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Mensagem: O empreguismo na administração públicaEm relação à matéria publicada pelo Estado de Minas e reproduzida neste espaço, sobre a ação civil pública com pedido condenação por improbidade administrativa contra o atual gestor e dois ex-prefeitos de Montes Claros, por conta da contratação de funcionários sem concurso público,considero que o fato considera uma importante iniciativa do Ministério Público do Trabalho e Ministério Público Estadual contra aquilo que virou um mal na administração pública no Brasil: o empreguismo na administração pública. A Constituição brasileira, que completa 20 anos no próximo dia 5 de outubro, determina que admissão no serviço público, somente por concurso público. Mas, nem a nossa Lei Maior conseguiu acabar com a prática irregular. O empreguismo na administração pública no Brasil virou uma coisa corriqueira. A questão é cultural e advém dos vícios que dominam a nossa política. O Brasil é um dos campões mundiais de nomeações na gestão pública. São mais de 19 mil cargos na esfera federal. Basta lembrar que o atual governo criou um número recorde de ministérios, procedendo o chamado “aparelhamento” pelo partido que está no poder central. Enquanto isso, o nosso presidente goza de recorde histórico de aprovação, o que demonstra que os brasileiros não estão nem aí para a questão do empreguismo. E não se preocupam com a questão porquê? Não se preocupam porque aqui prevalece a lei do interesse próprio, com quase todo mundo sonhando com um emprego público . Em Montes Claros não é diferente. Aqui, cada prefeito que entra, ainda em sua campanha, é assediado com gente sonhando com um cargo em seu futuro governo. Quando assume, tem que cumprir os “acordos” com os partidos. E uma das questões que valem nesses acordos é exatamente o “aproveitamento” dos seus filiados e “ideologistas”, independente se a Constituição proíbe ou não as contratações sem concurso público. Mas, nas nomeações, a competência é apenas um detalhe. Valem outros fatores como a “ajuda na campanha”, o “peso da família”, o “espaço na mídia” ou parentesco com algum político importante. Assim, a Prefeitura de Montes Claros foi “inchando” ao longo dos anos, chegando a ter um número de contratados (não poderia ser apaniguados?) quase semelhante ao número de servidores efetivos: cerca de 4 mil. O ruim é que, seja qual candidato que vencer a eleição, acredito que não temos muita esperança de mudança. Pois, o que mais assistimos na atual campanha é uma luta de uns se esforçando para preservar seus empregos e de outros sonhando com uma “boquinha”. Tomara que eu esteja errado.
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