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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 23 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Dezembro chegou Manoel Hygino dos Santos - Jornal ´Hoje em Dia´ Fui visitar a menina de quase 18 anos num leito de CTI. Linda entre a mãe e enfermeiras, sorria porque talvez acreditasse ainda em poder viver mais e concretizar os sonhos de quem tem essa idade mágica. Partiu para a viagem inexorável, mas deixou marcas de sua generosa existência em escritos que não se perderam, porque os pais quiseram que as ´Memórias´ de Joyce Mayra Simões Alkimim fossem publicadas, como foram. Quase ao fim do volume, a menina-moça confessa viver no mundo da fantasia, ser sonhadora. ´Não gosto da realidade, sei que uma hora o sonho vai acabar, por isso prefiro não acordar deste sonho de aqui estar´. Mas é cruel a vida e o sonho se esvaírem. Lembro os fatos neste dezembro finalizante. Isso quer dizer que o Natal também se aproxima e, a despeito de sua comercialização e lamentável banalização, traz consigo mensagens de esperança e de uma luz ao tempo tormentoso que atravessamos. Nos meus papéis, localizo a sempre bela expressão de sentimento de Paulo Narciso em seu escritos. Ele medita sobre a situação presente: ´Não há São Francisco de Assis para tanta hipocrisia, e coisas mais. O desmanche é geral e intenso.´ Refere-se a Chico Xavier e seus 470 livros. ´Coisas assim, simples e estupendas, que deveríamos saber e não sabemos.´...a morte é questão de sequências nos serviços da Natureza´ - a matéria é força coagulada´...´ o pensamento que tudo cria, renova e destrói para refazer´...´ninguém está só´...a vida é força divina que marcha para diante´. E, com um abraço de começo de ano e recomeço, formula votos de ´um Natal dos nossos, com Pastorinhas, Brilho de Estrelas, Luares, Vaga-lumes na Escuridão, Harmonias, Noites Antiquíssimas. O menino incomum vai renascer, e o soterramos de mercadorias inúteis em forma de presentes e mimos, em tudo contrários ao que ele veio dizer. É o menos falado na festa que é Sua´, o que se há de lastimar e deplorar, mas ´ótimo que o Menino não se importe. (Leu o criador de Rebanhos, de Fernando Pessoa, quando fala do Menino Jesus? Em Portugal, vi a cômoda onde o poeta deitou o poema, de uma golfada, 40 e tantas poesias a fio... no que chamou de Dia Triunfal - vale ler a carta que escreveu a Casais Monteiro?). Mas a quem não leu a peça de Pessoa, nem viu a cômoda que a abrigou, cabe refletir sobre a beleza que há nas pessoas que vêm a praticar o bem e distribuir um pouco do que é bom, justo e puro aos que dividem o espaço terrestre na hora das incertezas ou das cruéis certezas como as que nos abalam. Havendo amor, existe esperança, sem os quais - amor e esperança - não sobrevive o homem em integridade. Sabe-se que não se encontram em exposição e à venda nos estabelecimentos comerciais esses singulares ingredientes da vida e sem os quais não vale a pena, nem se justificaria a transitória passagem por aqui. Penso assim, agora que o tempo do nascimento de um raro ser se acerca e merece comemoração. Mesmo os que não creem, sabem da importância do seu papel no mundo em permanente ebulição. Reflitamos sobre ideias, agora que dezembro está chegando. Nada a perder, antes pelo contrário, ingressamos no último mês do ano com paz no coração e felizes expectativas.

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