nesta noite – depois de revelada, à tarde, a troca de identidade entre os dois acusados – é de que Nilson chegou ao país há cerca de um mês e meio. O repórter João Pacheco de Miranda, da Rádio e TV de Portugal, RTP, de 56 anos, viajou 1300 quilômetros, entre ontem e hoje, para levantar dados em Coronel Fabriciano (cidade natal do segundo acusado, que sobreviveu aos tiros da polícia de Lisboa) e Montes Claros. É ex-professor da Escola Superior de Jornalismo do Porto, na cadeira de TV, e realçou com sua presença numa viagem longa o interesse da população portuguesa em saber todos os detalhes da tentativa de assalto e dados sobre os brasileiros envolvidos. O rapaz de Coronel Fabriciano, de 23 anos, que foi declarado fora de perigo pelos médicos, continua hospitalizado e teria uma namorada na sua cidade natal, para onde pretendia voltar. Esta teria sido a razão do assalto, frustrado pelos atiradores de precisão da polícia de Lisboa.
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