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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 22 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Montes Claros revive de hoje a domingo festival de cultura popular com concentrações e desfiles de grupos folclóricos
Luiz Ribeiro

A partir de hoje, a alegria dos grupos de catopês, marujos e caboclinhos toma conta das ruas de Montes Claros, no Norte de Minas. Eles são os principais astros das centenárias Festas de Agosto, que vão até domingo, atraindo centenas de visitantes, estudiosos e pesquisadores da cultura popular. Depois de vários anos realizadas na Praça da Matriz, as festividades retornam ao seu local original, na Avenida Coronel Prates e na Praça da Igrejinha do Rosário, no Centro.
O Reinado de Nossa Senhora do Rosário, dominado pelas cores azul e branco, sai hoje, às 9h, da Praça do Automóvel Clube em direção à Praça da Igrejinha do Rosário. À noite, haverá o levantamento do Mastro de São Benedito. Amanhã, às 9h, sairá o Reinado de São Benedito, com as cores branco e rosa. No sábado, haverá o desfile do Império do Divino, com domínio da cor vermelha. Domingo à tarde, será realizado o Encontro de Ternos de Congado, com a participação de grupos folclóricos de outras regiões de Minas. O cortejo sairá da Praça da Matriz em direção à Igreja do Rosário.
Devido às festas, o trânsito será interrompido na Avenida Coronel Prates, que ganhou uma decoração inspirada no colorido das fitas dos capacetes e roupas usadas pelos catopês. No mesmo local, à noite, acontecem apresentações artísticas. Além disso, os visitantes podem saborear as iguarias da região, com destaque para a carne-de-sol, servidas nas barraquinhas.
As festividades são realizadas há 168 anos, tendo como principais astros os catopês, pessoas simples como pedreiros, serventes e carroceiros, que nesta época do ano deixam seus afazeres para se dedicar à devoção. Ao todo, são seis grupos, incluindo os caboclinhos e marujos.
HISTÓRIA O escritor e historiador Haroldo Lívio conta que as festas nasceram a partir da religiosidade dos negros. Primeiro, surgiram os catopês. Em seguida, apareceram os caboclinhos, que representam os índios, juntamente com os grupos de marujos, herança da cultura portuguesa.
De acordo com o escritor, há cerca de 40 anos, as Festas de Agosto correram o risco de acabar. Mas, foram mantidas graças ao empenho do falecido médico e historiador Hermes de Paula, que também registra como surgiu a tradição no livro Montes Claros, sua gente, sua história e seus costumes. “O Doutor Hermes, com recursos próprios, bancou as Festas de Agosto e evitou que elas desaparecessem”, afirma Haroldo Lívio.
O historiador destaca a importância da preservação da tradição. “As Festas de Agosto representam a identidade cultural de Montes Claros. Se as festas acabarem, a cidade fica sem alma”, avalia o escritor. Por outro lado, ele lembra que hoje a tradição é preservada com o apoio do Poder Público.

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