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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 23 de novembro de 2024
 

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Mensagem: 171 DO VENTO QUENTE O pastel, essa guloseima fantástica, nos foi trazido a este rincão tropical pelos nossos irmãos portugueses, nos primórdios do século XVIII. Os espertos japoneses tomaram por conta à mística e se travestiram de chineses, criando, assim, um marketing para o produto. Pastel tem de todo tipo, tamanho e sabor! Aqui nos Montes Claros, cidade pólo do Norte de Minas na atualidade globalizada, o mais famoso é o pastel curraleiro do Café Galo, do empresário e lobista Jadir Rodrigues. O saudoso ex-alcáide, Marão Ribeiro era um viciado em pastel. Quando estava no point, saboreava para mais de vinte, tomando cafezinho com leite! A iguaria é servida com todos os tipos de recheio, tamanhos, feitos com diversas modalidades de óleos e frituras. Tem aquele grandão, especial para enganar gulosos seletivos. Esse, o pastel 171, só tem tamanho e nenhuma qualidade. Na minha infância, as famílias serviam o pastelão. Assado ao forno em uma grande forma de alumínio e recheado com a mais autêntica galinha caipira. Adorávamos e comíamos de dar tristeza... Como o matuto é tido como cabra esperto e cheio de treitas, conforme a sabedoria popular enquanto enrola o cigarro de palha, pensa em como enganar um otário boteniqueiro, no antigo Mercado Municipal, onde hoje se situa o Shopping Popular. Lá, o capiau aplicava na clientela. Um deles, colocou um cartaz na entrada do seu bar. O reclame dizia que encontrasse recheio no pastel, ganhava um prêmio em dinheiro, na hora, de 200 duzentos cruzeiros! Como a população dos anos 50 era ordeira, a palavra de um homem tinha o seu valor e fio de bigode servia de aval. Os inocentes, futuros logrados, faziam fila para degustar a iguaria recheada de vento quente. O esperto comerciante, cujo nome omitirei, pois os familiares ainda vivos apresentam comportamento agressivo, encheu por muito tempo os bolsos de grana e a população a pança de vento quente! Como diz o dito popular que castigo pega malandro o pasteleiro passou a encher o pandú de cachaça branquinha no ambiente de trabalho. E essa marvada não perdoa! Botou guenga por conta e passou a pagar rodadas de bebidas para amigos diletantes de copo e de cruz. A grana que entrava era tanta que chegou a se candidatar a cargo letivo Morreu doido, bêbado, asilado, pescoço descascando e pés inchados. Sozinho em uma cama nos fundos da sua nova espelunca!

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