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Mensagem: Óleo na pista é estratégia para saque de carga – Girleno Alencar – A polícia está investigando um esquema criminoso montado na BR-251. É derramado óleo diesel na pista, entre os quilômetros 355 e 457, no trecho entre Francisco Sá e Entrocamento de Grão Mogol, para causar acidentes com caminhões de carga e, com isto, permitir o saque dos produtos. Um levantamento realizado pela Polícia Rodoviária Federal mostrou que, nos três primeiros meses deste ano, foram cinco acidentes com o mesmo esquema, com prejuízos de cerca de R$ 700 mil. Em um dos ataques, foram levadas 60 geladeiras e 28 fogões. Quatro pessoas já foram presas, moradores da cidade de Francisco Sá e do povoado de Barrocão, que ficam às margens da rodovia. O inspetor Nilmar Silva Ferreira, chefe-substituto da Delegacia da Polícia Rodoviária Federal, disse que o “modus operandi” surpreendeu, pois mostrou uma grande articulação dos envolvidos. A BR-251 recebe o fluxo diário de 10 mil caminhões por dia, já que encurta a distância entre o Sudeste e Nordeste do país. Ela começou a se construída em 1980, no primeiro trecho, e foi concluída por completo em outubro de 1996. A rodovia sempre apresentava um fluxo de 6 mil caminhões por dia. Com a cobrança de pedágio na BR-381, Fernão Dias, desde o ano passado aumentou a quantidade de caminhões, chegando aos 10 mil, ou seja, 6,9 caminhões pó minuto. (...) O juiz Marcos Antônio Ferreira, que está respondendo também pela Comarca de Grão Mogol, ficou impressionado com a forma usada pela quadrilha na BR-251. Ele negou o pedido de habeas corpus para três pessoas acusadas de participação no esquema. “A gravidade da conduta é grande. O modus opeandi do grupo é perigosíssimo. Quando derramam óleo na pista de rolamento, em período chuvoso, colocam em risco a vida e patrimônio de todos aqueles que transitam pela rodovia onde agem os meliantes”, disse o juiz. Ele lamenta que o povoado de Barrocão, onde ocorrem muitos saques, não tenha unidade policial para inibir este tipo de crime. Outro aspecto observado pelo juiz é que o poderio bélico dos criminosos tem desafiado o Estado e a sociedade e os delitos criminais, antes comum nos morros carioca, chegam até as cidades pacatas.
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