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Mensagem: DUAS DE PARAQUEDAS E DUAS DE BAIANEZ.Maroto, notório chofer de praça com seu Odsmobile preto, trabalhou na cidade de 1940 a 1990. Era também piloto de aeronaves, notívago e Don Juan tupiniquim. Tinha um Teco-Teco amarelo com o qual cruzava os céus de Figueira.Certa feita foi às Alterosas e trouxe o famoso pára-quedista Ricardo, um galã para fazer o primeiro salto sobre Montes Claros. O fato foi anunciado pelos quatro costados da urbe. No domingo marcado para o “show”, a população lotou o aeroporto local.A bruxa, entretanto, estava solta e quando houve o lançamento do pára-quedista um forte vento com redemoinho o arrastou para uma mata próxima. Uma pequena multidão de afoitos e campesinos locais correu para prestar socorro ao “homem show” e como não conheciam o local, nove deles caíram dentro de uma cisterna abandonada. O pára-quedista se salvou, mas nenhum curioso escapou com vida!Já em 1957, época da comemoração do Centenário da cidade, um avião Hércules da Força Aérea, com pára-quedistas, sob o comando do Tenente Álvaro, veio abrilhantar as nossas comemorações. A população delirava com a perspectiva do “show” e feitos os lançamentos novamente o vento do Romãozinho levou os pára-quedistas para longe. Foram cair na chácara de Joaquim Costa, onde hoje fica o Bairro Santo Inácio. Enroscaram-se no bananal existente no local e foram encontrados todos besuntados de banana amassada...Leônidas Lino, notório halterofilista com academia montada ao lado do campo do Ateneu, cheio de valentia e bazófia, por ter proteção de políticos para os quais prestava serviço de quebra-faca, costumava bagunçar nos lupanares após se encharcar de gole.Certa tarde chegou ao Bar Maravilhoso, “point” central dos cabarés de outrora em pleno centro da urbe. Lá bebia e abafava um estranho recém chegado, vestindo terno de linho branco, sapato furadinho no bico, lenço de seda no bolso do paletó, abotoaduras e prendedor de gravatas de ouro. Estava com a mesa cheia das melhores e mais apetitosas mariposas da noite.Leônidas chegou e logo enciumou em cima do galã baiano, recendendo a perfume “Nuit de Noel”. Beirou o homem, mexeu, desacatou, chamou para a briga. O dândi baiano se vendo pressionado pediu um cabide. Pendurou a camisa de seda, paletó e gravata. Tirou os adereços de ouro, o sapato de pelica e foi para fora para encarar a briga.Aplicou dois rabos de arraia no nosso Leônidas e o botou de cara no chão. Ficaram só as bolotas dos olhos brilhando, o resto se encharcou de pó. Ao se levantar, recebeu mais duas chaves de pernas no pescoço e capotou em definitivo no solo tupiniquim!O segundo coro aconteceu no Parque de Diversões instalado nos lotes vagos de Pedro Paulino, na rua General Carneiro, no bairro Morrinhos. Corria farta jogatina nas barracas ali instaladas e as cobras criadas da casa depenavam a população que se divertia arriscando um troco!Chega um caboclo moreno, mal vestido, de sandálias de tiras, jeito de roceiro. Na verdade, era um baianinho, cobra criada no Recife e Fortaleza onde quebrava qualquer banca de apostas. Conhecia todas as treitas e roubos em jogos de azar! Como começou a ganhar sem parar, os donos da espelunca chamaram os policiais a paisano, que davam segurança à noite.Detido sob falsa acusação, o baianinho, uma cobra criada, sabia o que o esperava e deu uma de sofredor abrindo o barreiro e pedindo à população para socorrê-lo. Flechou de gente em cima, atendendo aos gritos de desespero do pequeno homem que vendo seus braços soltos baixou a capoeira e deu a maior sova na dupla!Ai choveu amarra-cachorros, puxa-sacos, cupinchas, mas não deu nem para começar. O homem era uma autêntica cobra da vida. Deu muita pernada, distribuiu porrada a valer e, logo após, saiu correndo como uma ventania sem que ninguém o alcançasse.
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