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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 24 de novembro de 2024
 

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Mensagem: A CIA MONTES-CLARENSE. Os “States” tem a CIA, os súditos da rainha o M -16, Israel tem a MOSAD, a Rússia a extinta KGB, nós, os filhos de Figueira, temos o Café Galo. “Point” central do comércio, política, políticos, jornalistas, lambões que escrevem e pagam para publicar, o “chas and hand” na hora, vendedores de rifas falsas e verdadeiras, olheiros, informantes, X9, lobistas. O lugar ideal para se soltar um balão de ensaio. Dali se ajuda eleger ou derrubar algum candidato a cargo público. Tem também a turma do “pm” que já urina no sapato. Álbum e painel exposto com fotos dos que estão perto de bater a caçoleta, dos que bateram recentemente e foram, no dizer do notável jornalista Teodomiro Paulino, para o andar de cima. Por aqui, se sabe em primeira mão, quem matou e quem morreu, como foi, onde, que arma foi usada, quem deu a fuga, quem organizou a via de fato, quem mandou e por que. Na fazenda de quem o criminoso está escondido, o celular deles. Quem deu o cano na praça e quem fugiu deixando o rombo em entidades, autarquias e empresas diversas. Quem é, e quem deixou de ser espada. E até quem virou o fio. As notícias vêm em espirais metálicas pelo telefone do Jadir Rodriques, o dono do pedaço, ou trazidas por profissionais que saem do plantão e passam por lá para comer o delicioso pastel curraleiro, o carro chefe da casa. No Café Galo, você fica sabendo quem está na tábua da beirada, na malha fina da receita. Comenta-se desde a beleza das fotos de Márcia Yellow, do Cruzeiro do saudoso Lazinho ou do Galo de Zimbolão e Zé Carlos Priquitim. Rolam diversos assuntos, desde política internacional, bacanais de Berlusconi, viadagens de Gugú, frescuras de Jerry Alfaiate, até a produção cinematográfica “in love” de conhecido relojoeiro do quarteirão. Comenta-se o vocabulário explícito e direto do escritor Augustão Bala Doce, a voz nervosa e “trés rapide” de Jorge Silveira, dos chapéus panamá do autor Haroldo Lívio e do boa praça Nonato Pampa. Fala-se até das feijoadas comidas por Zezão. Cita-se da tapa na parede e do assovio do executivo primeiríssima Eustáquio Repórter, dos Aspones, do cheiro de Patchuli de Luiz Carlos, o Peré, da chatura e da baba do chamado “Assessor de prefeitos” e do falso jornalista que toma grana dos políticos para fazer matérias no canal de TV que ainda está supostamente a caminho. Toda manhã bem cedo, a voz escandalosa de Arnaldo Maravilha que acorda, no prédio próximo, o bom Márcio Milo que dormia sonhando com a Romy Schneyder...

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