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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 23 de novembro de 2024
 

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Mensagem: No meio do caminho Manoel Hygino - Hoje em Dia Enfim, boas notícias. Paulo Narciso me envia a mensagem de que chove em Montes Claros, depois de ansiosa expectativa em todo o Norte. Bom demais, principalmente para quem pede tão pouco e não são dádivas oficiais, mas da natureza. Item 2: O escritor Haroldo Lívio e senhora vêm entregar-me pessoalmente, numa quinta-feira, a coleção de uma preciosidade: a Sesquicentenária, que contém as mais belas e importantes obras das letras regionais e locais, mas também informações históricas, geológicas, climáticas, artísticas, políticas da maior cidade da região, que me perdoem as demais. A coordenadora dessa coletânea é Marta Verônica Vasconcelos, que a viu editada em 2007, no ano do sesquicentenário do glorioso burgo, pela Unimontes -Universidade Estadual de Montes Claros. E vou dizer, desde já: um trabalho editorial de alto nível, como convinha à oportunidade, que não se repete. Três anos são passados e pelos 150 fui agraciado com as melhores distinções. Agora, é a Coleção sesquicentenária, que já atrai a atenção e o interesse das pessoas que vão a meu gabinete de trabalho. Nos 16 volumes, trabalhos marcantes: ´Montes Claros, suas história, sua gente, seus costumes´, de Hermes de Paula, que ocupa três volumes, e não poderia ser por menos. Depois, ´Efemérides montes-clarenses´, partes 1e 2, em dois volumes, de autoria de Nélson Vianna. No volume 6, ´Montes Claros: breves apontamentos históricos, geográficos e descritivos´, de Urbino de Souza Viana, o primeiro livro sobre a região de que ouvi falar, cujos exemplares são raros. No volume 7, ´Foiceiros e Vaqueiros´, de Nélson Vianna, um curvelano que realizou um serviço de agrimensura na região e se apaixonou pela terra visitada. O volume 8 é ´Janela do sobrado: memórias´, de João Valle Maurício, autor de excelentes criações na poesia e na prosa, da Academia Mineira de Letras. No nono, ´Montes Claros era assim...´, de Ruth Tupinambá, de que já há outra edição, mas ganha beleza e ternura nessa nova série bibliográfica. Seguem-se ´Rebente boi´, de Cândido Canela; ´Quarenta anos de sertão´, de Mauro Moreira; ´Raizes de Minas´, de Simão Ribeiro Pires; ´Serões montes-clarenses´, de Nelson Viana; ´A menina do sobrado´, de Cyro dos Anjos; ´História primitiva de Montes Claros´, de Dário Teixeira Cotrim; e ´Nelson, o personagem´, de Haroldo Lívio de Oliveira, o décimo sexto. A edição, com capas de grande beleza, se deveu à conjunção de vontades dos responsáveis pela Prefeitura - o titular do Executivo, prefeito Athos Avelino Pereira, a Universidade de que é reitor Paulo César Gonçalves de Almeida e Ivan F. Zurita, presidente da Nestlé Brasil Ltda. O resultado não poderia ser melhor. Fiquei sabendo pela orelha que, há 25 anos, a Nestlé produz na cidade todo o Leite Moça consumido no Brasil, daí apoiar a edição comemorativa. Athos Avelino se justifica: ´A palavra é testemunha da história de Montes Claros, que em 2007 celebra (va) dois marcos: 300 anos de fundação e 150 anos de elevação de Vila a Cidade. Uma princesa marcada pelo traço sertanejo da coragem sempre aliada ao desenvolvimento. Da modernidade que alcança o futuro, volvendo sempre os olhos aos signos do passado´. Seria difícil enunciar os nomes de todos que contribuíram para tão magnífica edição, que quer se queira, quer não, há de transformar-se, como efetivamente já se transformou, num ponto do mais alto relevo na crônica de uma cidade rica em passado e promissora. Estamos começando um novo tempo. E, para fazê-lo no melhor estilo, nada melhor do que com a leitura daqueles livros representativos da cultura local e regional, de alguns de nossos melhores prosadores e poetas, com o conhecimento das pesquisas empreendidas por gente que amou a terra em que nasceu ou nela se radicou. Vejo a coleção como a pedra que o carreiro Rozendo encontrou no meio do caminho, em 22 de março de 1907. Vinha da Mumbuca, no seu carro de boi, a uma légua e meia da cidade, e tropeçou com uma pedra esquisita, de peso anormal. Chegando, levou-a ao ourives, que identificou: era ouro puro.

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