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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: A não ser pela imundície, pois propositadamente os candidatos passaram a lançar “santinhos” nas ruas desde ontem à noite, nas proximidades das seções eleitorais, é quase de indiferença o clima em M. Claros, nesta manhã de 5 de outubro. Não há grande movimento nas ruas e lentamente vamos chegando àquele clima de normalidade verificado nas eleições dos países mais adiantados. Um dia rotineiro. Lá, nos países ditos desenvolvidos, trabalham normalmente no dia de recolher os votos, com tudo funcionando rotineiramente. Aqui, antigamente para se votar, fazia-se até feriado. As urnas serão fechadas hoje às 17 horas e o TRE mineiro garante que todo o resultado sairá antes da meia-noite deste domingo. É provável que o resultado para prefeito e vereadores esteja fechado já às 22, ficando as duas restantes para a finalização de um ou outro lugar onde possa haver imprevistos. Voltando ao clima nas ruas de Montes Claros, nesta manhã. Há uma evolução nos costumes, sem dúvida, pois a escolha de prefeito e vereadores é ato corriqueiro, como nos países que chamamos de primeiro mundo. Lá, o funcionário (a palavra vem de função) encarregado de administrar a coisa pública municipal é um servidor de todos, um igual; não tem, nem de longe, o destaque desmesurado que aqui é dado ao “príncipe do momento”. O funcionário cumpre o seu papel, é reumerado parcimoniosamente, isto é, com moderação, e fiscalizado por todos, e não tem de nenhuma forma privilégios absurdos como os que encontramos com estes que parecem mais donatários de capitanias hereditárias. Nas recepções, nos locais públicos, é tratado como os demais, nós os que pagam o seu salário. Este quadro é ainda um pouco diferente apenas nos países de tradição latina, herdeiros da águia imperial romana – onde o cargo, este sim, é muito bajulado e chaleirado pelos áulicos, que nunca se cansam, apenas se revezam na função. É só viajar ao exterior para descobrir, com surpresa, que o cidadão ao seu lado, comportando-se sem afetação e presunção, é o prefeito da cidade, bem tratado como todos, mas como um igual. A tradição portuguesa dos reinados, do poder absoluto, totalitário, fez dos políticos nossos, por mais prosaicos, verdadeiros vice-reis de um tempo que felizmente está passando. Este tempo de deformação e de caricaturas tende a ser superado, e é bom que passe logo, para que todos se conscientizem de que o trabalho de administrar é tão honroso e simples como honroso e simples deve ser qualquer trabalho, desde o mais humilde e prosaico. Aliás, não faz muito tempo que ouvimos – “não existe trabalho humilde, o que existe é trabalho feito com humildade”. Que venham os novos tempos, com mais respeito pelo dinheiro público, pelo esforço comum, com menos suntuosidade cercando os delegatários do povo e seus apêndices. Eles não são nossos superiores, a não ser que possam, por merecimento, dar lições de sabedoria. São iguais, e muito iguais, aos seus eleitores, de quem deriva o poder que têm.

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