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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 4 de maio de 2024
 

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Mensagem: Morro Dois Irmãos pede socorro Alberto Sena Debruçado no parapeito da janela, inocentemente, pensava ter alertado os montes-clarenses que ficaram quanto à necessidade de proteger da sanha mineraria o Morro Dois Irmãos, símbolo de Montes Claros, quando fui surpreendido pelo comentário do paleontólogo, advogado e escritor Leonardo Álvares da Silva Campos, no âmbito do Facebook, que me permito transcrever, achando que, em assim fazendo, estamos iniciando uma discussão sobre a terrível degradação do nosso patrimônio; mais, o símbolo de Montes Claros. Disse Leonardo Campos, autor do livro “A Inacabada Família Humana”, o que para mim, confesso, foi estarrecedor: “Infelizmente, Alberto, a coisa não está “mexida”, mas arrombada. Vendo o Morro Dois Irmãos por trás, a impressão que se tem é a de dois dentes com cáries na face oculta. Ou seja, o Dois Irmãos são uma dupla de casquinhas, para quem os vê da cidade, nada mais. Como está, nem com cirurgia “dentária”, eis que sua formação data do pré-cambriano superior, equivalendo eu dizer que sua idade é de 600/700 milhões de anos. Enfim, o que não tem remédio, remediado está”. Em seguida respondi a ele declarando minha total ignorância em matéria de preservação do Morro Dois Irmãos: “‎Como Montes Claros deixou isto acontecer?! Fico espantado diante da inércia dos montes-clarenses que ficaram lá, Leonardo. Suas informações são gravíssimas, em minha opinião. Como que os poetas, os ambientalistas e as autoridades do setor ambiental deixaram isto acontecer? Foi em surdina? De madrugada? Ninguém viu?” Nisto, a escritora Virgínia Abreu de Paula, da Academia Feminina de Letras de Montes Claros, em incursão pelo Facebook, pôs mais combustível na conversa que, sinceramente, espero, seja semelhante à água morro abaixo e ao fogo morro acima. “Um grupo de pessoas”- disse Virgínia – “deu entrada a pedido de tombamento de toda a Serra dos Montes Claros, incluindo os Dois Irmãos. Esperemos que nosso Conselho do Patrimônio Histórico volte logo a funcionar e atenda nosso pedido. “Uma coisa é certa: uma vez feito o pedido não poderiam fazer nada contra o local enquanto o Conselho não der seu parecer. Assim é a lei. Mas, quando fiz o pedido de tombamento do Ginásio Diocesano, ele veio abaixo sem o menor problema. O pedido não foi levado a sério. Eu acredito que este pedido referente a Serra será acatado. Mas é bom investigar. Como deixamos isso acontecer? Bem, não são muitos os montes-clarenses que dão valor a patrimônio histórico e à natureza. O dinheiro fala mais alto. Além disto, há muita informação errada. Eu, pelo menos, tinha certeza que o Morro Dois Irmãos estava tombado. Lembro de meu irmão conversando sobre isso, muito confiante que a Matsulfur ia parar com sua destruição. Mas, assim como eu estava enganada muitos outros também estavam. Pensando que o Morro estava a salvo, nada fizemos. No ano passado fiquei sabendo que a destruição continua. Quando trabalhei na Fábrica de Cimento tinha remorso por estar participando de uma firma que estava destruindo minha cidade. Não aguentei ficar mais de dez meses e foi este um dos motivos. Alguém conhece a poesia “O Morro Morrendo?” É sobre o Dois Irmãos. De autoria de Walmor, meu irmão. E vejo aí outra explicação para que a coisa tenha chegado a esse ponto. Geralmente, os sensíveis não são bons para tomar providencias. Não sabem o que fazer. Escrevem poesias, crônicas sentidas, compõem músicas em defesa deste e daquele lugar. Mas não conseguem ir á luta de fato para impedir os abusos. Gente, ainda é hora. Leonardo, não é verdade que não há jeito, que “o que não tem remédio remediado está”. Podemos salvar nosso símbolo se realmente nos empenharmos. Me ajudem a cobrar do Conselho uma resposta favorável. A cobrar que a lei do tombamento seja respeitada. Um pedido com várias assinaturas foi entregue ao secretário de Cultura Ildeu Braúna. Vamos todos ligar para lá e saber o andamento disto”. Aos montes-clarenses ausentes e aos montes-clarenses que ficaram, principalmente à mídia local, o desafio está posto. Alternativa é uma só. Opções são duas. Ou salvemos o nosso símbolo agora, ou amargaremos em pouco tempo o peso da nossa omissão. Leonardo, Virgínia, Simone, esta autora da mensagem Nº 70388, de 11 de fevereiro de 2012, publicada no montesclaros.com, que fez a denúncia baseada no fato de já ter dado entrada na Supram de Montes Claros, o processo Nº 00380884/2012, com pedido de licença de lavra do último vizinho ao Morro Dois Irmãos; e eu, jornalista montes-clarense radicado em Belo Horizonte, nós achamos que Montes Claros, se a cidade em união quiser poderá salvar o Morro Dois Irmãos da destruição. Antes agir tarde do que mais tarde.

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