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Mensagem: A escritora Ruth Tupinambá, de 94 anos, ícone de Montes Claros por suas belas páginas de memória e de relembranças, continua recebendo muitos cumprimentos. Em especial, por sua recente crônica em que momentâneamente deixa o romantismo das evocações para relatar ´a tristeza´ que toma conta dos moradores próximos do ´triângulo da impunidade´, quando cai a noite. A prefeitura, mais uma vez através da Secretaria do Meio Ambiente (?), prometeu mundos e fundos, mas o resultado até aqui não é animador, é pífio, para dizer o mínimo. Em algumas noites, já decorridas semanas do último anúncio atabalhoado, o barulho produzido por carros usinas de som, boate fantama que acorda no meio da noite, racha de carros, silvo de pneus em disparada, descargas abertas, etc, o barulho tira o sono da redondeza, e isto já faz muito tempo. Por omissão do poder público, das últimas administrações, M. Claros é uma das cidades mais barulhentas do Brasil, sem falar em outros aspectos da vida diária, que vêm derrubando assutadoramente a qualidade de vida de todos. Ainda bem que M. Claros tem matriarcas investidas da consciência moral de uma memorialista do porte de dona Ruth Tupinambá. Muito mais do que uma escritora, armada de grande lirismo, ela avança para a História como uma guardiã de seu povo, aproximando-se já do centenário. É - repetem muitos, debaixo de aplausos - a nossa Cora Coralina.

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