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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 23 de setembro de 2024
 

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Mensagem: ALTA VELOCIDADE Transcorria o ano de 1976 nos folclóricos Montes Claros. Terminada a construção da BR 135, ainda sem a camada asfáltica, e os acidentes se sucediam; dada à poeira que se fazia, provocada pelo trânsito constante de veículos, indo e vindo rumo à Capital. A imprudência imperava, na emoção em se usar o novo. Walduck preparara uma viagem a Belo Horizonte em uma caminhonete importada. O motorista escolhido fora Lincol Mesquita, conhecido corredor e maluco por emoções. Na ocasião insistiram em levar o Zé Amorim, com o restante da turma para que a viagem e a estada na Capital fossem agradáveis e divertidas. Zé recusava-se a ir, alegando que não viajava com doido no volante. A turma, entretanto já combinara em não ceder, e acabaram por levá-lo, mesmo contra a sua vontade, já que sabia do risco que se fazia numa viagem daquelas. Referindo-se a Lincão, disse: Esse homem é um horror! Um perigo para a vida de um pai de família! Amorim desconhecia que Lincol já houvera alterado o velocímetro do carro, para que na leitura, mostrasse uma velocidade superior a real, tudo no intuito de provocar medo no Zé, que temia por correrias em estradas de terra. Logo que saíram da cidade, o velocímetro marcou cem quilômetros. Todos olhavam disfarçadamente, e notaram já os primeiros sinais de contração facial do Zé. - Cento e vinte - alguém falou, já provocando: Olha, Walduck, a velocidade desse carro, é possível isto numa estrada desta? . Os dedos do Zé já penetravam no estofamento do banco, se agarrando. Cento e quarenta – Veja Walduck, que absurdo este rapaz correndo! – Walduck respondeu, - Eu já botei mais do que isto, e não aconteceu nada. O suor escorria pela testa do nosso saudoso Zé, ensopando a camisa. Os seus pés, torcidos. Mordia os lábios! Mas permanecia calado! – Cento e sessenta, disse alguém - Este carro vai capotar. Walduck respondeu – Eu, já botei cento e oitenta, e o bicho agüentou! As provocações continuavam e o Zé, gélido de terror, suava as bicas, mas permanecia calado, evitando provocar os presentes, e os mesmos por inconseqüência, incentivarem ainda mais à correria. Veio a provocação final! - Walduck falou... Bota duzentos Lincão que eu garanto! Se tiver problemas, eu aparo o cavaco! – O Zé explodiu!... - Manda botar trezentos, carroceiro! Já estou vendo a manchete no Jornal do compadre Jair Oliveira. Empresário morre na estrada que ajudou a construir! . Corpo de comerciante é encontrado a cento e trinta metros do local do sinistro. Viúva reconhece o cadáver do marido, pela arcada dentária. . . Demais ocupantes, viram mingau. Logo a seguir, tiveram que parar o carro. Ninguém mais se agüentou de tanto rir. O resto da estada em Belo Horizonte foi uma tragicomédia. Não conseguiram fazer nada. Era só lembrar do Zé e rolar de rir...

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