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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 24 de abril de 2024
 

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Mensagem: A língua espanhola entre nós Manoel Hygino - Hoje em Dia Como numerosas pessoas neste país, comecei cedo na língua espanhola, antes da II Guerra, quando o Inglês se assenhoreou do mundo. Foi um dos efeitos do grande conflito, em que os americanos do Norte se juntaram aos ingleses (e outras nações) para combater Hitler e Mussolini, depois Hiroito. Cercados por usuários do Espanhol praticamente por todos os lados, o Brasil permaneceu com a língua de Camões, mas assediado de perto por Cervantes. Incursionava-se no espanhol, que tem evidentemente semelhanças com o Português, mais fácil de assimilação do que a língua de Shakespeare. Editoras argentinas, em determinado período, ofereciam livros a preços mais compatíveis com o bolso brasileiro. Ler ou tentar ler na segunda língua ibérica falada se tornou um hábito. Nesse ínterim, quis o governo facilitar o acesso mediante a introdução do Espanhol no currículo do curso médio. Foi útil a iniciativa, como se constata pela leitura de “La poesia está en el viento”, publicação bilíngue da Embaixada da Espanha no Brasil, no Projecto Cometa Literária, editada pela Thesaurus, de Brasília. Nasceu uma bela coletânea de poemas em língua espanhola e com rica ornamentação de pintores, de cá e de lá. As traduções são de Kori Yaane Bolivia Carrasco Dorado e há, ainda, um poema inédito de Luis Garcia Montero. Comparecem com excelentes textos Begoña Sáez Martinez, Mário F. de Carvalho, Ana Paula Barbosa de Miranda e Antonia Regina Neri de Souza, Alicia Silvestre Miralles, Antônio Miranda, Nicolas Behr, Anderson Braga Horta, João Carlos Taveira, Angélica Torres Lima, José Jeronymo Rivera e Oleg Almeida, autores respeitáveis e a que tanto devem as letras da capital federal. Eu teria de preencher mais laudas para dizer quais outras pessoas e organizações contribuíram para confeccionar esta joia. Entre aquelas Álvaro Trejo Gabriel Y Gaalán e Álvaro Martínez- Cachero Leseca, conselheiros respectivamente de Cultura e Educação da Embaixada da Espanha. Ánderson Braga Horta confessa que seu contato primeiro com o idioma irmão vem dos dez anos, aproximadamente, quando também me aventurei no Espanhol, ao descobrir um bem ilustrado volume de “Dom Quixote”, numa estante de livros em minha terra natal. O que, aliás, também dá ideia de como Cervantes chegava ao interior do país. Depois, fui agregando conhecimento por leituras diversas, em livros de baixo custo, que me acompanharam pelo curso ginasial e colegial, em educandário agostiniano, de padres espanhóis. Daí para frente, jamais parei, até porque tive de revalidar estudos em Montevidéu, em provas orais e escritas em Espanhol. Aproximei-me de grandes autores, graças ao convívio com o poeta Enrique Romero Arenillas, com quem discutia sobre Pablo Neruda, Lorca e Gabriela Mistral. São tantos! Se, lamentavelmente, nenhum dos mencionados está mais entre nós, a obra permanece.

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