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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 24 de novembro de 2024
 

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Mensagem: SERRA IBITURUNA: Nos anos 70, precisamente entre 72 e 76 formamos um grupo de pessoas para curtir e proteger a serra Ibituruna, que em tupi-guarani significa Pedra Negra. Um dos objetivos deste grupo era curtir a cachoeira, um local aprazível que enfeitava um dos cântaros ali existente; a serra nos proporcionava uma tranqüilidade impressionante, ainda longe da especulação imobiliária o clima era totalmente ecológico. A Pedra Negra era uma espécie de santuário, barulho não tinha, pois não existia sitios aos seus pés, não existia bairros próximos, apenas o Morada do sol com seus primeiros traçados de ruas e duas construções de casas, a do Sr. Zezé e a do médico Moacir Lopes o restante era só pastos. Este Grupo de pessoas era formados por jovens e adultos e era os adultos quem controlava qualquer excesso de carinho dos namorados, o respeito era primordial; mas num lugar afrodisíaco, quem não tentaria ultrapassar os limites? O mais importante as drogas passavam longe. Os jovens sabiam que a serra não era apenas o lugar onde a noite engolia o dia ou onde o dia iluminava a noite com seus primeiros raios, sabíamos que era um lugar de uma biodiversidade invejável, grutas lindas e de muita vegetação, mas era comum ver carroceiros desmatando para vender lenha para as padarias e residências, já que fogão à gás ainda era luxo. Muitas vezes este grupo subia a serra pelo o Melo, pegava uma trilha ia para o rio do morcego, fazenda Quebradas do Sr Pedro até chegar na fazenda do Sr. Antônio Viana para visitar e inconscientemente como os pré-históricos, pichar a gruta da Lapa Grande escrevendo nossos nomes, querendo dizer- eu estive aqui, mas uma coisa me orgulho todo o lixo gerado era trazido até nos Bois e jogado em um lixão próximo ao cemitério, daí a Prefeitura dava o destino final, que provavelmente era através do fogo; não sei. Outras vezes o caminho era outro, nascente do vieira na fazenda do Dr. Antonio Augusto Veloso , Palmito e Igreja de São Marcos e acampávamos à beira do córrego homônimo e o retorno pela trilha que saia justamente onde hoje está aquela imensa ferida da licenciada pedreira da Vila Oliveira. Depois terei mais tempo para falar da Serra Ibituruna onde as Sapucaias estão quase extintas, que me lembro ainda um ou dois exemplares e que não são respeitadas pelo o homem, para agonia da Sapucaia Mãe, aquela frondosa árvore atrás do campo do Cassimiro de Abreu. A tempo: nomes de alguns jovens e adultos da época: João José Rabelo, Raimundo Oliveira, Zé Guela, José Eustáquio Rabelo, Expedito Marques (USA), Dona Duca Prates, Dona Suti , Nadir de Moura (Araxá), Maria Alice, Betinha, Lindauria, Marina, Jorge Carvalho, Marcelo, Leslie Charles Scofield, Buda,Vicente (Chave de Fenda), eu e a minha ex-namorada que prefiro não citar o nome.

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