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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 1 de maio de 2024
 

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Mensagem: Por que os taxistas de M. Claros não usam os aplicativos de celular para chamar um táxi? Com as constantes promoções das passagens aéreas para Montes Claros ficou muito mais barato vir de avião do que ônibus e mais ainda do que de carro. Vindo de avião o passageiro reduz o tempo de viagem a menos da metade, fica livre do famigerado ar-condicionado dos ônibus da Transnorte e economiza de dois a três tanques de gasolina se viesse em seu próprio carro. Seria tudo perfeito se não precisasse usar o serviço de táxi da cidade. Enquanto em Belo Horizonte 99% dos taxistas usam os aplicativos de celulares para atender aos clientes (Easy Táxi, Way Táxi e 99Taxis), aqui em Montes Claros é o contrário: 99% do atendimento é feito pelo “telefone do ponto”. Algo bastante “antigo” para os dias de hoje. É como se em vez de usarem o celular, eles estivessem ainda no tempo do “moleque lá”, com todos os carros retornando ao ponto sempre que realizam uma corrida. E lá todos ficam, enfileirados, esperando o cliente chegar, como se este só usasse o serviço do centro para os bairros, numa espécie de “força centrífuga” de transporte. Você pode até questionar: “por que não ligar para o celular do taxista?”. Sei que este é um costume nas cidades pequenas, mas para uma metrópole como a nossa é condená-la a um serviço de qualidade duvidosa. Certos taxistas ao atenderem ao celular declaram-se “perto do chamado”, quando na verdade estão com uma corrida em andamento e, geralmente, do outro lado da cidade, bem longe de quem o chamou. E o cliente fica lá, sentadinho em casa, esperando quem nunca chega, sem saber se liga para um outro táxi ou matem o compromisso assumido. Mas este não é o único problema, os táxis montes-clarenses não circulam pelas ruas da cidade. Se você estiver no “heliporto” da Avenida Mestra Fininha, por exemplo, e precisar de um táxi, tem duas opções: andar até o ponto mais próximo ou dar o tal telefonema. Do outro lado da linha, além de desconfiar de quem chama da rua, o taxista ainda faz a capciosa pergunta: “a corrida é pra onde?” É neste momento que a sua sorte no serviço de táxi municipal está lançada. “Vou pra onde?” Ou seja: ele quer saber se vale à pena deixar o ponto para atender a um cidadão que precisa usar um serviço de concessão pública. Ora, vou pra onde eu quiser. A bandeirada inicial me garante este direito. Ela existe para cobrir o deslocamento dentro da área urbana. Este é o princípio. A questão é: por que os taxistas de Montes Claros não usam os aplicativos de celular para atender aos clientes? E os próprios taxistas respondem em coro: “Isso não funciona”. Parece até resposta ensaiada. Considerando o que acontece no resto do mundo – ou melhor, no mundo -, é como dizer que ninguém usa internet na cidade. Indignado, resolvi usar da minha experiência com pesquisas de intenção de votos e fiz uma enquete por conta própria. Entrevistei 20 taxistas, dos 200 existentes na cidade. Dez por cento do total. Percentual mais do que relevante para uma amostragem. E não foi difícil desvendar o mistério. Os aplicativos para táxi não funcionam em Montes Claros por dois motivos: Primeiro: os taxistas não têm acesso à internet, ou não sabem como utilizá-la, ou a usam muito pouco. E segundo, não têm celulares modernos, os chamados smartphones. Ainda usam modelos antigos, analógicos, GSM ou TDMA, sem conexão com as plataformas utilizadas pelos aplicativos em geral, que são o Android, o IOS e pela chinesa Xiaomi, que está chegando ao Brasil. E a ignorância – que é a falta de conhecimento sobre qualquer assunto – impede a cidade de fazer uso da ferramenta mais revolucionária da tecnologia digital, em se tratando de atendimento à população na área de transporte público. É boa para os passageiros e melhor ainda para os taxistas, que viram o faturamento aumentar em até 30% após o uso dos aplicativos. Sendo assim, cabe à prefeitura intervir imediatamente neste problema. É preciso providenciar treinamento para os taxistas, distribuir cartilhas, financiar a compra de aparelhos smartphones, enfim: atualizar uma categoria em defasagem com os novos tempos. Afinal, Montes Claros tem um táxi para quase duas mil pessoas. Ainda é pouco para os padrões recomendados, que é de um táxi para cada mil pessoas. Algo tem que mudar. E rápido. É preciso acender o farol da tecnologia na mente dos nossos taxistas. Juvenal Cruz Junot, nascido em M. Claros, é jornalista, publicitário, escritor, especialista em mídias digitais e em marketing político.

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