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Mensagem: Moc busca solução para crise na saúde – Girleno Alencar – Entidades de classe de Montes Claros formaram uma comissão para buscar soluções para a crise da saúde pública no município. Há risco de fechamento dos prontos-socorros dos hospitais Aroldo Torinho e Santa Casa, que estão há cerca de dez meses sem receber o repasse municipal de R$ 180 mil por mês para casos de urgência e emergência. A situação é agravada pela decisão da prefeitura de reduzi-lo para menos de R$ 100 mil. O diagnóstico da comissão, com levantamento da situação e alternativas para resolver os problemas, deverá ser apresentado na segunda-feira. O fechamento dos dois pronto-socorros coloca em risco a Rede de Urgência e Emergência do Norte de Minas, que conta com recursos do Ministério da Saúde e Secretaria de Estado de Saúde. Representantes de várias entidades de classe se reuniram para discutir a crise na saúde, na noite da última quinta-feira, na sede da 11ª Subsecção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Uma das propostas foi a criação de um hospital estadual na cidade. O prefeito Luiz Tadeu Leite admitiu a crise e alegou que está esperando a liberação de R$ 3,5 milhões do Estado para tentar resolver o problema. A reunião das entidades foi uma iniciativa da maçonaria. Em setembro do ano passado, os anestesistas, reivindicando melhoria salarial, suspenderam as cirurgias eletivas (programadas), atendendo somente casos de urgência e emergência. Com isso, a Secretaria Municipal de Saúde baixou a portaria 13, suspendendo o repasse de recursos para os hospitais, por causa da greve dos anestesistas. A portaria foi revogada nesta semana pelo prefeito. Na reunião de quinta-feira, o superintendente da Santa Casa, Samuel Figueira, informou que havia protocolado oficialmente uma interpelação na prefeitura sobre a suspensão do repasse dos recursos de urgência e emergência. Segundo ele, o hospital tem R$ 1,9 milhão para receber e R$ 2,4 milhões de contratos administrativos. Figueroa afirma que, se for mantida a decisão de reduzir o repasse mensal, a Santa Casa terá que interromper o atendimento. Ele propôs a criação de um hospital estadual, com 147 leitos para atender a demanda regional. Além disso, informou que o Ministério Público abriu procedimento administrativo para investigar os repasses aos prontos-socorros. Para o presidente da regional da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg-Norte), Ariovaldo Melo Filho. Seria importante articular a criação de um hospital federal. “A situação da saúde em Montes Claros inibe investidores, que, ao fazerem estudos sobre educação, saúde e urbanismo, ficam preocupados com o atendimento aos trabalhadores”, alegou. O presidente da 11ª Subseção da OAB, Álvaro Guilherme Ribeiro afirmou que a situação é muito grave e propôs a elaboração de um diagnóstico para detectar os problemas e buscar soluções. O diretor executivo do Consórcio Intermunicipal da Rede de Urgência e Emergência do Norte de Minas, Mauricio Botelho, expôs a situação da saúde pública e demonstrou preocupação com o comprometimento da rede. Ele afirmou que Montes Claros tem perdido recursos públicos por falta de projetos. Segundo Botelho é difícil criar um hospital estadual em Montes Claros, “pois a saúde pública local é gestão plena, ficando impedida qualquer interferência estadual”.
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