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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 23 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Viajo cada vez com mais constância pela região, e principalmente pela BR-251. A situação de deterioração dessa rodovia é realmente um descalabro. Independente da qualidade de qualquer obra que foi feita, ou seja, feita no futuro, dois fatos são claros e decisivos sobre as razões do problema. Primeiro o aumento expressivo de veículos, a grande maioria caminhões e carretas ligando o Sudeste ao Nordeste, e em segundo, o que considero como o grande causador dessa tragédia anunciada: o excesso de cargas ou tonelagem, cujos limites não existem, já que não há praticamente fiscalização. Como as reformas, ou operações tapa-buracos são feitas com baixa qualidade, e sem ao menos o pavimento passar pelo tempo de cura necessário, o piso logo se deforma criando as poças e em seguida os buracos. Como o tráfego mais pesado é no sentido Sul-Sudeste/Norte, é visível a maior quantidade de buracos e deformações na pista da direita, sentido Montes Claros Salinas O problema se acentua com o estado da rodovia, que recebe reformas ´meia-boca´. Basta consultar as normas técnicas ABNT sobre padrões de qualidade de pavimentação e facilmente se chega à conclusão óbvia da matemática da questão. É o nosso suado dinheiro, sugado pela máquina arrecadatória do Governo que se esvai nos buracos, rachaduras, afundamentos, ou resumidamente, na deterioração de uma rodovia fundamental para todos nós. Soma-se a isso o prejuízo humano com a perda de vidas, a perda de tempo precioso de cidadãos comuns e de profissionais, todos contribuintes e eleitores. Já as empresas e transportadores realmente são prejudicadas, mas o sistema de repasse de custo se encarrega de mandar a conta para a população. Ou seja, frete mais caro, produto mais caro também. Há cerca de três meses venho percorrendo com frequência o trecho Salinas Montes Claros. Alguns buracos já têm nome e fazem aniversário de tão antigos que são. Um dos trechos mais caóticos está nas proximidades de Francisco Sá. Um mar de crateras provoca aquele “balé” perigoso de carros e caminhões se desviando dos buracos. O fato trouxe de volta o fenômeno da orda de carentes, crianças, adolescentes e até idosos fazendo aquele serviço paliativo e duvidoso, de jogar terra nos buracos em troca de uma moeda, o que é raro. Mesmo com dias de sol contínuo, pouco ou nada foi feito, mesmo que em caráter emergencial para reduzir, pelo menos, o risco de acidentes, em pontos negros com algumas curvas como na subida de Espinhaço (Serra de Francisco Sá) e na serra de Salinas, ambas na BR-251. Acidentes, inclusive fatais, já aconteceram e vão continuar se providências urgentes não forem tomadas. Daí a gente questiona se o Dnit não tem um serviço de manutenção próprio, ou contratado, que possa se deslocar com presteza e eficiência resolvendo esses problemas mais pontuais, até que o Governo Federal realmente cumpra sua obrigação. Culpam a burocracia e o tempo, mas ao mesmo tempo o Governo anuncia recordes de arrecadação. Como deputados e até mesmo alguns prefeitos só se deslocam por via aérea, fica realmente difícil que eles entendam a real necessidade de uma obra mais expressiva, seja duplicação ou reforma de verdade. Estamos cansados dessa ladainha de obras superfaturadas e serviço mal feito. A falada 7ª economia do mundo continua se afundando na lama da corrupção, na picaretagem explícita das licitações fraudulentas de super faturamento de cartas marcadas. Parece que intencionalmente querem nos empurrar uma situação de privatização das rodovias como a solução mágica para a ineficiência governamental. Então seremos mais felizes, com menos acidentes, transito fluindo mais rápido e com o bolso mais vazio com a bitributação , da soma IPVA mais Pedágio. A tática é sempre essa. Abandonar prá depois encontrar a “fantástica” solução. E temos ainda de suportar a propaganda hipócrita do governo falando do IPVA como instrumento de cidadania. Tá difícil ser otimista nesse país.

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