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Mensagem: Acabo de consultar o ´oráculo´ de Montes Claros, enciclopédia que passeia sua bonomia entre todos.
Pois nem Haroldo Lívio sabe a origem da igrejinha de São Marcos, esta que a cidadania e a fé estão reerguendo além destas penhas que chamamos de montes claros, a oeste.
Haroldo sequer esteve pessoalmente na igreja.Chegou aqui, para estudar, vindo de Brasília de Minas, nossa amorável Contendas, no início dos anos 50, e relata que ouviu dizer que a ermidinha era palco de uma festa anual de Montes Claros, festa vigorosa, para onde se deslocava a população, e que depois tristemente caiu em desuso.
Coisa de ´antanho´ - reforçou. Corri ao dicionário, pai nosso de todos os dias, e li, lá: antanho - ´nos tempos idos; antigamente, outrora´.
Isto reforça a idéia de que a igrejinha, que sobregoverna a fé e a vida além dos cimos que dão nome aos montes claros, a igrejinha está ali fincada e atenta aos nossos ´austeros píncaros serranos´ há coisa de um século, talvez mais.

Alvíssaras!!

A boa nova deve ser comemorada, pois são jovens - frequentemente acusados de depredar a natureza, com suas motos e jipes -, que estão - muito ao contrário - recuperando um patrimônio que pertence a todos.

Estabelecem um marco na nossa história.
Pessoas de boa vontade que se unem para favorecer o rebroto de um valor incomum, que ameaça extinguir-se.
A notícia, levantada aqui neste mural por atento frequentador, presenteou-me a semana, que já trouxe este infinito céu azul. Vou lá, rever a igrejinha que conheci, montado a cavalo, na garupa de meu pai - Deus o tenha.
Por ele, por todos, rezarei o Pai-Nosso, justo na ermida tão parecida com a de São Damião, onde um certo Francisco ofereceu-se (´Senhor, que queres que eu faça?) e ouviu a voz, que ordenou - ´Vai, reconstrói a minha igreja´, - e não exatamente a de pedra e cal .

Sim, há esperança, ainda.

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