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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 22 de novembro de 2024
 

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Mensagem: A chuva do sertão e o campesino de poéticas e subjetivas previsões. Tenho um amigo chamado Selvino - mora numa comunidade rural à beira do Rio Verde Grande, ou melhor, em Mandacaru - humorista, matuto, sério, pirracento (no bom sentido) - um grande companheiro. Se a princesa Isabel que instituiu a primeira Central meteorológica para a Marinha Imperial tivesse conhecido o “Seu” Selvino - sinceramente teria desistido do órgão. Uma das habilidades do Selvino está ligada a análise da natureza e fazer o prognóstico da estação chuvosa. É um verdadeiro “profeta da chuva”. - Suas previsões são feitas através dos procedimentos dos bichos, ventos e datas - se o João de barro faz sua casa de costa para o nascer do sol - caso a lua estiver com “circo” (círculo), se as pererecas coaxam – aranha atravessando estradas – formiga de carreirinha; segundo “seu” Selvino, pode plantar que o ano vai ser bom de chuva. Ele tem a crença dasdatas, no dia de Santa Luzia, 13 de dezembro - faz sua mandinga com pedras de sal - diz ele que não falha - se as pedras de sal não derreterem de um dia para o outro - é porquê vai ser ruim de chuva. Dia de São José, 19 Março sempre é de cheia, muita chuva, diz Selvino. - São as águas de Março/ fechando o verão/. Mas, ele não está errado. Tudo que está ligado entre o céu e a terra, são sensores naturais. Eu que lido com duas estações climatológicas, “sem desprezar a tecnologia” - também sempre observo a movimentação da natureza, não tem como negar isso. Previsões feitas pelas observações naturais vêm desde dos primatas bípedes ( homo sapiens pré-históricos), chegou aos nossos antepassados e será cultuadas por muito tempo. Com seu jeito maroto - um vocabulário especifico, com seus “causos verdadeiros” e cômicos - sua charrete - muito bate papo, e sua paixão pelos os netos - vai levando sua vida. Pressa? Para ele não existe. Tirando as “estórias de pescador” do Seu Selvino - junto com sua amada Dona Neuza - são pessoas para mais de dois dedo de prosa, você absolve mais experiência e se livra da pepsia do desconforto urbano.

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